AQUI EM SANTANA DO LIVRAMENTO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL, DIVISA COM URUGUAI A FRONTEIRA MAIS IRMÁN DO BRASIL ONDE DOIS POVOS UNEM SÓ POR APENAS UMA RUA E UM MARCO, FOI CRIADO O (BLOG TRADIÇÃO)PARA LEVAR CULTURA, TRADICIONALISMO COISA DESTE POVO DA FRONTEIRA, COM SUAS CARACTERISTICAS DE COMER O CHURRASCO NO FOGO DE CHÃO BEM ASSADO, NA BRASA DO SIMPLES FOGO DE GALPÃO, ALÉM DE TOMAR O BOM CAFE EM CAMBONA, COISA QUE POUCA GENTE CONHECE.
TRANS. DO PROGRAMA ENTARDECER NA FRONTEIRA DIRETO PECUARIA EM 19/11/2009

ALDO VARGAS
TRADIÇÃO E CULTURA

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TRADIÇÃO E CULTURA
A VOCE CARO VISITANTE E UM PRAZER TER AQUI VISITANDO ESTE BLOG DESTE GAÚCHO, QUE NÃO TEM LADO PARA CHEGAR, GOSTO DE UMA AMIZADE E UM BOA CHARLA, TRATO TODOS COM RESPEITO PARA SER RESPEITADO MAS SE FOR PRECISO QUEBRO O CHAPEU NA TESTA PRA DEFENDER UM AMIGO AGARRO UM TIGRE A UNHA. AGRADEÇO A TODOS QUE DEIXAM SEU RECADO, POSTADO NESTE BLOG.
GALPÃO GAUCHO

A BANDEIRA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, TE AMO MEU RIO GRANDE

segunda-feira, 4 de março de 2019
domingo, 3 de março de 2019
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
TRIBUTO A TEIXEIRINHA.
COMUNICO AOS FANS DE TEIXEIRINHA QUE DIA 11 DE FEVEREIRO PRÓXIMO ESTAREI COM UM NOVO PROGRAMA DE RADIO NA RADIO CULTURA AM 138 OU PELO SITE www.culturalivrmaneto.com.br telefone 5532423066 ou 5532432907 o programa terá o nome. TRIBUTO A TEIXEIRINHA ASSIM CONTO COM A AUDIÊNCIA DE TODOS OS FANS DESTE ASTRO DA MUSICA GAUCHA E DO PAIS. DESDE JÁ AGRADEÇO SERA APRESENTADO TODOS OS DOMINGOS DAS 10.00 HORAS AS 11.15 DA MANHA.
domingo, 21 de janeiro de 2018
O MITO TEIXEIRINHA.
MEUS AMIGOS E AMIGAS DO RS E DO BRASIL, COMO SABEM O CANTOR TEIXEIRINHA, COMO E CONHECIDO QUE DEIXOU MAIS DE 758 CANÇÕES GRAVADAS, E MAIS DE 1200 ESCRITAS, E DOZE FILMES DE SUA AUTORIA, TAMBÉM POR UMA PESQUISA QUE FIZ E O CANTOR QUE MAIS RECEBEU HOMENAGEM DE ARTISTAS FAZENDO LETRAS EM SUA HOMENAGEM SÃO NO TOTAL MAIS DE 24 CANTORES GAÚCHOS E DE OUTROS ESTADOS QUE LHE HOMENAGEARAM COM CANÇÕES APOS SUA MORTE INCLUSIVE NOSSO SANTANENSE JOSE MAIA QUE FEZ UMA MUSICA EM SUA HOMENAGEM, NÃO TENHO CONHECIMENTO DE OUTRO CANTOR QUE APOS SUA MORTE TIVESSE RECEBIDO TANTA HOMENAGEM COM MUSICA QUE TEIXEIRINHA CASO ALGUÉM TENHAM CONHECIMENTO QUE ME DIGA, ASSIM QUERO TER O CONHECIMENTO CASO EXISTA ALGUM ARTISTA FALECIDO QUE TIVESSE RECEBIDO TANTA HOMENAGEM EM MUISCAS COMO TEIXEIRINHA O MITO GAÚCHO.
quarta-feira, 25 de outubro de 2017
A VIDA E OBRA DO MITO TEIXEIRINHA.
Vitor Mateus Teixeira nasceu em 03/03/1927 no distrito de Mascaradas, em Rolante-RS e faleceu em Porto Alegre-RS em 04/12/1985.
Filho de Saturno Teixeira e de Ledurina Mateus Teixeira, Vitor Mateus teve também um irmão e duas irmãs. Seu pai era carreteiro e faleceu quando o menino tinha apenas 6 anos de idade; sua mãe, por outro lado,"morreu queimada no fogo" quando Teixeirinha tinha apenas 9 anos de idade. Conforme será visto adiante, a trágica morte de sua mãe inspirou o maior sucesso de toda sua carreira de Cantor e Compositor que foi sem dúvida o "Coração de Luto".
Na década de 1920, Ledurina vivia com seu esposo Saturno Teixeira em Rolante (na época, distrito de Santo Antônio da Patrulha), tendo mais tarde a família se transferido para a região de Taquara. Com o falecimento de Saturno, Ledurina e os filhos ficaram em péssima situação, já que a família de Saturno expulsou-os do rancho onde viviam. E, por falta total de condições, Ledurina se viu obrigada a dar os dois filhos mais velhos para serem criados por outras famílias, tendo ficado somente com Teixeirinha e morando de favor em terras alheias.
Dona Ledurina sofria de freqüentes e violentos ataques epiléticos e, num triste dia, enquanto queimava folhas secas no quintal, ela desfaleceu e caiu sobre a fogueira. Contava com apenas 28 anos de idade e agonizou dolorosamente por três dias antes de morrer.
Órfão de pai e mãe, passou a residir com seus parentes que, por outro lado, não tinham condições de sustentá-lo; Teixeirinha então se viu obrigado a sair pelo mundo fazendo "um pouquinho de tudo; trabalhou em granjas próximo à sua Rolante natal, tendo se mudado logo depois para Porto Alegre-RS.
Na Capital Gaúcha, Vitor Mateus foi carregador de malas nas portas das pensões, vendeu doces e também verduras como ambulante; foi também entregador de viandas e vendedor de jornais, além de ter também trabalhado no porto; enfim, qualquer atividade para poder sobreviver...
Dormiu diversas vezes ao relento, sob o viaduto da Avenida Borges de Medeiros. E foi também em Porto Alegre-RS que Teixeirinha aprendeu sozinho e de ouvido o toque do Violão.
Com 16 anos, Teixeirinha se "auto-registrou" como Cidadão Brasileiro; e, aos 18, alistou-se no Exército, onde não chegou a servir; na ocasião foi trabalhar no Departamento de Estradas de Rodagem, como operador de máquinas, trabalho que exerceu durante 6 anos.
E, do Departamento de Estradas de Rodagem, Teixeirinha resolveu "botar o pé na estrada": saiu e começou a tentar a carreira artística cantando em rádios de cidades do Interior Gaúcho, tais como: Lajeado, Estrela, Rio Pardo e Santa Cruz do Sul.
E foi em Santa Cruz do Sul-RS que Teixeirinha conheceu Zoraida Lima Teixeira, com quem se casou em 1957. E foram morar em Soledade-RS e, logo depois, em Passo Fundo-RS, onde adquiriram um stand de “Tiro ao Alvo”. E, à noite, Teixeirinha se apresentava na Rádio Municipal de Passo Fundo-RS. Zoraida foi mãe de 6 de seus 9 filhos.
E, em 1961, durante um show na cidade de Bagé-RS, Teixeirinha conheceu Mary Terezinha, uma aolescente beirando seus 14 anos que tocava todas as suas músicas no Acordeon. Teve início então uma parceria que "extrapolou os palcos"... Nascida em Bagé-RS em 1948, Mary Terezinha, acompanhou Teixeirinha durante 22 anos com o Acordeon em shows, no rádio e também no cinema.
E Teixeirinha teve um total de 9 filhos: Sirley Marisa, Líria Luisa, Victor Filho, Margareth, Elizabeth, Fátima Lisete, Márcia Bernadeth, Alexandre e Liane Ledurina (os dois últimos, filhos de Teixeirinha com Mary Terezinha).
Em 1959, Teixeirinha pegou o trem e viajou na segunda classe rumo à Paulicéia Desvairada, onde recebeu o convite para gravar o seu primeiro 78RPM, com as músicas “Xote Soledade” e “Briga no Batizado”, ambas de autoria de Teixeirinha. Apesar do disco não ter alcançado de imediato o sucesso, Teixeirinha ainda gravou mais dois discos no mesmo ano.
E, no ano seguinte, em 1960, em seu quarto disco, Teixeirinha gravou o xote "Gaúcho de Passo Fundo" e, no Lado-B, o grande sucesso que foi a toada-milonga "Coração de Luto", ambas de sua autoria. Rebatizada ironicamente por alguns "críticos" (dando a entender que o cantor estava usando a memória da mãe para fazer dinheiro) como "Churrasquinho de Mãe", o célebre "Coração de Luto", composto quase ao acaso, com a história verídica, tornou-se um clássico, com mais de um milhão de cópias vendidas, tendo sido gravada em 21 idiomas!
Conforme mencionado, "Coração de Luto" estava no Lado-B do disco e a toada-milonga foi lançada sem nenhuma pretensão, no entanto o sucesso começou a acontecer expontaneamente 6 meses depois do seu lançamento. Inicialmente em Sorocaba-SP e, pouco tempo depois, já começava a fazer sucesso na região e em diversas outras cidades do Interior Paulista. Foi então que a Chantecler trouxe Teixeirinha para São Paulo-SP a fim de trabalhar o disco, inicialmente com um show em Sorocaba-SP e, logo depois, em diversas outras cidades do Estado de São Paulo até o Triângulo Mineiro.
Acontecimento inédito em toda História da nossa Boa Música Brasileira até então, "Coração de Luto" vendeu mais de um milhão de cópias só no ano de 1961. O disco chegou inclusive a ser vendido no "câmbio negro" em Belém-PA, onde se fazia fila para comprá-lo; e a gravadora, sem condições de atender aos pedidos, se via obrigada a "distribuir cotas" para cada loja.
E, em Passo Fundo-RS, Teixeirinha vendeu então o stand de “Tiro ao Alvo” e se mudou para Porto Alegre-RS. Foi também convidado pela Chantecler para residir na Paulicéia Desvairada, no entanto, o ilustre filho de Dona Ledurina preferiu permanecer na Capital Gaúcha, onde havia adquirido sua casa própria no bairro da Glória, com a renda da excursão a São Paulo e da venda do disco com o sucesso do "Coração de Luto"!
Calcula-se que, desde 1960 até os dias atuais, "Coração de Luto" tenha vendido algo em torno de 25 milhões de cópias, número astronômico, principalmente quando se trata de uma única Música e não de todo o repertório do intérprete!
Tendo comprado também uma Kombi, para viajar por todo o Brasil, Teixeirinha assumiu a carreira artística, passando a trabalhar em circos, parques, teatros, cinemas e demais casas de espetáculos, mantendo sua residência fixa em Porto Alegre-RS.
Graças ao sucesso e à sinceridade da letra do "Coração de Luto", Teixeirinha viajou por todo o Brasil, já conhecido como o “Gaúcho Coração do Rio Grande”. Em 1963, ganhou o Troféu Chico Viola, na TV Record de São Paulo-SP, no programa “Astros do Disco”, por ter sido o cantor campeão de vendagem por dois anos consecutivos: 1962 e 1963. Em Portugal, Teixeirinha ganhou também o troféu “Elefante de Ouro” como maior vendagem de discos naquele país. Pessoalmente eu pude observar que o "Coração de Luto" é uma música muito querida pelos Portugueses inclusive na Ilha da Madeira, além de que se pode adquirir com facilidade os CDs de Teixeirinha nas lojas de Portugal. E seus discos também são editados nas Colônias Portuguesas do mundo inteiro.
Teixeirinha também fez bastante sucesso no cinema, a partir de 1964, com o filme “Coração de Luto”, um record de bilheteria produzido pela Leopoldis Som e dirigido por Eduardo Llorente em 1966. Visando mostrar ao grande público que "Coração de Luto" era um caso verídico, foi que Teixeirinha escreveu a história com pouquíssimas alterações; e Ledurina, a mãe de Teixeirinha, foi interpretada pela atriz Amelia Bittencourt.
E a carreira de Teixeirinha no cinema não parou por aí: "os fãs pediram mais" e, em 1969, junto com o finado comediante Valter D’Avila, participou do filme “Motorista Sem Limites”, (de Milton Barragan) produzido por Itacir Rossi. E, no ano de 1970, Teixeirinha criou sua própria produtora, a “Teixeirinha Produções Artísticas Ltda", e escreveu, produziu e distribuiu mais 10 filmes: “Ela Tornou-Se Freira” (de Pereira Dias) (1972), “Teixeirinha 7 Provas” (de Milton Barragan) (1973), “Pobre João” (de Pedro Dias) (1974), “A Quadrilha Do Perna Dura” (1975), “Carmem, A Cigana (1976), “O Gaúcho De Passo Fundo” (1978) , “Meu Pobre Coração De Luto” (1978), "Na Trilha Da Justiça" (1978), “Tropeiro Velho” (1980) e “A Filha De Iemanjá” (1981), filme esse acabou por levar a "Teixeirinha Produções Artísticas" à falência. Seus filmes contaram com participações ilustres, tais como Edith Veiga, Darci Fagundes, Ricardo Hoeper, Dimas Costas, Vânia Elizabeth, Suely Silva e Jimmy Pipiolo, dentre muitos outros nomes.
Durante 20 anos, Teixeirinha Utilizou o rádio como intrumento fundamental para a divulgação do seu trabalho. Na Rádio Farroupilha de Porto Alegre-RS, comandou os programas “Teixeirinha Amanhece Cantando” (pela manhã, antes dos trabalhadores saírem de casa) e “Teixeirinha Comanda O Espetáculo” (à noite, depois que os trabalhadores retornavam), além de “Teixeirinha Canta Para o Brasil” (aos Domingos, pela manhã).
Sua brilhante trajetória artística lhe conferiu 9 Discos de Ouro, além do título de Cidadão Emérito de diversos municípios gaúchos tais como: Passo Fundo, Santo Antônio da Patrulha e Rolante. Realizou também 15 apresentações nos Estados Unidos em 1973 e 18 apresentações no Canadá em 1975. Isso tudo sem mencionar os diversos shows que fez na maioria dos países da América do Sul e também na Europa.
Teixeirinha também gravou 49 LP's inéditos, incluindo mais de 70 LP's com regravações, tendo gravado mais de 700 músicas de sua autoria, além de um acervo superior a 1200 composições de sua autoria.
Em suas composições musicais, Teixeirinha manteve vivos ritmos como o Vanerão, a Rancheira, a Polca e o Xote, além de ter tido pioneirismo cultivando e popularizando as Formas Musicais Gaúchas. Suas obras musicais retratavam a vida no seu dia-a-dia, sem enfeites, numa linguagem cotidiana.
De acordo com o próprio Teixeirinha, seu sucesso se devia à simplicidade com que ele escreveu suas músicas: "Eu canto para o povo e onde o povo for, eu vou".
Em 1978, Mary Terezinha começou a se afastar de Teixeirinha, de quem acabou por se separar definitivamente em 1982. Ao que consta, tal separação abalou Teixeirinha de tal modo que ele veio a sofrer um enfarte no ano de 1984. E, em 1989, ela escreveu "Agora Eu Falo", livro no qual relata sua atribulada relação amorosa com Teixeirinha.
Solitário, vitimado pelo câncer, Teixeirinha deixou este mundo no dia 4 de dezembro de 1985. Mais de 50 mil pessoas acompanharam o cortejo fúnebre até o Cemitério da Irmandade Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre-RS, onde seu corpo se encontra sepultado na Quadra Nº 4, Túmulo Nº 4. Durante todo o tempo de seu enterro foram cantados alguns de seus maiores sucessos.
"O maior golpe do mundo"na vida de Vitor Mateus Teixeira foi sem dúvida a trágica morte de sua mãe querida, quando ele contava com apenas 9 anos de idade. O fato verídico virou lenda, virou canção, virou filme e emocionou milhares que se compadeceram com a tragédia do menino que se transformou mais tarde no maior fenômeno popular da Música do Rio Grande do Sul. Mesmo com o sucesso e a consagração nacional, Teixeirinha conservou o trauma da perda de sua mãe, uma dor que o acompanhou até a morte em 1985.
Pode se dizer que a vida de Teixeirinha se resumiu na busca de uma "Mãe Ideal". É certo que ele já era órfão de pai havia três anos, quando do destino trágico sofrido por Dona Ledurina, em 1936. No entanto, sempre foi de sua mãe a saudade esmagadora que povoou toda sua obra. Curiosamente, na maioria de seus 12 filmes, a personagem representada por Teixeirinha não era órfã: nas telas, sempre havia para ela uma Mãe Carinhosa.
A saudade afetava sobremaneira a vida pessoal de Teixeirinha, que repetia sempre para os seus 9 filhos que" ...só não sabe a importância de uma mãe quem não a tem... ". Considerava o Dia das Mães como o mais triste do ano. Nos momentos de dor e de tristeza, recorria sempre à mãe morta em suas Orações, para quem pedia forças, numa fervorosa admiração que tinha por Ledurina, comparável à Devoção que ele também tinha por Nossa Senhora de Fátima. E Teixeirinha construiu para Dona Ledurina o túmulo mais bonito do Cemitério Antigo de Taquara.
Clique aqui e veja um artigo interessante sobre "A Mãe de Teixeirinha" escrito por Johanna Kleine no site daPágina do Gaúcho. Trata-se de um artigo do jornal "Zero Hora" de 08/05/1997 com textos obtidos do arquivo da RBS.
Em 1995, por ocasião dos dez anos do seu falecimento, foi realizado em Porto Alegre-RS o Painel "Teixeirinha e a Cultura Gaúcha, Mito e Realidade", pela Discoteca Pública Natho Henn e também pela Casa de Cultura Mário Quintana, evento que contou com debates e exibição dos filmes de Teixeirinha.
Foi construído na entrada da cidade de Passo Fundo-RS um monumento à sua figura (foto à direita). E, em Dezembro de 1999, a Rede de Televisão Gaúcha RBS lhe outorgou, a partir do voto popular, o mérito de ser um dos "Vinte Gaúchos que Marcaram o Século XX". Sem dúvida, Teixeirinha é um dos nomes mais ilustres do Rio Grande do Sul!
Funciona atualmente em Porto Alegre-RS a Fundação Teixeirinha, mantida pela família do célebre cantor e compositor. Quero aqui convidar o Apreciador a visitar e conhecer o excelente site Teixeirinha On-Line, que é o Site Oficial de Teixeirinha e visa mostrar a todos sua memória, disponibilizando Fotografias, Biografia, Discografia, Filmografia, Letras e Contato Direto com a Família, além de alguns links musicais de sua excelente obra, bem como a venda de diversos CD's do “Gaúcho Coração do Rio Grande”!
Conheça também o Blog Revivendo Teixeirinha criado pelo Historiador Chico Cougo de Rio Grande-RS, que é também um excelente espaço na Internet que é dedicado à Preservação da Obra Musical do "Gaúcho Coração do Rio Grande"!
Quero recomendar também ao Apreciador o excelente Livro do Dr. Israel Lopes: Teixeirinha - O Gaúcho Coração do Rio Grande - Projeto Teixeirinha, Memória Nacional - Fundação Vitor Mateus Teixeira - EST Edições - Porto Alegre-RS - 2007 - O livro pode ser adquirido diretamente do Autor pelo telefone (55) 3431-3260 ou pelo e-mail:escritor.israellopes@bol.com.br.
Clique aqui e ouça a Toada-Milonga "Coração de Luto" (Teixeirinha) interpretada pelo Autor, numa gravação histórica do Disco 78 RPM - 10104 - Lado B - Gravadora Sertanejo - Lançado em Julho/1960 - do Acervo de José Ramos Tinhorão - num excelente Arquivo Musical pertencente ao IMS - Instituto Moreira Salles, excelente site que se preocupa com a Preservação de Inestimáveis Acervos Brasileiros em termos de Música, Fotografia, Artes Plásticas e Biblioteca, o qual convido o Apreciador a visitar!
Clique aqui e ouça a Valsa "Resposta do Coração de Luto" (Teixeirinha) interpretada pelo Autor, numa gravação histórica do Disco 78 RPM - 10203 - Lado A - Gravadora Sertanejo - Lançado em Junho/1961 - do Acervo de José Ramos Tinhorão - num excelente Arquivo Musical pertencente ao IMS - Instituto Moreira Salles, excelente site que se preocupa com a Preservação de Inestimáveis Acervos Brasileiros em termos de Música, Fotografia, Artes Plásticas e Biblioteca, o qual convido o Apreciador a visitar!
Clique aqui e ouça a Toada-Milonga "Força do Nome de Mãe" (Teixeirinha) interpretada pelo Autor, com Acompanhamento de Mário Zan, numa gravação histórica do Disco 78 RPM - 10227 - Lado A - Gravadora Sertanejo - Lançado em Setembro/1961 - do Acervo de José Ramos Tinhorão - num excelente Arquivo Musical pertencente ao IMS - Instituto Moreira Salles, excelente site que se preocupa com a Preservação de Inestimáveis Acervos Brasileiros em termos de Música, Fotografia, Artes Plásticas e Biblioteca, o qual convido o Apreciador a visitar!
Clique aqui e ouça a Web Rádio Teixeirinha com programação inteiramente dedicada a esse inesquecível Cantador Gaúcho! Esse link faz parte do Site Teixeirinha On-Line, que é o Site Oficial do Teixeirinha!
Filho de Saturno Teixeira e de Ledurina Mateus Teixeira, Vitor Mateus teve também um irmão e duas irmãs. Seu pai era carreteiro e faleceu quando o menino tinha apenas 6 anos de idade; sua mãe, por outro lado,"morreu queimada no fogo" quando Teixeirinha tinha apenas 9 anos de idade. Conforme será visto adiante, a trágica morte de sua mãe inspirou o maior sucesso de toda sua carreira de Cantor e Compositor que foi sem dúvida o "Coração de Luto".
Na década de 1920, Ledurina vivia com seu esposo Saturno Teixeira em Rolante (na época, distrito de Santo Antônio da Patrulha), tendo mais tarde a família se transferido para a região de Taquara. Com o falecimento de Saturno, Ledurina e os filhos ficaram em péssima situação, já que a família de Saturno expulsou-os do rancho onde viviam. E, por falta total de condições, Ledurina se viu obrigada a dar os dois filhos mais velhos para serem criados por outras famílias, tendo ficado somente com Teixeirinha e morando de favor em terras alheias.
Dona Ledurina sofria de freqüentes e violentos ataques epiléticos e, num triste dia, enquanto queimava folhas secas no quintal, ela desfaleceu e caiu sobre a fogueira. Contava com apenas 28 anos de idade e agonizou dolorosamente por três dias antes de morrer.
Órfão de pai e mãe, passou a residir com seus parentes que, por outro lado, não tinham condições de sustentá-lo; Teixeirinha então se viu obrigado a sair pelo mundo fazendo "um pouquinho de tudo; trabalhou em granjas próximo à sua Rolante natal, tendo se mudado logo depois para Porto Alegre-RS.
Na Capital Gaúcha, Vitor Mateus foi carregador de malas nas portas das pensões, vendeu doces e também verduras como ambulante; foi também entregador de viandas e vendedor de jornais, além de ter também trabalhado no porto; enfim, qualquer atividade para poder sobreviver...
Dormiu diversas vezes ao relento, sob o viaduto da Avenida Borges de Medeiros. E foi também em Porto Alegre-RS que Teixeirinha aprendeu sozinho e de ouvido o toque do Violão.
Com 16 anos, Teixeirinha se "auto-registrou" como Cidadão Brasileiro; e, aos 18, alistou-se no Exército, onde não chegou a servir; na ocasião foi trabalhar no Departamento de Estradas de Rodagem, como operador de máquinas, trabalho que exerceu durante 6 anos.
E, do Departamento de Estradas de Rodagem, Teixeirinha resolveu "botar o pé na estrada": saiu e começou a tentar a carreira artística cantando em rádios de cidades do Interior Gaúcho, tais como: Lajeado, Estrela, Rio Pardo e Santa Cruz do Sul.
E foi em Santa Cruz do Sul-RS que Teixeirinha conheceu Zoraida Lima Teixeira, com quem se casou em 1957. E foram morar em Soledade-RS e, logo depois, em Passo Fundo-RS, onde adquiriram um stand de “Tiro ao Alvo”. E, à noite, Teixeirinha se apresentava na Rádio Municipal de Passo Fundo-RS. Zoraida foi mãe de 6 de seus 9 filhos.
E, em 1961, durante um show na cidade de Bagé-RS, Teixeirinha conheceu Mary Terezinha, uma aolescente beirando seus 14 anos que tocava todas as suas músicas no Acordeon. Teve início então uma parceria que "extrapolou os palcos"... Nascida em Bagé-RS em 1948, Mary Terezinha, acompanhou Teixeirinha durante 22 anos com o Acordeon em shows, no rádio e também no cinema.
E Teixeirinha teve um total de 9 filhos: Sirley Marisa, Líria Luisa, Victor Filho, Margareth, Elizabeth, Fátima Lisete, Márcia Bernadeth, Alexandre e Liane Ledurina (os dois últimos, filhos de Teixeirinha com Mary Terezinha).
Em 1959, Teixeirinha pegou o trem e viajou na segunda classe rumo à Paulicéia Desvairada, onde recebeu o convite para gravar o seu primeiro 78RPM, com as músicas “Xote Soledade” e “Briga no Batizado”, ambas de autoria de Teixeirinha. Apesar do disco não ter alcançado de imediato o sucesso, Teixeirinha ainda gravou mais dois discos no mesmo ano.
E, no ano seguinte, em 1960, em seu quarto disco, Teixeirinha gravou o xote "Gaúcho de Passo Fundo" e, no Lado-B, o grande sucesso que foi a toada-milonga "Coração de Luto", ambas de sua autoria. Rebatizada ironicamente por alguns "críticos" (dando a entender que o cantor estava usando a memória da mãe para fazer dinheiro) como "Churrasquinho de Mãe", o célebre "Coração de Luto", composto quase ao acaso, com a história verídica, tornou-se um clássico, com mais de um milhão de cópias vendidas, tendo sido gravada em 21 idiomas!
Conforme mencionado, "Coração de Luto" estava no Lado-B do disco e a toada-milonga foi lançada sem nenhuma pretensão, no entanto o sucesso começou a acontecer expontaneamente 6 meses depois do seu lançamento. Inicialmente em Sorocaba-SP e, pouco tempo depois, já começava a fazer sucesso na região e em diversas outras cidades do Interior Paulista. Foi então que a Chantecler trouxe Teixeirinha para São Paulo-SP a fim de trabalhar o disco, inicialmente com um show em Sorocaba-SP e, logo depois, em diversas outras cidades do Estado de São Paulo até o Triângulo Mineiro.
Acontecimento inédito em toda História da nossa Boa Música Brasileira até então, "Coração de Luto" vendeu mais de um milhão de cópias só no ano de 1961. O disco chegou inclusive a ser vendido no "câmbio negro" em Belém-PA, onde se fazia fila para comprá-lo; e a gravadora, sem condições de atender aos pedidos, se via obrigada a "distribuir cotas" para cada loja.
E, em Passo Fundo-RS, Teixeirinha vendeu então o stand de “Tiro ao Alvo” e se mudou para Porto Alegre-RS. Foi também convidado pela Chantecler para residir na Paulicéia Desvairada, no entanto, o ilustre filho de Dona Ledurina preferiu permanecer na Capital Gaúcha, onde havia adquirido sua casa própria no bairro da Glória, com a renda da excursão a São Paulo e da venda do disco com o sucesso do "Coração de Luto"!
Calcula-se que, desde 1960 até os dias atuais, "Coração de Luto" tenha vendido algo em torno de 25 milhões de cópias, número astronômico, principalmente quando se trata de uma única Música e não de todo o repertório do intérprete!
Tendo comprado também uma Kombi, para viajar por todo o Brasil, Teixeirinha assumiu a carreira artística, passando a trabalhar em circos, parques, teatros, cinemas e demais casas de espetáculos, mantendo sua residência fixa em Porto Alegre-RS.
Teixeirinha também fez bastante sucesso no cinema, a partir de 1964, com o filme “Coração de Luto”, um record de bilheteria produzido pela Leopoldis Som e dirigido por Eduardo Llorente em 1966. Visando mostrar ao grande público que "Coração de Luto" era um caso verídico, foi que Teixeirinha escreveu a história com pouquíssimas alterações; e Ledurina, a mãe de Teixeirinha, foi interpretada pela atriz Amelia Bittencourt.
E a carreira de Teixeirinha no cinema não parou por aí: "os fãs pediram mais" e, em 1969, junto com o finado comediante Valter D’Avila, participou do filme “Motorista Sem Limites”, (de Milton Barragan) produzido por Itacir Rossi. E, no ano de 1970, Teixeirinha criou sua própria produtora, a “Teixeirinha Produções Artísticas Ltda", e escreveu, produziu e distribuiu mais 10 filmes: “Ela Tornou-Se Freira” (de Pereira Dias) (1972), “Teixeirinha 7 Provas” (de Milton Barragan) (1973), “Pobre João” (de Pedro Dias) (1974), “A Quadrilha Do Perna Dura” (1975), “Carmem, A Cigana (1976), “O Gaúcho De Passo Fundo” (1978) , “Meu Pobre Coração De Luto” (1978), "Na Trilha Da Justiça" (1978), “Tropeiro Velho” (1980) e “A Filha De Iemanjá” (1981), filme esse acabou por levar a "Teixeirinha Produções Artísticas" à falência. Seus filmes contaram com participações ilustres, tais como Edith Veiga, Darci Fagundes, Ricardo Hoeper, Dimas Costas, Vânia Elizabeth, Suely Silva e Jimmy Pipiolo, dentre muitos outros nomes.
Sua brilhante trajetória artística lhe conferiu 9 Discos de Ouro, além do título de Cidadão Emérito de diversos municípios gaúchos tais como: Passo Fundo, Santo Antônio da Patrulha e Rolante. Realizou também 15 apresentações nos Estados Unidos em 1973 e 18 apresentações no Canadá em 1975. Isso tudo sem mencionar os diversos shows que fez na maioria dos países da América do Sul e também na Europa.
Teixeirinha também gravou 49 LP's inéditos, incluindo mais de 70 LP's com regravações, tendo gravado mais de 700 músicas de sua autoria, além de um acervo superior a 1200 composições de sua autoria.
Em suas composições musicais, Teixeirinha manteve vivos ritmos como o Vanerão, a Rancheira, a Polca e o Xote, além de ter tido pioneirismo cultivando e popularizando as Formas Musicais Gaúchas. Suas obras musicais retratavam a vida no seu dia-a-dia, sem enfeites, numa linguagem cotidiana.
De acordo com o próprio Teixeirinha, seu sucesso se devia à simplicidade com que ele escreveu suas músicas: "Eu canto para o povo e onde o povo for, eu vou".
Em 1978, Mary Terezinha começou a se afastar de Teixeirinha, de quem acabou por se separar definitivamente em 1982. Ao que consta, tal separação abalou Teixeirinha de tal modo que ele veio a sofrer um enfarte no ano de 1984. E, em 1989, ela escreveu "Agora Eu Falo", livro no qual relata sua atribulada relação amorosa com Teixeirinha.
Solitário, vitimado pelo câncer, Teixeirinha deixou este mundo no dia 4 de dezembro de 1985. Mais de 50 mil pessoas acompanharam o cortejo fúnebre até o Cemitério da Irmandade Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre-RS, onde seu corpo se encontra sepultado na Quadra Nº 4, Túmulo Nº 4. Durante todo o tempo de seu enterro foram cantados alguns de seus maiores sucessos.
Pode se dizer que a vida de Teixeirinha se resumiu na busca de uma "Mãe Ideal". É certo que ele já era órfão de pai havia três anos, quando do destino trágico sofrido por Dona Ledurina, em 1936. No entanto, sempre foi de sua mãe a saudade esmagadora que povoou toda sua obra. Curiosamente, na maioria de seus 12 filmes, a personagem representada por Teixeirinha não era órfã: nas telas, sempre havia para ela uma Mãe Carinhosa.
A saudade afetava sobremaneira a vida pessoal de Teixeirinha, que repetia sempre para os seus 9 filhos que" ...só não sabe a importância de uma mãe quem não a tem... ". Considerava o Dia das Mães como o mais triste do ano. Nos momentos de dor e de tristeza, recorria sempre à mãe morta em suas Orações, para quem pedia forças, numa fervorosa admiração que tinha por Ledurina, comparável à Devoção que ele também tinha por Nossa Senhora de Fátima. E Teixeirinha construiu para Dona Ledurina o túmulo mais bonito do Cemitério Antigo de Taquara.
Clique aqui e veja um artigo interessante sobre "A Mãe de Teixeirinha" escrito por Johanna Kleine no site daPágina do Gaúcho. Trata-se de um artigo do jornal "Zero Hora" de 08/05/1997 com textos obtidos do arquivo da RBS.
Em 1995, por ocasião dos dez anos do seu falecimento, foi realizado em Porto Alegre-RS o Painel "Teixeirinha e a Cultura Gaúcha, Mito e Realidade", pela Discoteca Pública Natho Henn e também pela Casa de Cultura Mário Quintana, evento que contou com debates e exibição dos filmes de Teixeirinha.
Funciona atualmente em Porto Alegre-RS a Fundação Teixeirinha, mantida pela família do célebre cantor e compositor. Quero aqui convidar o Apreciador a visitar e conhecer o excelente site Teixeirinha On-Line, que é o Site Oficial de Teixeirinha e visa mostrar a todos sua memória, disponibilizando Fotografias, Biografia, Discografia, Filmografia, Letras e Contato Direto com a Família, além de alguns links musicais de sua excelente obra, bem como a venda de diversos CD's do “Gaúcho Coração do Rio Grande”!
Conheça também o Blog Revivendo Teixeirinha criado pelo Historiador Chico Cougo de Rio Grande-RS, que é também um excelente espaço na Internet que é dedicado à Preservação da Obra Musical do "Gaúcho Coração do Rio Grande"!
Clique aqui e ouça a Toada-Milonga "Coração de Luto" (Teixeirinha) interpretada pelo Autor, numa gravação histórica do Disco 78 RPM - 10104 - Lado B - Gravadora Sertanejo - Lançado em Julho/1960 - do Acervo de José Ramos Tinhorão - num excelente Arquivo Musical pertencente ao IMS - Instituto Moreira Salles, excelente site que se preocupa com a Preservação de Inestimáveis Acervos Brasileiros em termos de Música, Fotografia, Artes Plásticas e Biblioteca, o qual convido o Apreciador a visitar!
Clique aqui e ouça a Valsa "Resposta do Coração de Luto" (Teixeirinha) interpretada pelo Autor, numa gravação histórica do Disco 78 RPM - 10203 - Lado A - Gravadora Sertanejo - Lançado em Junho/1961 - do Acervo de José Ramos Tinhorão - num excelente Arquivo Musical pertencente ao IMS - Instituto Moreira Salles, excelente site que se preocupa com a Preservação de Inestimáveis Acervos Brasileiros em termos de Música, Fotografia, Artes Plásticas e Biblioteca, o qual convido o Apreciador a visitar!
Clique aqui e ouça a Toada-Milonga "Força do Nome de Mãe" (Teixeirinha) interpretada pelo Autor, com Acompanhamento de Mário Zan, numa gravação histórica do Disco 78 RPM - 10227 - Lado A - Gravadora Sertanejo - Lançado em Setembro/1961 - do Acervo de José Ramos Tinhorão - num excelente Arquivo Musical pertencente ao IMS - Instituto Moreira Salles, excelente site que se preocupa com a Preservação de Inestimáveis Acervos Brasileiros em termos de Música, Fotografia, Artes Plásticas e Biblioteca, o qual convido o Apreciador a visitar!
Clique aqui e ouça a Web Rádio Teixeirinha com programação inteiramente dedicada a esse inesquecível Cantador Gaúcho! Esse link faz parte do Site Teixeirinha On-Line, que é o Site Oficial do Teixeirinha!
quarta-feira, 19 de julho de 2017
sábado, 6 de maio de 2017
quinta-feira, 27 de abril de 2017
Romance do Tropeiro Doido
Romance do Tropeiro Doido
Autoria: Aureliano de Figueiredo Pinto, dedicado a Gaspar Ferreira
Já velhito não perdia
uma tropeada comprida
com seus seis baios ruanos
bem tosados, cola curta,
os cascos bem groseaditos,
era um desses peão de tropa
que os capatazes não deixam...
Com seu chapéu de aba larga,
e o poncho que era um galpão,
e com todos os pertences
para a lida forte e dura
-desde avios de chimarrão,
maneadores de porteira,
até os trapos ensebados
prá empeçar fogo, chovendo.
Um quero-quero prá o sono!
E ademais sem uma queixa,
ou dúvida às ordens dadas.
Vaqueano como ninguém
de rondas , pastos e aguadas,
era um desses peão de tropa
que os capatazes não deixam
Um dia a sua comitiva
afundou para as missões,
a apartar gordo em Garruchos
no velho Juca Ramão.
E no primeiro rodeio,
logo um novilho afamado,
ficado de muitas tropas
levantou as aspas claras
direito ao fundo do campo.
Mas o velhito era desses
que os capatazes não deixam...
Estendeu o baio-ruano
no plaino de pedregulho.
Levantou o treze-braças
que fez um Vuuu!...no ar parado.
E quando o laço estirou,
no instante mesmo do golpe
o baio fincou a testa!
O velhito que atendia
boi, ilhapa e cinchador
nunca este ruano rodara!
e o velhito, um saidor!
também de testa se foi..
Ficou roncando, mortito,
e quinze dias roncou.
E lá, três meses esteve
num hospital das missões,
onde o Dr. Zé Gaspar
que em moço fora tropeiro,
o atendia com a ciência
e pena no coração...
E quando aos pagos voltou
parecia o homem de sempre
-ágil, vivo, despachado!
Servidor e sempre pronto
prá uma tropeada comprida.
Só diferente na prosa
porque o juízo perdera...
No inverno lidava em guascas,
e em madeiras de carreta,
ensinando ao seu netito,
como se faz a presilha
ou se remata um botão.
Como se prepara a lonca
e o romaneio de um laço.
Como se arqueia um canzil
ou se volteia uma canga.
Como se retova um par
de bem feitas boleadeiras.
Como se prepara um couro
ou desquina um maneador.
E nas conversas com o aluno,
era tudo mais por senhas,
e idiomas de meia língua
que os outros pouco pescavam.
Ali por fins de setembro,
ou nos começos de outubro,
ia a invernada e trazia
os seus seis baio-ruanos.
Uma semana levava
tosando, groseando os cascos,
adelgaçando os seus pingos.
Já pronto para a tropeada
de todos se despedia...
Agora ninguém mais ria
da loucura do velhito.
Com seis ruanos por diante,
ia à coxilha defronte.
Lá, durante horas e horas
trabalhava como um taura:
-Apartava, refugava.
Coava. Contava a tropa
e a ajeitava na pastagem,
com o flete lavado em suor!
Tudo de imaginação!
como piazito brincando
de apartes de faz-de-conta...
Lá ia o neto buscá-lo
para o almoço e o descanso.
Ele acedia mas antes
logo pedia ajutório
para estender a tropa n'água.
Porque é um trabalho a preceito
largar a tropa na aguada...
De tarde, mudado o pingo,
o churrasquito na mala,
fazia a tropa marchar
até que, entre duas-luzes,
ao tranco, com calma e jeito,
se fosse cerrando a ronda...
De novo o guri o buscava
e afinal o convencia
que a peonada era boa,
podia rondar sem ele.
Podia ir pousar nas casas...
Se a noite não tinha lua
ele voltava à morada.
Mas nas noite de luar claro,
nas noites de lua cheia,
nem o neto o demovia!
Rondava a coxilha, ao tranco,
às vezes meio cantando,
até que clareasse o dia.
E foi numa dessas noites
de luar prateando as lagoas,
que amanheceu morto, lá no alto.
Com a rédea atada no pulso,
largo chapéu sobre os olhos
e o ruano olhando o seu dono.
Primeira e única noite
que o taura dormiu na ronda.
uma tropeada comprida
com seus seis baios ruanos
bem tosados, cola curta,
os cascos bem groseaditos,
era um desses peão de tropa
que os capatazes não deixam...
Com seu chapéu de aba larga,
e o poncho que era um galpão,
e com todos os pertences
para a lida forte e dura
-desde avios de chimarrão,
maneadores de porteira,
até os trapos ensebados
prá empeçar fogo, chovendo.
Um quero-quero prá o sono!
E ademais sem uma queixa,
ou dúvida às ordens dadas.
Vaqueano como ninguém
de rondas , pastos e aguadas,
era um desses peão de tropa
que os capatazes não deixam
Um dia a sua comitiva
afundou para as missões,
a apartar gordo em Garruchos
no velho Juca Ramão.
E no primeiro rodeio,
logo um novilho afamado,
ficado de muitas tropas
levantou as aspas claras
direito ao fundo do campo.
Mas o velhito era desses
que os capatazes não deixam...
Estendeu o baio-ruano
no plaino de pedregulho.
Levantou o treze-braças
que fez um Vuuu!...no ar parado.
E quando o laço estirou,
no instante mesmo do golpe
o baio fincou a testa!
O velhito que atendia
boi, ilhapa e cinchador
nunca este ruano rodara!
e o velhito, um saidor!
também de testa se foi..
Ficou roncando, mortito,
e quinze dias roncou.
E lá, três meses esteve
num hospital das missões,
onde o Dr. Zé Gaspar
que em moço fora tropeiro,
o atendia com a ciência
e pena no coração...
E quando aos pagos voltou
parecia o homem de sempre
-ágil, vivo, despachado!
Servidor e sempre pronto
prá uma tropeada comprida.
Só diferente na prosa
porque o juízo perdera...
No inverno lidava em guascas,
e em madeiras de carreta,
ensinando ao seu netito,
como se faz a presilha
ou se remata um botão.
Como se prepara a lonca
e o romaneio de um laço.
Como se arqueia um canzil
ou se volteia uma canga.
Como se retova um par
de bem feitas boleadeiras.
Como se prepara um couro
ou desquina um maneador.
E nas conversas com o aluno,
era tudo mais por senhas,
e idiomas de meia língua
que os outros pouco pescavam.
Ali por fins de setembro,
ou nos começos de outubro,
ia a invernada e trazia
os seus seis baio-ruanos.
Uma semana levava
tosando, groseando os cascos,
adelgaçando os seus pingos.
Já pronto para a tropeada
de todos se despedia...
Agora ninguém mais ria
da loucura do velhito.
Com seis ruanos por diante,
ia à coxilha defronte.
Lá, durante horas e horas
trabalhava como um taura:
-Apartava, refugava.
Coava. Contava a tropa
e a ajeitava na pastagem,
com o flete lavado em suor!
Tudo de imaginação!
como piazito brincando
de apartes de faz-de-conta...
Lá ia o neto buscá-lo
para o almoço e o descanso.
Ele acedia mas antes
logo pedia ajutório
para estender a tropa n'água.
Porque é um trabalho a preceito
largar a tropa na aguada...
De tarde, mudado o pingo,
o churrasquito na mala,
fazia a tropa marchar
até que, entre duas-luzes,
ao tranco, com calma e jeito,
se fosse cerrando a ronda...
De novo o guri o buscava
e afinal o convencia
que a peonada era boa,
podia rondar sem ele.
Podia ir pousar nas casas...
Se a noite não tinha lua
ele voltava à morada.
Mas nas noite de luar claro,
nas noites de lua cheia,
nem o neto o demovia!
Rondava a coxilha, ao tranco,
às vezes meio cantando,
até que clareasse o dia.
E foi numa dessas noites
de luar prateando as lagoas,
que amanheceu morto, lá no alto.
Com a rédea atada no pulso,
largo chapéu sobre os olhos
e o ruano olhando o seu dono.
Primeira e única noite
que o taura dormiu na ronda.
quarta-feira, 26 de abril de 2017
domingo, 23 de abril de 2017
Aqui estou, Sr. Inverno
Aqui estou, Sr. Inverno
Autoria: Aureliano de Figueiredo Pinto
Já sei que chegas, Inverno velho!
Já sei que trazes - bárbaro! O frio
e as longas chuvas sobre os beirais.
Começo a olhar-me, como em espelho,
nos meus recuerdos... Olho e sorrio
como sorriram meus ancestrais.
Sei que vens vindo... Não me amedrontas!
Fiz provisões de sábias quietudes
e de silêncios - que prevenido!
Vão-se-me os olhos nas folhas tontas
como simbólicos ataúdes
rolando ao nada do teu olvido.
Aqui me encontras... Nunca deserto
do uivo dos ventos e das matilhas
de angústias vindo sem parcimônias.
Chega ao meu rancho que estou desperto:
- sou veterano de cem vigílias,
sou tapejara de mil insônias.
Aqui estarei... Na erma hora morta,
junto da lâmpada, com que sonho,
não temo estilhas de funda ou arco.
Tuas maretas de porta em porta,
os teus furores de trom medonho
não trazem pânico ao bravo barco.
Na caravela ou sobre a alvadia
terra do pampa - cerros e ondas
meu tino e rumo não mudarão.
No alto da torre que o mar vigia,
ou, sem querência, por longas rondas,
não me estrangulas de solidão.
Tua estratégia de assalto e espera
conheço-a muito, fina e feroz:
de neve matas; matas de mágoa;
derramas nalma um frio de tapera;
nanas ausências a meia voz
e os olhos turvos de rasos d'água.
Comigo, nunca... Se estou blindado!
Resisto assédios, que bem conduzes,
no legendário fortim roqueiro.
Brama as tuas fúrias de alucinado!
- Fico mais calmo que as velhas cruzes
braços abertos para o pampeiro.
Os meus fantasmas bem sei que animas
para, num pranto de vãs memórias,
virem num coro de procissão
trazer-me o embalo de velhas rimas.
- À intimidade dessas histórias
tenho aço e bronze no coração.
Então soluças pelas janelas,
gemes e imprecas pelos oitões,
galopas louco sobre as rajadas,
possesso, ululas entre procelas.
E ébrio, nas noites destes rincões
lampejas brilhos de punhaladas.
Inútil tudo! Vê que estou firme.
Nenhum receio me turba o aspeto,
nenhuma sombra me nubla o olhar.
Contigo sempre conto medir-me
frio, impassível, bravo e correto
como um guerreiro que ia a ultramar.
Reconciliemo-nos, velho Inverno!
Nem és tão rude! Tão frio não sou...
Venha um abraço muito fraterno.
Olha...
Esta lágrima que rolou
não a repares...
É de homenagem
a alguém que aos céus se fez de viagem,
e nunca... nunca! Nunca mais voltou...
Já sei que trazes - bárbaro! O frio
e as longas chuvas sobre os beirais.
Começo a olhar-me, como em espelho,
nos meus recuerdos... Olho e sorrio
como sorriram meus ancestrais.
Sei que vens vindo... Não me amedrontas!
Fiz provisões de sábias quietudes
e de silêncios - que prevenido!
Vão-se-me os olhos nas folhas tontas
como simbólicos ataúdes
rolando ao nada do teu olvido.
Aqui me encontras... Nunca deserto
do uivo dos ventos e das matilhas
de angústias vindo sem parcimônias.
Chega ao meu rancho que estou desperto:
- sou veterano de cem vigílias,
sou tapejara de mil insônias.
Aqui estarei... Na erma hora morta,
junto da lâmpada, com que sonho,
não temo estilhas de funda ou arco.
Tuas maretas de porta em porta,
os teus furores de trom medonho
não trazem pânico ao bravo barco.
Na caravela ou sobre a alvadia
terra do pampa - cerros e ondas
meu tino e rumo não mudarão.
No alto da torre que o mar vigia,
ou, sem querência, por longas rondas,
não me estrangulas de solidão.
Tua estratégia de assalto e espera
conheço-a muito, fina e feroz:
de neve matas; matas de mágoa;
derramas nalma um frio de tapera;
nanas ausências a meia voz
e os olhos turvos de rasos d'água.
Comigo, nunca... Se estou blindado!
Resisto assédios, que bem conduzes,
no legendário fortim roqueiro.
Brama as tuas fúrias de alucinado!
- Fico mais calmo que as velhas cruzes
braços abertos para o pampeiro.
Os meus fantasmas bem sei que animas
para, num pranto de vãs memórias,
virem num coro de procissão
trazer-me o embalo de velhas rimas.
- À intimidade dessas histórias
tenho aço e bronze no coração.
Então soluças pelas janelas,
gemes e imprecas pelos oitões,
galopas louco sobre as rajadas,
possesso, ululas entre procelas.
E ébrio, nas noites destes rincões
lampejas brilhos de punhaladas.
Inútil tudo! Vê que estou firme.
Nenhum receio me turba o aspeto,
nenhuma sombra me nubla o olhar.
Contigo sempre conto medir-me
frio, impassível, bravo e correto
como um guerreiro que ia a ultramar.
Reconciliemo-nos, velho Inverno!
Nem és tão rude! Tão frio não sou...
Venha um abraço muito fraterno.
Olha...
Esta lágrima que rolou
não a repares...
É de homenagem
a alguém que aos céus se fez de viagem,
e nunca... nunca! Nunca mais voltou...
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