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ALDO VARGAS

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sábado, 22 de abril de 2023

 -POVOS DOS PAMPAS.

ÍNDIOS MINUANO -
"Os Minuano chegaram a ser um grande povo de índios cavalheiros, tão respeitado e temido como os Charrua.
Em princípios do século XVIII, ocupavam grandes áreas do sul, desde a Província Uruguaia nos confins da lagoas Mangueira e Mirim, no extremo meridional do Rio Grande do Sul.
Esses famosos ginetes acabaram habitando as regiões compreendidas entre os atuais municípios de Uruguaiana, Quarai, Santana de Livramento, Alegrete, Rosário do Sul e São Gabriel.
Nesse último, eles tinham suas toldarias, junto ao cerro do Batovi e às margens do Rio Cacequi.
Sua influencia na formação do gaúcho é incontestável.
Deles, muitos hábitos e costumes são conservados na tradição campeira gaúcha.
Foram esses índios que mais se identificaram com os hespanicos/lusitanos desde os primeiros contatos.
Vítimas das pestes e das guerras de fronteira, ficaram reduzidos a toldarias encontradas na Serra do Caverá, nos campos do Jarau, em torno do Batovi e onde está hoje o distrito de Azevedo Sodré, município de São Gabriel.
Em 13 de março de 1787, uma terça-feira, o coronel José Saldanha encontrou-os nas cabeceiras do Cacequi.
Descreveu-os:
“No acampamento de 13 de março, fomos visitados pela primeira vez pelos índios minuanos.
Eles têm as ventas do nariz e as maças do rosto intumescidas, como os demais.
São corpulentos e bem feitos; as mulheres são quase todas de meia estatura; as demais feições são iguais às do americano.
Seus cabelos são longos e eriçados. Cobrem-se pelas costas até os calcanhares, com os caiapis (capa) feito de couro descarnado e sovado.
Usam-no com o carnal para fora, atados com um tento por cima do ombro, e rematado no pescoço.
Vestem-se com uma tanga ou chiripá de pano de algodão e não dispensavam as boleadeiras que traziam presas à cintura.
Alguns deles trazem os cabelos e a cabeça atados com um pequeno e sujo lenço (vincha)”.
As moradas dos índios eram chamadas de toldos e, quando em grupamento, de toldaria. A mulher era muito dedicada ao marido.
Ela juntava lenha, fazia fogo, preparava o mate e o churrasco e encilhava o cavalo, quando tinha arreios, geralmente só usados por caciques.
Félix de Azara, descrevendo esses índios, disse:
“A mulher minuana, como a charrua, cata piolhos e pulgas com afeição e gosto, prendendo-os na ponta da língua, para depois mastigá-los e comê-los com prazer”.
José Saldanha afirma que foram eles que inventaram as boleadeiras e o laço, “instrumentos comuns e necessários aos campeiros que estes campos vadeiam (...). Com esses, apanham no campo várias éguas, potros bravios e também cavalos mansos”.
O peão e o homem do campo dos nossos dias têm muito em comum com certos usos e costumes próprios dos Minuano, o que pode nos levar a crer que esse tipo de ginete é verdadeiramente o protótipo do gaúcho rio-grandense.
O uso da faca à cintura é bem característica dos Minuano:
“A faca flamenga – escreveu Saldanha – com bainha de couro cru, sempre trazem entalada entre a tarja de algodão e a cintura pela parte das costas”.
Cita também o poncho bichará, tecido de lã e listrado de várias cores.
Outros hábitos bem acentuados que eles descendem estão bem vivos nos nossos costumes: acocorar-se à beira de casa, chupar em tragos longos e espaçados o chimarão, guardar o toco do cigarro atrás da orelha, cuspir com o cigarro no canto da boca, assar carne no espeto de pau, conduzir as boleadeiras atadas na cintura, o laço nos tentos dos arreios, o pala bichará no pescoço, gritar batendo com a mão na boca, usar a vincha na cabeça e beber cachaça no bico da garrafa, que se fizeram tão costumeiros.
Os Minuano se assemelhavam muito aos Charrua em certos aspectos.
Azara, que viveu entre eles, diz:
“Se diferenciavam principalmente no idioma em todo diferente.
São mais baixos, mais descarnados, tristes e sombrios e menos espirituais”.
Os índios Minuan, vulgo Minuano, eram cavaleiros, sabiam amansar bem os cavalos e, na paz como na guerra, sabiam utilizar-se deles perfeitamente: era indiferente andarem, ora montados, ora deitados nos dorsos dos cavalos e muitas vezes passavam a ocultar-se debaixo do animal.
Facilmente surpreendiam o inimigo, que não os distinguia de simples manadas de animais cavalares pastando.
Os Minuano, sendo nômade, usavam casas ambulantes cuja coberta era de esteira de caraguatá ou de taboa e cada tribo ou toldo não passavam de 50 famílias, mais ou menos, juntando-se as tribos da mesma nação, em tempo de guerra, de modo a constituírem forças numerosas, que combatiam com flecha, lança, bolas e funda.
Segundo a tradição, até os anos de 1830 a 1835, ainda existiam algum desses grupos nômades de Minuanos, vagando pelas campinas sul-rio-grandenses alimentando-se de carne de gado vacum, de cavalo, de veado e de outras caças, e de avestruz, de que também comiam os ovos.
E nessas épocas, nas margens dos rios Cacequi e Ibicuí, viviam alguns toldos dos ditos índios Minuano.
Embora falassem língua diferente do guarani, nem por isso deixavam de sabê-lo, como os Tapes que, segundo a expressão do padre Teschauer, se “guaranizaram”.
Tinham eles necessidade de saber o guarani, para entenderem-se com os padres jesuítas das Missões e com os guaranis destas, pois negociavam com eles penas de avestruz, peles e todos os produtos indígenas estimados na Europa, os quais eram exportados pelos ditos padres.
Como o tupi no norte, o guarani no sul era a língua geral.
Os Minuano preferiam andar pelas campinas, a viver nos matos.
Faziam as suas correrias na guerra e na caça, nos lugares mais descampados, e gostavam de parar nas alturas, nos cumes dos serros e das coxilhas, para dominarem esse mimoso tapete verde que forma os campos sul-rio-grandenses e os platinos, que são a continuação dos primeiros.
No cimo das coxilhas e dos serros, os Minuano, montando nos seus cabayús, habilmente amansados, sentiam-se alegres, afrontando intempéries e parecendo desafiarem as iras do vento pampeiro e o rigor do frio causado pelo do nome dos últimos , isto é – o minuano.
Observando as pessoas presentes àquele fato, digno de admiração do quanto é capaz o exercício que leva os selvagens no arremesso da dita arma, o general que lhe dirigirá a palavra, desde o princípio da cena, entusiasmou-se muitíssimo por esse fato e libertando-o, faz-lhe presentes de fumo e aguardente, gêneros estes pelos Charruas muito estimados.
Os Minuano, e em quase todas as nações indígenas, os homens não cortavam os cabelos, conservavam-nos compridos como os das mulheres e trançados.
Usavam na cabeça um grande ñhanduá paraguá ou cocar de plumas de ñnandú (avestruz) e na cintura uma espécie de cinta das ditas plumas habilmente tramada na parte superior, caindo para a parte de baixo, até os joelhos.
Com plumas menores, faziam umas espécies de perneiras, nas quais ficavam para a parte de cima as extremidades das mesmas plumas.
Esse trajes eram, nas festas, ornados com penas de diversas cores.
E além deles usavam também os caipis de couro de quadrúpedes bem sovados, ou amaciados e habilmente pintados, com que cobriam a parte superior do corpo."
. Pampa sem Fronteira
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 GRANDES GAITEIROS

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Com base em sites, e em destaque o blog do amigo Léo Ribeiro, tentamos aqui nomear alguns dos grandes gaiteiros.
NENECA GOMES, Mato Grande, Quinto Distrito de São Francisco de Assis/RS
Segundo pesquisadores é dada a ele a autoria do ritmo BUGIO, onde atualmente acontece o Festival Querência do Bugio.
Outra pesquisa de Adelar Bertussi (Os Irmãos Bertussi), a criação do ritmo também é atribuida a outro gaiteiro VIRGILIO LEITÃO, natural distrito de Juá, São Francisco de Paula, onde acontece o tradicional festival RONCO DO BUGIO.
Pesquisa de Bertussi GUGIO DA MULADA
Aponta a origem da dança nas tribos Kaigangs e tropeiros birivas.
O Ritmo BUGIO, autêntico ritmo gaúcho, através do qual "os Bertussi" compuseram a música O CASAMENTO DA DORALICE.
Foi a primeira composição que surgiu no ritmo de BUGIO.
O BUGIO É O ÚNICO RITMO AUTÊNTICO GAÚCHO.
A execução se dá basicamente com os contrabaixos da gaita, que imita o “ronco” do animal.
Por isso a IDENTIDADE GAÚCHA está ligada diretamente à GAITA e ao BUGIO.
Bugio é um estilo musical gaúcho, de
compasso binário.
O nome do ritmo e os movimentos
executados na dança são inspirados no
bugio (Alouatta guariba clamitans),
primata anteriormente comum no
interior gaúcho e hoje ameaçado de
extinção.
As origens da criação do ritmo são controversas, sendo que algumas pessoas acreditam que tenha surgido
na tentativa de imitar o ronco do bugio
usando o jogo de fole da gaita.
O bugio era um estilo musical restrito às classes menos desenvolvidas da
sociedade gaúcha, sendo aceita aos
poucos pela alta sociedade.
A dança lembra os movimentos do bugio, com dois passos para cada lado e um pequeno pulo lateral na passagem do segundo para o terceiro movimento.
A autoria da criação é dada à Neneca Gomes, morador da localidade Mato
Grande, Quinto Distrito de São Francisco
de Assis, porém outros discordam desta
ideia, dando o título de criador do
ritmo à um outro gaiteiro, morador do Segundo Distrito desta mesma cidade. Atualmente, existem festivais
dedicados ao bugio, como o "Ronco do
Bugio" em São Francisco de Paula e o
"Querência do Bugio" em São Francisco
de Assis.
Adelar Bertussi, mais recentemente,
apresentou uma pesquisa intitulada “O
Bugio na Mulada”, onde retrata o
aparecimento do ritmo em sua terra
natal, no interior de São Francisco de
Paula. Segundo suas observações, fruto de diversas entrevistas, o gênero já era dançado na região serrana, antes de
1918, pelos bugres descendentes dos
índios caingangues que habitavam as
encostas do Rio das Antas e os tropeiros birivas açorianos. Uma coisa é certa: foram eles, Os Irmãos Bertussi, os
primeiros a gravar um bugio, intitulado
Casamento da Doralice, no LP Coração
Gaúcho.
Os Serranos é um tradicional conjunto
musical gauchesco, criado em 1968 em
Bom Jesus, uma cidade localizada na
serra do Rio Grande do Sul.
Os Serranos
é um dos poucos conjuntos de música
gaúcha que ainda preserva o ritmo bugio em seu repertório.
Seu principal compositor, Edson Dutra, um grande
"tocador de bugios", é um exímio instrumentista, com forte influência dos Irmãos Bertussi.
Fonte: Blog Bem Guapo


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