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ALDO VARGAS

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A BANDEIRA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, TE AMO MEU RIO GRANDE

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terça-feira, 25 de abril de 2023

  

Lenda do Caverá
O Caverá é uma região na fronteira-oeste do Rio Grande do Sul, ouriçada de cerros, que se estende entre Rosário do Sul e Alegrete.
Na Revolução de 1923, entre os maragatos (os revolucionários) e os chimangos (os legalistas) o Caverá foi o santuário do caudilho maragato Honório Lemes, justamente apelidado "O Leão do Caverá".
Diz a lenda que a região, no passado, era território de uma tribo dos Minuanos, índios bravos dos campos, ao contrário dos Tapes e Guaranis gente mais do mato.
Entre esses Minuanos, destacava-se a figura de Camaco, guerreiro forte e altivo,que vivia uma paixão não correspondida por Ponaim, a princesa da tribo, que só amava a própria beleza.
Camaco vinha depositar aos pés de Ponaim, os melhores frutos de suas caçadas, os mais valiosos troféus de seus combates sem conseguir dela qualquer demonstração de amor.
Um dia, achando que lhe dava uma tarefa impossível, Ponaim disse que só se casaria com Camaco se ele trouxesse a pele do Cervo Berá para forrar o leito do casamento.
O Cervo Berá era um bicho encantado, com o pelo brilhante - daí surgiu seu nome. O mato era dele: Caa-Berá, Caaverá, Caverá, finalmente.
Então Camaco resolveu caçar o cervo encantado.
Ele foi montando o seu melhor cavalo, armado com vários pares de boleadeiras, saiu a rastrear, dizendo que só voltaria depois de caçar e courear o Cervo Berá.
Depois de muitas luas, num fim de tarde ele avistou a caça tão procurada na aba do cerro. O cervo estava parado, cabeça erguida, desafiador, brilhando contra a luz do sol no morro. Sem medo, Camaco taloneou o cavalo, desprendeu da cintura um par de boleadeiras e fez as pedras zunirem, arrodeando por cima da cabeça.
Então, no justo momento em que o Cervo Berá deu um salto para a frente quando o guerreiro atirou as Três Marias, houve um grande estouro no cerro e uma cerração muito forte tapou tudo.
Durante três dias e três noites os outros índios campearam a procura de Camaco e seu cavalo, mas só acharam uma grande caverna que tinha se rasgado na pedra dura do cerro e por onde, quem sabe, Camaco e seu cavalo tinham entrado a galope atrás do Cervo Berá para nunca mais voltar.
Fonte: Histórias do Pampa

 A época em que a bombacha começou a ser utilizada pelo gaúcho não é precisa.

Existem várias versões para a sua origem.
Uns afirmam que a bombacha foi introduzida por intermédio do comércio britânico na região do Rio da Prata, por volta de 1860, das sobras dos uniformes usados pelas forças coloniais, que copiavam as vestimentas dos povos conquistados.
A bombacha seria, então, de origem turca, ou talvez espólio da Guerra da Criméia (como sustenta uma outra versão).
Quem já visitou os países balcânicos, principalmente a Grécia, a Macedônia, a Turquia e a Albânia, vê nas aldeias o uso disseminado dessas calças largas.
Pois ela foi introduzida nos Pampas graças a um grande encalhe de mercadoria e à esperteza de comerciantes ingleses.
Eu conto como se deu: as indústrias inglesas tinham confeccionado um grande número dessas calças para os soldados turcos, seus aliados na famosa Guerra da Criméia, que acabou sendo bem mais curta do que calculavam os bretões.
Para liquidar o Paraguai (na época um país poderoso, que teve a ousadia de possuir uma forte indústria metalúrgica e produzia mais e melhor algodão do que os Estados Unidos!) , os ingleses articularam a tríplice aliança.
E, além de manter a sua hegemonia comercial sobre nós e sobre as nações do Prata, desovaram as tais bombachas nos exércitos pampeiros.
Ela caiu como uma luva entre a população dos Pampas, por sua adaptação ao clima temperado e pelo conforto que propicia nas cavalgadas.
Mas, se a bombacha era o traje comum para tocar o gado e varar as imensidões dos Pampas, ela era inadequada e proibida nos bailes da fronteira.
Para os fandangos, o gaúcho usava calça “cola fina”, levada debaixo do pelego, para manter o vinco.
Mesmo com a globalização da informação e a “ipanemização” da cultura brasileira, a bombacha continua firme.
Dos Pampas, veio para a Serra Catarinense, trazida pelos peões castelhanos que mercadejavam gado, desde o Uruguai até São Paulo.
Mais tarde, seu uso espalhou-se no nosso Oeste, depois que a Ferrovia São Paulo-Rio Grande chamou a atenção dos riograndenses para a riqueza das nossas matas de Araucária e para a fertilidade da nossa terra, que era inóspita, desde as barrancas dos Rios Uruguai e Peperiguaçu até o Vale do Rio do Peixe.
Há também uma versão que diz que, durante a Invasão Moura na Península Ibérica, a calça larga teria se incorporado ao vestuário do norte da Espanha, na região chamada "La Maragateria" e depois trazida para a América do Sul pelos maragatos durante a colonização.
Portanto, ela teria origem árabe.
Por fim, a última tese é de que a bombacha teria vindo com os habitantes da Ilha da Madeira.
No Rio Grande do Sul, a vestimenta passou a ser utilizada inicialmente pelos mais pobres, no trabalho nas estâncias, logo após a Guerra do Paraguai, por causa da sua funcionalidade. Depois, passou a ser usada por todos.
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segunda-feira, 24 de abril de 2023

 Lenda do Caverá

O Caverá é uma região na fronteira-oeste do Rio Grande do Sul, ouriçada de cerros, que se estende entre Rosário do Sul e Alegrete.
Na Revolução de 1923, entre os maragatos (os revolucionários) e os chimangos (os legalistas) o Caverá foi o santuário do caudilho maragato Honório Lemes, justamente apelidado "O Leão do Caverá".
Diz a lenda que a região, no passado, era território de uma tribo dos Minuanos, índios bravos dos campos, ao contrário dos Tapes e Guaranis gente mais do mato.
Entre esses Minuanos, destacava-se a figura de Camaco, guerreiro forte e altivo,que vivia uma paixão não correspondida por Ponaim, a princesa da tribo, que só amava a própria beleza.
Camaco vinha depositar aos pés de Ponaim, os melhores frutos de suas caçadas, os mais valiosos troféus de seus combates sem conseguir dela qualquer demonstração de amor.
Um dia, achando que lhe dava uma tarefa impossível, Ponaim disse que só se casaria com Camaco se ele trouxesse a pele do Cervo Berá para forrar o leito do casamento.
O Cervo Berá era um bicho encantado, com o pelo brilhante - daí surgiu seu nome. O mato era dele: Caa-Berá, Caaverá, Caverá, finalmente.
Então Camaco resolveu caçar o cervo encantado.
Ele foi montando o seu melhor cavalo, armado com vários pares de boleadeiras, saiu a rastrear, dizendo que só voltaria depois de caçar e courear o Cervo Berá.
Depois de muitas luas, num fim de tarde ele avistou a caça tão procurada na aba do cerro. O cervo estava parado, cabeça erguida, desafiador, brilhando contra a luz do sol no morro. Sem medo, Camaco taloneou o cavalo, desprendeu da cintura um par de boleadeiras e fez as pedras zunirem, arrodeando por cima da cabeça.
Então, no justo momento em que o Cervo Berá deu um salto para a frente quando o guerreiro atirou as Três Marias, houve um grande estouro no cerro e uma cerração muito forte tapou tudo.
Durante três dias e três noites os outros índios campearam a procura de Camaco e seu cavalo, mas só acharam uma grande caverna que tinha se rasgado na pedra dura do cerro e por onde, quem sabe, Camaco e seu cavalo tinham entrado a galope atrás do Cervo Berá para nunca mais voltar.
Fonte: Histórias do Pampa

domingo, 23 de abril de 2023

 A estância gaúcha foi criada em 1634, pelo padre jesuíta Cristóbal de Mendonza que trouxe da Argentina mil cabeças de gado bovino.

Este gado foi distribuído em "estâncias". Algumas ficavam distantes das Missões, como a de Santa Tecla, hoje no município de Bagé.
Por essa razão, os índios foram treinados para andar a cavalo, e passaram a ser chamados de "vaqueros".
Expulsos os jesuítas, muito gado ficou por aqui e o branco - espanhol ou português - foi se adonando de tudo, organizando as suas próprias estâncias.
E já registrando "marca" e "sinal", como persiste até hoje.
Essas primeiras estâncias tinham como limites rios, montes, matos.
Os jesuítas também mandavam os índios escavar extensos valos, para delimitar áreas de campo, como os que existem ainda hoje na estância Guabijutujá, em Tupanciretã.
Depois, com os escravos, vieram as cercas de pedra. já na metade do século XIX aparece a cerca de arame, fazendo a divisa de potreiros, invernadas e postos.
A estância gaúcha tradicional se compõe das Casas, onde mora o proprietário com sua família, a do capataz, e o galpão que é da peonada, onde havia trabalhadores especializados domadores, alambradores, tropeiros, peão caseiro, guasqueiro, entre outros.
No Galpão cada peão tem o seu catre, tarimba ou cama (hoje em dia, beliche) e aonde sempre arde um fogo-de-chão para a roda do mate ou algum churrasco.
As mangueiras, que podem ser de pedra, de arame, de tábua ou de varejão (troncos) incluem a mangueira grande, o curro, o tronco e os bretes, são os currais para encerrar o gado em determinados trabalhos.
E, quase sempre, o banheiro, que é grande para o gado (vacuns) e pequeno para o rebanho (ovinos), onde se banham os animais com remédios contra a sarna, o carrapato, etc...
Junto as Casas, o potreiro da frente e atrás do galpão, o piquete, onde se soltam os animais de trabalho e para consumo.
Depois, as invernadas, quase todas com nome: Invernada da Tapera, do Coqueiro, do Cerro, do Valo.
Nessas invernadas se cuida do gado e onde está o parador do rodeio, ponto de reunião da animais para trabalhos especiais, como aparte e coisas assim.
Longe das Casas, os postos, que só existem nas estâncias grandes, cuidados por um Posteiro, que mora num rancho com a família. Junto aos matos, ou rio, vive algum Agregado, gente amiga do proprietário que obteve licença para erguer um rancho nos campos deste e tem alguma vaca de leite, uma horta, galinhas, ovelhas para consumo e porcos.
A habitação desses agregados era um casebre de barro coberto de palha, despojado de todo conforto, possuíam um barril para a água, uma guampa para o leite e um espeto para assar a carne.
A mobília não ia além de umas três peças.
Havia momentos de entretenimento nos bolichos, pequenas casas de comércio de beira de estrada, e as festas religiosas na capela local congregavam toda a comunidade das estâncias.
Nesses encontros se formou o folclore do Rio Grande do Sul, nos relatos de causos em torno do fogo, nas carreiras de cavalos, na troca de experiências sobre a vida campeira, o empregado da estância foi, assim, um dos formadores da figura do gaúcho.
Fonte: Paulo Mena Pesquisador
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 A influência indígena na cultura gaúcha.

A cultura crioula do Uruguai foi uma das mais diretamente influenciadas pela cultura indígena, quanto às técnicas, aos costumes, às tradições, à medicina, às crenças e aos valores. Com eles, o povo campesino aprendeu os segredos do ecossistema e a relação de amor com a natureza. Índios e gaúchos andavam a cavalo com um sentimento comum aos povos originários dos campos.
Os primeiros habitantes da região onde hoje pertence ao Estado do Rio Grande do Sul eram caçadores e provavelmente teriam chegado por volta de 11 mil anos atrás. Sabe-se que eram nômades, em razão da constante busca de alimento, principalmente oriundos da caça, fazendo usos de toscos instrumentos feitos de pedra lascada.
É possível que não fossem numerosos, mas esses grupos tinham o domínio de todo o território, até que sobre eles se derramou um grande avalanche guarani (grupos originários do tronco Tupi) que desceram pelos grandes rios, desde a Amazônia alcançando o Rio Uruguai, há 2 mil anos atrás. Essa migração pode ter sido a fuga dos grandes períodos de seca ou a procura de uma terra sem males, um dos mitos da sua cultura.
Os guaranis eram muito agressivos e dominavam quase todo o território sul rio-grandense. Eles dominaram os Tapes no alto Taquari e Rio Pardo, deixando os campos rasos do sul e as regiões mais altas para os grupos Charruas e Minuanos. Os guaranis tinham preferência em ocupar os vales dos rios com florestas subtropicais e o litoral.
Quando os primeiros europeus aportaram nesta terra, havia entre 100 e 150 mil habitantes, quase todos guaranizados. Eles encontraram tribos remanescentes dos primeiros habitantes, como os charruas e os minuanos que ocupavam a pampa e as tribos jês, que habitavam a região do planalto. Assim, a ocupação do estado se deu primeiro pelos campos, depois se seguiu para as florestas e planalto e, por último, a região do litoral.
Quando os europeus pisaram no solo rio-grandense, já haviam habitantes por mais de 8 mil anos. Por serem nômades, as tribos aparecem com nomes diferentes em quase todas as regiões do Brasil, mesmo sendo do mesmo ramo. Havia três grupos indígenas principais no Rio Grande do Sul: os Guaranis, os jês e os Pampeanos (Charruas e Guaranis).
Foram os índios guaranis que introduziram a horticultura no Rio Grande do Sul. Os guaranis legaram o milho, os feijões, a mandioca, a abóbora, a pimenta, o algodão, a batata-doce, o amendoim, a moranga, o chimarrão e o fumo. Eles usavam arco e flechas, a lança, o tacape e machados de pedra polidos. Eles acreditavam que um banho frio pela manhã prolongava a vida. Praticavam a antropofagia com os inimigos e enterravam os seus mortos em igaçabas (potes de cerâmica). Acreditavam no curupira, no caipora e na Iara. A cultura gaúcha herdou dos guaranis a lenda do boitatá, o pala, a erva-mate e a cultura do fumo, que eles utilizavam em rituais religiosos.
Fonte: A Terra dos Quatro Ventos, livro de Juarez Nunes da Silva
Foto: Daniele Pires
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 O Índio Ibagé.

Diziam que no local onde hoje é o município de Bagé, viveu um índio minuano ou charrua chamado Ibajé. Esse índio estaria enterrado no Cerro da cidade e seu nome, teria originado o nome do município. Mas a existência desse índio nunca foi comprovada e alguns acreditam que seja uma lenda. Há um desencontro de informações entre os historiadores sobre a sua existência. algumas hipóteses, onde dizem que a origem do nome Bagé, não vem do Índio Ibajé e sim, da linguagem indígena, que está relacionada com a ideia de "cerros". Os índios chamavam os Cerros de "mbayê, e também existiam a denominação de Passo do Bayé, que com o passar do tempo a fala do povoado mudaria para Bagé. Outra história relata a existência do Índio Ibagé, quando em 1752 Espanha e Portugal resolveram demarcar suas divisas entre um e outro reino. As forças espanholas e portuguesas incumbidas dessa missão, ao atingirem a Fazenda de São Miguel, hoje município de Bagé, foram detidas pelo índio Sepé Tiaraju, em nome do lendário Império Guaranítico. Na defesa de São Miguel encontrava-se o índio Ibagé, cujo nome se transmitiu à região, originando-se Bagé. O Índio Ibagé é um personagem importante na constituição do município de Bagé, sendo fato ou lenda é um marco nas memórias do pampa e de sua população. Diones Franchi - Jornalista
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