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A BANDEIRA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, TE AMO MEU RIO GRANDE

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sábado, 10 de setembro de 2011

SUPOSTO PLANO DE REAJUSTE Á PM BM DESAGRADA POLICIA CIVIL, JÁ ERA DE ESPERAR ESSA REAÇÃO DA NOSSA COO IRMÁ.

Suposto plano de reajuste à BM desagrada Polícia Civil
Postado por abamfbm on setembro 9, 2011 in Geral, Todas notícias | 33 Comentarios
Possibilidade de equiparação do salário de soldado com o de inspetor descontentou sindicato da categoria

O protelamento da audiência com a Brigada Militar, remarcada para a próxima semana, abriu caminho para especulações com relação à oferta a ser apresentada pelo governo gaúcho na retomada das negociações. A informação de que deve ser proposta a equiparação do salário de soldado com o de inspetor de primeira classe desagradou o sindicato da categoria.

Segundo o vice-presidente da Ugeirm, Fábio Castro, há uma exigência de nível superior na Polícia Civil, o que não ocorre na Brigada Militar. Castro explicou que o temor é em relação a uma estagnação dos salários, sem valorizar a qualificação. A expectativa com a confirmação da tendência é de um ganho médio de R$ 700 no salário do policial militar, sem formação superior, já que a base inicial paga a um inspetor é de R$ 2 mil. Diante da possibilidade, Castro adiantou que já ocorre o início de um rompimento do entendimento que vinha sendo construído com o governo, a partir da oferta de 10% de aumento salarial.

O presidente da Associação de Cabos e Soldados, Leonel Lucas, não vê conflito e nem justificativa para impasse, já que a solução para o problema, segundo ele, é simples. Lucas adiantou que o governo pode garantir a equiparação anexando ao projeto de aumento encaminhado à Assembleia a obrigação de terceiro grau para o ingresso de soldados na Brigada Militar, qualificando ainda mais a corporação.

Ouça o áudio: Presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar, Leonel Lucas
Ouça o áudio: Vice-presidente do Ugeirm-Sindicato, Fábio Castro

Fonte: Voltaire Porto/Rádio Guaíba

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

POLICIAIS E BOMBEIRO SE UNEM PARA PRESSIONAR VOTAÇÃO DA PEC 300

Policiais e bombeiros se unem para pressionar votação da PEC 300
Postado por abamfbm on setembro 8, 2011 in Geral, Todas notícias | 1 Comentario
No momento em que o governo federal se empenha para evitar o aumento de gastos públicos, policiais militares e bombeiros articulam um movimento em todo o País para pressionar o Congresso a votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300, que cria um piso salarial nacional para as categorias. Parado na Câmara desde julho de 2010, o projeto teria um impacto de até R$ 50 bilhões por ano no Orçamento da União.

O projeto está fora da pauta, mas parentes dos servidores prometem intensificar as manifestações pela aprovação da proposta a partir da semana que vem. Nesta quarta-feira, 7, em São Paulo, um grupo aproveitou o Desfile da Independência para mobilizar os policiais e realizar um protesto. Eles ergueram uma faixa na arquibancada do sambódromo do Anhembi, diante do palanque onde se concentravam autoridades do governo estadual e comandantes das forças de segurança.

Após acompanhar o desfile militar, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, se mostrou simpático às reivindicações. “Acho que os policiais devem ganhar melhor. Eles são mal remunerados, expõem a vida constantemente ao perigo e devem ter uma remuneração adequada”, avaliou. O secretário, no entanto, evitou se manifestar sobre a decisão que está nas mãos da Câmara. “Essa discussão acontece no âmbito federal, então vamos aguardar a decisão dos parlamentares.”

Os manifestantes entregaram panfletos aos policiais que participaram do desfile para convocá-los para um ato na Assembleia Legislativa de São Paulo na próxima segunda-feira, às 14h. Segundo o grupo, será o início de uma série nacional de protestos, com o objetivo de pressionar autoridades locais e mobilizar as bancadas dos Estados no Congresso para aprovar a PEC 300.

O projeto cria um piso nacional unificado para policiais e bombeiros de todos os Estados, que passariam a receber salários equivalentes aos vencimentos em vigor no Distrito Federal – os mais altos do País. Segundo associações de classe, um policial militar de São Paulo tem piso de R$ 2.170. No DF, a remuneração inicial chega perto dos R$ 4 mil.

O texto foi aprovado em primeiro turno na Câmara em julho do ano passado, mas ficou parado desde então. Segundo o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), não há previsão de acordo para que o projeto volte à pauta. “Não houve nenhuma discussão sobre o assunto este ano. Os partidos sequer colocaram isso como uma de suas prioridades”, afirmou o deputado.

Dados sobre a tramitação da PEC mostram, no entanto, que sete parlamentares apresentaram requerimentos para que o texto fosse incluído na ordem do dia durante o mês de agosto. Uma comissão especial foi criada no fim de junho para buscar um acordo para a votação do projeto, mas não obteve sucesso.

Bruno Boghossian, de O Estado de S.Paulo

PM REFORMULAM ENTIDADE PARA MOBILIZAÇÃO NACIONAL PELA PEC 300

PMs reformulam entidade para mobilização nacional pela PEC 300
Postado por abamfbm on setembro 8, 2011 in Notícias ABAMF, Todas notícias | 0 Comentario
Entidades de 15 estados participaram na última semana, em Salvador (BA), da escolha da nova diretoria e reformulação do estatuto da Anermb (Associação Nacional das Entidades Representativas dos Militares Estaduais do Brasil), que substituirá a Anercs (Associação Nacional das Entidades Representativas de Cabos e Soldados Policiais e Bombeiros Militares do Brasil).
“Queremos congregar todos os militares, e não apenas praças do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, para que o movimento em prol da PEC 300 se fortaleça”, afirma Edmar Soares, presidente da ACS (Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), que foi eleito diretor jurídico da Anermb.
A nova entidade será presidida pelo soldado Leonel Lucas, do Rio Grande do Sul. O sargento Gilberto Cândido de Lima, de Goiás, será o vice e a cabo Eliane Santos de Souza será a secretária-geral. Os demais cargos da diretoria serão ocupados por militares da Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Sergipe e Mato Grosso.
Conforme o novo estatuto, o objetivo da Anermb é “defender os interesses e direitos das entidades filiadas e respectivamente seus associados, através de ações na esfera político-administrativa ou judicial em âmbito Federal nos termos do inciso XXI do Art.5º da CF, na defesa dos interesses coletivos de seus associados”, e “interceder, quando solicitada pela entidade filiada, para negociar assuntos de interesse das classes junto ao Governo do Estado”.
Além disso, a entidade deverá criar veículos de divulgação própria, como jornais, revistas, sites e outros meios.
A retomada das articulações pela PEC 300 será nos próximos meses, quando a nova entidade realizará uma reunião em Goiás, ainda sem data definida. O encontro deverá servir para tirar um indicativo de mobilização nacional pela PEC.
ACM Neto pode vir a Mato Grosso do Sul para discutir proposta
O deputado federal e líder do DEM na Câmara, Antônio Carlos Magalhães Neto, disse que poderá vir a Mato Grosso do Sul para discutir a PEC 300 com lideranças sindicais do Estado. O democrata esteve em MS no mês de janeiro com a cúpula do partido já de olho na disputa de prefeituras no ano que vem.
Durante reunião na última sexta-feira, ele garantiu que partido não votará nenhum projeto de lei antes da PEC 300.
“É necessário separar o joio do trigo”, alertou o democrata. Segundo ele, os militares devem pressionar os deputados federais de seus estados, pois alguns apoiam a proposta “apenas da boca pra fora”.
Além de se colocar à disposição dos servidores da segurança pública, ACM criticou a postura do deputado Paulo Teixeira (PT). O petista foi o único líder de partido na Câmara que se recusou a assinar o requerimento que colocaria a PEC, já aprovada em primeiro turno, novamente em pauta.
PEC 300
A tramitação da PEC 300, que estabelece um piso salarial unificado para os servidores da segurança pública de todo o País, está parada desde março do ano passado, quando a proposta foi aprovada em primeiro turno na Câmara. Desde então, o governo conseguiu adiar a votação do segundo turno.
A atuação do Palácio do Planalto ocorreu por dois motivos. O primeiro é por conta da criação de um fundo, abastecido com dinheiro da União, para bancar o aumento salarial dos policiais e bombeiros. O segundo é a pressão feita pelos governadores.
A proposta tramita em conjunto com a PEC 446, cujo texto principal estabelece que o piso nacional será definido em lei federal posterior. Além disso, prevê um piso provisório (entre R$ 3,5 mil e R$ 7 mil) até que a lei entre em vigor.
Fonte: MidiaMax
Site Capitão Assumção

CASA CIVIL AGENDA REUNIÃO COM A PM A PROXIMA SEMANA.

Casa Civil agenda reunião com a BM para a próxima semana
Postado por abamfbm on setembro 9, 2011 in Seg. Pública, Todas notícias | 24 Comentarios
Objetivo é retomar negociação salarial com os policiais militares

A Casa Civil está agendando para segunda ou terça-feira audiência com representantes da Brigada Militar para retomar a negociação salarial. O presidente da Associação de Cabos e Soldados, Leonel Lucas, alega que o adiamento do encontro marcado para hoje não se deve a desculpas ou ainda a retaliações a protestos como a queima de pneus, que voltou a ocorrer nessa madrugada em rodovias do Estado.

Segundo Lucas, a assembleia da categoria é que vai deliberar sobre a aceitação da proposta, mesmo que seja o mesmo índice que teria deixado satisfeitos os policiais civis, conforme adiantou o secretário da Casa Civil, Carlos Pestana. Ontem, o governo ofereceu 10% em duas parcelas, sendo uma para abril do ano que vem, e os servidores da PC e da Susepe também avaliarão a proposta em assembleia, prevista para a próxima quinta-feira.

Polícia Civil afirma que entendimento com o Estado está ameaçado

Possibilidade de equiparação do salário de soldado com o de inspetor teria causado insatisfação

O protelamento da audiência com a Brigada Militar, remarcada para a próxima semana, abriu caminho para especulações com relação à oferta que será apresentada pelo governo do Estado na retomada das negociações. A informação de que será proposta a equiparação do salário de soldado com o de inspetor de polícia de primeira classe gerou descontentamento.

Segundo o vice-presidente da Ugeirm-Sindicato, Fábio Castro, há uma exigência de nível superior na Polícia Civil, o que não ocorre na Brigada Militar. Castro explicou que o temor é em relação a uma estagnação dos salários, sem valorizar a qualificação, ao invés de ter como patamar os melhores vencimentos. A expectativa com a confirmação da tendência é de um ganho médio de R$700 no salário do policial militar, sem formação superior, já que um inspetor tem como base inicial R$2 mil. Diante dessa possibilidade, Castro adiantou que já ocorre o início de um rompimento do entendimento que estava sendo construído com o governo, a partir da oferta de 10% de aumento salarial.

O presidente da Associação de Cabos e Soldados, Leonel Lucas, não vê conflito e nem justificativa para impasse, já que a solução para o problema seria simples. Lucas adiantou que o governo pode garantir a equiparação anexando ao projeto de aumento encaminhado à Assembleia a obrigação de terceiro grau para o ingresso de soldados na Brigada Militar, o que qualificaria ainda mais a Corporação.



Fonte: Voltaire Porto/Rádio Guaíba

AO ADIAR PROPOSTA, GOVERNO ESTUDA EQUIPARAR VENCIMENTO DE SOLDADO AO DE INSPETOR DA POLICIA CIVIL.

Ao adiar proposta, governo estuda equiparar vencimento de soldado ao de inspetor da Polícia Civil
Postado por abamfbm on setembro 9, 2011 in Seg. Pública, Todas notícias | 69 Comentarios
Piratini tenta aproximar salários da Segurança

Ao adiar proposta, governo estuda equiparar vencimento de soldado ao de inspetor da Polícia Civil

Em meio a novos protestos com queima de pneus, o governo adiou a apresentação de uma proposta de reajuste salarial à Brigada Militar. A reunião com os servidores de nível médio da BM, prevista inicialmente para hoje, foi remarcada para segunda-feira, às 17h15min.

Ocomando da BM e os secretários da Casa Civil, da Segurança, da Fazenda e da Administração deverão ter sucessivos encontros hoje para melhorar a proposta. O objetivo do governo, segundo a Casa Civil, é reforçar o salário dos soldados para aproximar os vencimentos da menor patente da BM ao de inspetores e escrivães de 1ª classe da Polícia Civil. A diferença é de cerca de R$ 1 mil.

Uma das possibilidades seria garantir que, até 2014, o salário dos soldados saltasse dos R$ 1.170 atuais para aproximadamente R$ 2 mil. O chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, ressalta, no entanto, a dificuldade de fixar valores até 2014 devido a incertezas com o comportamento da economia diante da crise mundial.

Os praças da BM reivindicam 25% de reajuste linear e a injeção de R$ 400 milhões anuais até 2014 na matriz salarial – lei que escalona reajustes na Segurança Pública. Se o governo atendesse à reivindicação completa, o salário de um soldado em 2014 chegaria a R$ 3,2 mil.

O governo afirma que ainda não encontrou a melhor oferta aos PMs e por isso adiou a reunião. Fontes do Executivo observam que o Palácio Piratini quer ter o cuidado de partir de uma proposta que não incite a revolta dos praças, injetando ânimo nas manifestações das últimas semanas. Apesar dos novos protestos, a avaliação do governo é de que o movimento perdeu força com a identificação dos responsáveis.

Integrantes da BM reconhecem que o pleito de R$ 3,2 mil é inviável e acreditam que seria possível negociar até o limite de R$ 2,5 mil a R$ 2,6 mil no salário do soldado em 2014.

Oficiais da BM também pressionam por aumento

O clima de insatisfação na BM também abrange as mais altas patentes. Ontem, o governador Tarso Genro recebeu integrantes da Associação dos Oficiais da BM, que também aguardam a apresentação na semana que vem de uma proposta que recomponha o salário de todos os níveis na BM.

– Esperamos que seja uma proposta decorosa – declarou o presidente da associação, tenente-coronel da reserva José Riccardi Guimarães, presidente da Associação.

Guimarães chama de “decorosa” um aumento que, pelo menos, iguale os vencimentos de um capitão da BM a um delegado de polícia de 1ª classe, cuja diferença chega a R$ 2 mil, calcula o oficial.

vivian.eichler@zerohora.com.br

sábado, 3 de setembro de 2011

PMS REÚNEM-SE EM SALVADOR PARA DISCUTIR A PEC 300

PMs reúnem-se em Salvador para discutir PEC 300
Postado por abamfbm on setembro 2, 2011 in Geral | 0 Comentario
Policiais e bombeiros discutirão estratégias para retomar a pressão sobre a Câmara para que retome a votação da proposta que estabelece um piso nacional para as categorias
Foi no início do ano passado que a Câmara dos Deputados aprovou a PEC 300 em primeiro turno. De lá para cá, no entanto, mais nenhuma outra medida foi tomada pelos deputados, nem contra nem a favor da proposta de emenda constitucional que estabelece um piso nacional para os policiais militares e bombeiros, no nível do que eles recebem no Distrito Federal.
Para discutir uma forma de pressionar o Congresso a dar uma resposta sobre a PEC, a Associação de Praças da Polícia Militar da Bahia faz hoje (2) e amanhã (3) um encontro nacional em Salvador. Como tem forte impacto orçamentário tanto para o governo federal quanto para os governos estaduais, há uma forte pressão para evitar a aprovaão da PEC, por isso a orientação tem sido evitar a continuação da sua tramitação.
A votação em primeiro turno foi, em grande parte, resultado da pressão que os policiais e bombeiros fizeram na época, ocupando grandes espaços nos corredores e nas galerias da Câmara. O que os PMs pretendem discutir agora em Salvador são novas estratégias para retomar essa pressão. “Será mais um evento para cobrar e defender essa bandeira, fundamental para a segurança pública na Bahia e no país”, afirmou o presidente da associação, Aguinaldo Pinto de Souza. Também está presente o presidente nacional dos Cabos e Soldados, Soldado Leonel Lucas.
Mais de 50 entidades ligadas aos policiais e bombeiros confirmaram presença no evento, que contará nesta sexta-feira com uma palestra do líder do Democratas na Câmara, deputado ACM Neto (DEM), que tem cobrado da base governista a aprovação da PEC.
Por Rudolfo Lago do Congresso em Foco
Site Capitão Assumção

BONECO PM É COLOCADO DE JOELHOS EM FRENTE Á IMAGEM DE CARVAGGIO

Boneco PM é colocado de joelhos em frente à imagem de Caravaggio
Postado por abamfbm on setembro 3, 2011 in Geral, Todas notícias | 0 Comentario
Protesto pacífico, na RSC-453, em Farroupilha pede reajuste salarial para policiais militares gaúchos
Na manhã deste sábado, um boneco vestido com farda oficial da Brigada Militar chamou a atenção de quem passava pelo monumento a Nossa Senhora de Caravaggio, na RSC-453, em Farroupilha. De joelhos, em frente à imagem da santa padroeira, o boneco parecia estar a espera de um milagre, no caso, uma negociação favorável aos policiais militares com o governo do Estado em busca de melhor remuneração.

A categoria quer um calendário de reajustes para 2011, 2012, 2013 e 2014. O oferecido pelo governo foi de 11,5%, sendo que mais da metade do percentual (6,32%) foi concedida em março. O governo promete mais 4,65% em outubro e aplicar o mesmo índice, outra vez, em março de 2012. Os policiais querem um calendário de reajustes até 2014.

Entre o boneco e a imagem da santa uma faixa foi estendida com os dizeres: Bem-vindo a Farroupilha, terra do Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio. Sua segurança está garantida por policiais militares que ganham o pior salário do Brasil

Até o início da manhã, ninguém havia assumido a autoria do criativo protesto.



Fonte: Leouve.com

ONDA DE PROTESTO DE PMS CONTA COM ALIADOS NO PT E POLICIAIS QUE SERVIRAM NA CASA MILITAR.

Onda de protestos de PMs conta com aliados no PT e policiais que serviram na Casa Militar e Piratini
Postado por abamfbm on setembro 3, 2011 in Seg. Pública, Todas notícias | 0 Comentario
Fogo amigo contra o governo

Pelo menos duas correntes ideológicas antagônicas estão por trás da maior onda de protestos já promovida por policiais militares no Estado. ZH apurou que simpatizantes e adversários do atual governo comungam práticas incendiárias que fragilizam a hierarquia militar e desafiam as autoridades.

Novo Hamburgo, 5h10min de sexta-feira. Antes do amanhecer, bombeiros tentam apagar mais uma das fogueiras de pneus acesa por policiais militares em protesto por melhores salários. Mas este incêndio tem um tom diferente. Acima do fogo, pendurada entre dois postes, está a faixa “CUT e MST apoiam movimento dos PMs”. Era tudo o que o governo Tarso Genro temia: fogo amigo na trincheira.

Além de ser alimentada por adversários de sempre, a onda de contestações, a maior já vivenciada em mais de 170 anos de Brigada Militar, conta com apoio de tradicionais aliados do PT, alguns dos quais sindicalistas e integrantes de movimentos sociais. A novidade é que estariam agora protestando contra um governo a que deram suporte para se eleger.

A informação foi confirmada a Zero Hora por dois oficiais ligados ao comando da BM, que admitiram também outras novidades relacionadas ao fogo amigo. O serviço reservado, a PM2, identificou dois PMs que teriam ajudado a atear fogo em pneus na sexta-feira, um em Porto Alegre e outro em Alvorada. O que atuou na Capital foi ligado à Casa Militar, ainda durante o governo Tarso Genro. O outro serviu no Palácio Piratini no governo Olívio Dutra. Trata-se do segundo-sargento da reserva da BM João Carlos dos Santos, o Lilica, filiado ao PT e ex-candidato a vereador em Alvorada. Santos revelou a ZH que protestou em Alvorada, Viamão e Gravataí.

– A Abamf (associação que representa policiais) começou os protestos, mas perdeu o controle – disse Santos, em entrevista (ver na página ao lado).

Os agentes do serviço secreto da BM não sabem se Santos e o outro militar, simpatizantes de partidos de esquerda, agiram por conta própria ou se é uma ação coordenada de setores políticos que eram aliados e hoje estão descontentes com a posição do governador na questão salarial.

– É uma reivindicação por melhores salários – afirma Santos.

ZH ouviu uma dezena de PMs e integrantes da cúpula da Segurança Pública. Além de militares de esquerda, como o próprio Santos, aliados de movimentos como MST e CUT, alguns descontentes com a perda de funções gratificadas no atual governo, e de sindicalistas ligados à Abamf, haveria um terceiro grupo. Seriam policiais politicamente conservadores, coordenados por um oficial ligado ao PMDB (partido de oposição ao governo Tarso), e teriam se organizado, pela primeira vez, em núcleos espalhados pelo território gaúcho. É o caso das regiões das Missões, Metropolitana, Litoral Norte e Santa Maria.

Em uma cidade do Interior, os insurgentes estariam recebendo ordem de um antigo oficial que pretenderia usar as estradas em chamas como passarela para a carreira política. E mais: com conhecimento dentro da tropa, ele não teria dificuldades em se manter imune a punições. Afinal, está “lutando” para que o governo abra mão e aumente o salário dos PMs.

Dentro do governo, há um consenso, como revela um quadro político lotado na Secretaria de Segurança Pública:

– Ao convocar PMs para bloquear estradas, associações de classe uniram a extrema esquerda, o lumpesinato sindical e a direita contra o governo.

> Em mapa, veja os locais do Rio Grande do Sul onde já houve protestos

humberto.trezzi@zerohora.com.br
joseluis.costa@zerohora.com.br

HUMBERTO TREZZI E JOSÉ LUÍS COSTA

As raízes dos protestos
POR QUE PMS QUEIMAM PNEUS EM RODOVIAS
Os atos de vandalismo, em parte, são reflexos de um antigo sentimento de abandono, de soldado a coronel, que aflorou agora, insuflado pelo jogo político:
- A Brigada Militar é considerada uma das melhores polícias do Brasil, mas seus soldados têm o menor salário do país, com básico de R$ 1.246,91
- Oficiais pleiteiam há décadas o reconhecimento como integrantes do quadro das carreiras jurídicas do Estado. O salário básico de um capitão da BM, com formação em Direito, é de R$ 4.780,83, enquanto o ganho inicial de um procurador do Estado, por exemplo, é de R$ 16.119,10
- Além do vencimento equivaler a 30% do de um procurador, o capitão também ganha menos que um delegado de primeira classe da Polícia Civil, cujo salário é de R$ 7.094,98
- A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 300, que estabelece um piso nacional para PMs, está engavetada em Brasília, enquanto iniciativa semelhante para professores já foi aprovada
- Como forma de protesto por melhores salários, pessoas ligadas à Associação Beneficente Antonio Mendes Filho (Abamf) começaram a queimar pneus em rodovias
- No dia 26, após encontro com representantes do governo, o presidente da Abamf, Leonel Lucas, anuncia uma trégua. Mesmo assim, os protestos continuam
POR QUE RODOVIAS SEGUEM EM CHAMAS
Há pelo menos duas hipóteses:

FOGO AMIGO
- Insatisfeitos com a perda de espaço junto ao governo do Estado, um grupo de PMs ligado ao PT e a movimentos sociais como MST estariam dando continuidade aos protestos. O serviço reservado da BM identificou dois soldados que teriam ajudado a atear fogo em pneus na sexta-feira, um em Porto Alegre e outro em Alvorada. O que atuou na Capital foi ligado à Casa Militar, ainda durante o governo Tarso Genro. O outro serviu no Palácio Piratini durante o governo Olívio Dutra e foi canditado a vereador pelo PT
OPOSITORES POLÍTICOS
- Politicamente conservador, seria coordenado por um oficial ligado a partido de oposição ao governo Tarso Genro, o PMDB – e teria se organizado, pela primeira vez na história, em núcleos espalhados por todo o território gaúcho
- É o caso das regiões das Missões, Metropolitana, Litoral Norte e Santa Maria. Além da motivação política, eles questionam, por exemplo, o fato de um coronel com 30 anos de serviço, caso siga trabalhando, continuar com o mesmo salário. O delegado da Polícia Civil, se permanecer na ativa, tem adicional de 35% no contracheque
O QUE ALIMENTA OS PROTESTOS
Independentemente de quem esteja por trás das manifestações, os protestos contam com apoio velado de praças e oficiais:
- Desgaste no entrosamento e na afinidade entre PMs e superiores nos quartéis, porque oficiais não podem sugerir aumentos salariais e não decidem promoções de posto
- Em solidariedade aos praças por causa dos baixos salários, alguns oficiais estariam fazendo vistas grossas aos protestos, o que dificultaria a identificação dos autores
- Procedimentos mais burocráticos para punir praças por conta de flexibilizações no regulamento disciplinar mais flexível
- Maior dificuldade para punir PMs na reserva
- Interesses em cargo público e eleitoral de PMs que se afastam da BM, mas seguem com influência sobre a tropa

ENTREVISTA

“Tem tenente e capitão queimando pneus”

João Carlos dos Santos, segundo-sargento da reserva da BM
Segundo-sargento da reserva, João Carlos dos Santos, 47 anos, morador de Alvorada, é o primeiro brigadiano a admitir participação na queima de pneus. Na noite de sexta-feira, Santos – filiado ao PT e conhecido por Lilica – revelou que os protestos contam com a participação de integrantes de partidos simpáticos ao governo como PT, PC do B e PSB e gozam de apoio de parte do oficialato:

Zero Hora – A Brigada Militar identificou o senhor como um dos participantes da queima de pneus em Alvorada. Por que o senhor participa dos protestos?

João Carlos dos Santos – É uma reivindicação justa dos policiais que estão na ativa. Por que não posso participar se sou um policial militar?

ZH – O senhor está participando com a Abamf?

Santos – Não. Eu participei com os policiais militares, e vou continuar.

ZH – Além do senhor, que é do PT, tem alguém ligado ao partido?

Santos – Eu não fiz essa manifestação enquanto partido político. Estou fazendo enquanto servidor público da segurança.

ZH – A única informação oficial que se tinha eram os protestos organizados pela Abamf. Se não é a Abamf, quem está organizando essas queimas de pneus?

Santos – A Abamf perdeu o controle do movimento. Os policiais perceberam que essa é a única forma de protestar. Os policiais estão tão revoltados que têm muitos oficiais de comando apoiando. Não tem nada a ver com a Abamf. São os próprios policiais militares, descontentes, que estão fazendo isso.

ZH – O grupo que queimou pneus em Alvorada realizou protestos em outros municípios?

Santos – Sim, a gente protestou em outras cidades como Viamão, Gravataí e Cachoeirinha.

ZH – A gente quem?

Santos – Policiais militares.

ZH – Mas policiais militares organizados por quem?

Santos – A gente entra em contato com o pessoal de Viamão, de Canoas, de Cachoeirinha. Fizemos uma rede à espera de uma solução do governo.

ZH – Solução para o quê se vocês não estão negociando?

Santos – Quem está negociando é a Abamf.

ZH – Não é estranho a Abamf anunciar que parou com os protestos e vocês continuarem?

Santos – A Abamf diz que parou, mas cadê a solução? O governo do Estado quer negociar, mas negociar o quê?

ZH – Além do senhor, que é ligado ao PT, há outros integrantes de partidos políticos?

Santos – Tem pessoal do PMDB, em Alvorada, do PSDB, do PCdoB, do PSB, PDT.

ZH – Este grupo tem um nome?

Santos – Não. É um grupo que quer melhoria salarial.

ZH – Tem PM da ativa nos protestos?

Santos – A maioria, 95%, é da ativa. O pessoal percebeu que a única forma de fazer alguma coisa é protestar. A Abamf começou, mas perdeu o controle.

ZH – E oficiais da ativa?

Santos – Tem sim. A maioria dos oficiais das unidades é favorável. Para tu teres ideia: com toda esta correria em Alvorada (com queima de pneus), o pessoal ligou para o 190 da BM. Por que a viatura demorou a chegar se tem oficial de serviço?

ZH – Mas têm oficiais queimando pneus?

Santos – Tem tenente e capitão.

ZH – O senhor participou de quantos protestos?

Santos – De três: em Alvorada, Viamão e Gravataí.

ZH – Onde o pessoal consegue pneus para queimar?

Santos – Nas borracharias. Se tu fores no Jardim Algarve hoje (sexta-feira), por exemplo, vais encontrar uma pilha de pneus.

ZH – A BM já procurou o senhor?

Santos – Ainda não. Eu não sou o mentor dos protestos.

ZH – O senhor continua filiado ao PT? Qual o grupo político do senhor dentro do PT?

Santos – Sim. Sou olivista. Sou um gay assumido, casado com uma lésbica, e o ex-governador Olívio Dutra foi meu padrinho de casamento. Como o pessoal do PDT, que é brizolista, eu sou olivista.

ZH – O senhor falou com o ex-governador Olívio Dutra sobre os protestos?

Santos – Não. Faz tempo que não converso com o ex-governador.

carlos.etchichury@zerohora.com.br

CARLOS ETCHICHURY
ENTREVISTA

“A impunidade favorece a indisciplina”

José Vicente da Silva Filho, consultor de segurança e coronel da reserva da PM de São Paulo
José Vicente da Silva Filho foi policial militar em São Paulo durante 30 anos, respondeu pelo planejamento da Secretaria de Segurança paulista de 1995 a 1997, ocupou o cargo de secretário Nacional de Segurança Pública em 2002 e é hoje um dos mais conceituados pesquisadores da área. Com a experiência acumulada ao longo de quase 50 anos, ele fala a ZH sobre os protestos:

Zero Hora – Os protestos que têm ocorrido no Estado, com interrupção de rodovias e queima de pneus, geram algum risco institucional para a Brigada Militar?

José Vicente da Silva – Certamente geram risco. A nossa experiência mostra que as cicatrizes de um evento desse tipo, se ele for mal cuidado, podem perdurar por 10 anos. Por isso, é preciso agir simultaneamente em duas frentes. Primeiro, a indisciplina não pode ser tolerada. Manifestação de policial militar não pode desandar para indisciplina, porque desmoraliza aquilo que rege a estrutura militar. A intolerância em relação a essas manifestações precisa ser externada com clareza. É necessário tomar medidas radicais, de demissão. A outra coisa a fazer é negociar apenas com entidades formais, nunca com lideranças espúrias.

ZH – Por que a indisciplina representada por esses protestos é grave?

Silva – A estrutura policial é a única de que o Estado dispõe para momentos de crise. A organização que você tem na mão jamais pode dizer não.

ZH – O senhor afirmou que as consequências de um conflito como o atual podem perdurar por uma década. Que consequências seriam essas?

Silva – São várias, especialmente a quebra de confiança e de liderança dentro da organização. O problema sério que costuma se verificar nessas quebras de hierarquia é que elas revelam a existência de uma falha na liderança natural dos oficiais. Em 2001, fui contratado para analisar a situação da PM da Bahia, que havia passado por greves, e percebi que havia um distanciamento gravíssimo dos oficiais em relação à tropa. A baixa hierarquia não estava convivendo com os oficiais e acabava seguindo lideranças espúrias, que pregavam a indisciplina. Verifiquei que isso ocorre em todo o país.

ZH – Esse distanciamento de que o senhor fala é no convívio diário ou tem a ver com as diferenças salariais entre oficiais e praças?

Silva – São as duas coisas. Na PM de São Paulo, à qual estou vinculado desde 1963, não se imagina um protesto como esses do Rio Grande do Sul. A PM paulista nunca aceitou um aumento salarial diferenciado para oficiais em relação aos praças, mesmo quando o governo ofereceu.

ZH – O problema do convívio diário se revela como?

Silva – O que mais me preocupou na Bahia foi o tratamento desrespeitoso dos oficiais com os praças. Havia punições exageradas, ofensas, xingamentos e ações disciplinares não previstas, como escalar o policial para serviço extra ou retirar a sua folga, que é um direito constitucional.

ZH – Isso vale só para a Bahia? As manifestações de PMs no Rio Grande do Sul revelam a existência desses problemas na liderança?


Silva – Quando ocorre uma crise como esta, com certeza tem um forte problema de liderança entre oficiais e praças. Certamente houve falha da liderança. E o principal equívoco de liderança são os atos de desrespeito. Quando uma liderança é reconhecida, manifestações como essas da Brigada Militar não acontecem. Quando há liderança, antes que um grupo decida fechar uma rodovia, antes que o problema aconteça, o oficial já detectou e neutralizou. Napoleão já dizia que você pode ser derrotado, mas não pode ser surpreendido.

ZH – Isso vale mesmo em um cenário no qual a Brigada Militar apresenta dificuldade de identificar os responsáveis pelos atos?

Silva – Se identifica bandido que está escondido, como é que não vai identificar policiais que fazem manifestação? As medidas contra essas manifestações têm de ser tomadas de imediato. Toda crise tem primeiro de ser contida, não pode ser ampliada. Se o protesto acontece uma segunda vez, é porque está havendo falha. Não podia ter passado da segunda manifestação.

ZH – Mas a Brigada Militar alega não ter identificado os manifestantes.

Silva – Essa alegação é inaceitável. Havendo uma manifestação dessas, tem de ir tropa de choque, tem de haver alguém em condições de filmar, tem de tomar medidas rigorosas. Em Londres, recentemente, as autoridades não tiveram o menor receio de prender milhares de pessoas que estavam fazendo manifestações criminosas. Nesse caso de protesto de policiais, há o descumprimento de ordens. É caso de demissão dos quadros da Brigada Militar. Isso deveria ter ocorrido de imediato. A impunidade favorece a indisciplina, que é intolerável em uma estrutura de combate ao crime.

itamar.melo@zerohora.com.br

ITAMAR MELO

ZEROHORA.COM

IGREJA CATOLICA ENCAMINHA BEATIFICAÇAÕ DE SOLDADO DA PM.

Igreja Católica encaminha beatificação de soldado da PM
Postado por abamfbm on setembro 3, 2011 in Geral, Todas notícias | 0 Comentario
Igreja Católica encaminha beatificação do soldado José Barbosa de Andrade, morto afogado em 1999 ao salvar uma moradora de rua que havia caído no Rio Tamanduate
Um soldado da Polícia Militar de São Paulo é o mais novo candidato a santo do país. José Barbosa de Andrade tinha 33 anos quando, em 6 de janeiro de 1999, morreu afogado nas águas do Rio Tamanduateí para salvar uma moradora de rua embriagada, que havia caído. Há três meses, a PM começou a reunir documentos e testemunhos sobre a vida e morte de Barbosa, como era conhecido na corporação, para pedir a beatificação ao Vaticano. A postuladora da causa é a irmã Célia Cadorin, da Congregação das Irmãzinhas de Imaculada Conceição, responsável pelos processos de santificação de Madre Paulina e Frei Antonio de Sant?Ana Galvão.

Irmã Célia explica que, no caso de Barbosa, o fato de ele ter sido mártir, ou seja, ter sacrificado a sua vida para salvar a de outra pessoa, dispensa a comprovação de um milagre para o Vaticano decretar a beatificação. Segundo a religiosa, a identificação de um mártir tem como base ensinamento de Santo Agostinho. “O martírio se conhece pelo motivo praticado, como dar a vida pela fé ou por Jesus Cristo”, explica.

O padre e tenente-coronel Osvaldo Palopito, chefe da capelania da Polícia Militar, diz testemunhar casos de abnegação e renúncia envolvendo policiais militares, porém, afirma que o do soldado Barbosa se diferenciava. “Envolve fé e caridade fundamentadas no amor a Deus. A excepcionalidade do sacrifício está no fato de ele ter arriscado a vida consciente do risco que corria”, observa.

MAIS CEDO/ O coronel Luiz Eduardo Pesce de Arruda, da Escola Superior de Soldados da PM, responsável pelo levantamento da história de Barbosa, conta que o policial não sabia nadar. No dia que morreu, ele havia sido dispensado do trabalho mais cedo e estava a caminho da Coopmil (Cooperativa de Crédito da Polícia Militar) para solicitar um empréstimo. Como chovia, ele pegou carona com o colega Luiz Francisco de Macedo e quando passavam pela Avenida do Estado, próximo ao Mercado Municipal, viram uma aglomeração.

“Ao ouvir gritos de socorro, ele foi salvar a mendiga que se debatia na água suja e turbulenta do rio, expondo-se a um risco muito além do que se espera de um PM”, diz. “Um homem não se improvisa. Ele nasce pronto”, orgulha-se o oficial. Barbosa desceu pela borda, com uma corda fina amarrada à cintura. O volume de água estava sete vezes maior em razão das chuvas. Mesmo assim, ele conseguiu puxar a mulher, que foi retirada do rio pelo outro policial. “Durante o salvamento, a corda se rompeu e a correnteza o arrastou. O fiel da farda (cordão que prende a arma ao coldre) se enroscou no lixo e Barbosa afundou”, diz.

A moradora de rua, identificada como Salete Aparecida Rodrigues, que tinha 48 anos à época, entrou em depressão ao saber da morte do soldado. Ela tentou por duas vezes o suicídio, uma delas 11 meses depois, em novembro de 1999, no mesmo local. Até hoje não se tem mais notícias de Salete. Amigos de Barbosa, contudo, acreditam que ela continua vivendo nas ruas.

Entrevista

Antonia B. de Andrade_ Mãe do soldado Barbosa

‘O Zé nasceu para ajudar as pessoas. Minhas filhas pedem graças a ele’

DIÁRIO_ A senhora se sente privilegiada diante da possibilidade de ter sido mãe de um santo?
ANTONIA B. DE ANDRADE_ De modo algum. Se fizer isso, estarei me castigando porque a humildade é tudo.

A senhora percebeu alguma coisa diferente em seu filho quando ele era criança?
Ele nunca deu valor a coisas materiais. Nós éramos muito pobres, mas o Zé jamais reclamou e não sentia inveja das outras crianças que tinham mais do que ele. Quando ele estava com 8 anos começou a trabalhar de guardador de carros. Tudo o que ganhava entregava nas minhas mãos. Foi sempre assim até ele se casar.

Ele gostava de ajudar as pessoas?
Parece que ele nasceu para isso. Quando entrou na PM, mesmo cansado, saía à noite para dar sopa aos moradores de rua.

Por que ele quis ser PM?
Por influência do irmão mais velho, que é cabo bombeiro.

Ele já atirou em alguém?
Não. Falava grosso quando precisava, mas nunca desrespeitou nem agrediu ninguém.

A senhora soube de alguma intervenção feita por seu filho após a morte dele?
Minhas filhas Edna e Esita, que eram muito ligadas ao Zé, sempre pedem a ajuda dele em casos de doença ou quando precisam tomar alguma decisão. Uns dois anos após a morte do Zé, minha sobrinha estava em Mongaguá, olhando os três filhos jogarem bola na água. De repente, veio uma onda forte, puxou a bola para o fundo e as crianças foram pegá-la. Ela tentou segurá-los, mas os perdeu de vista. Desesperada, gritou ?Zé, me ajuda? e, segundo conta, na mesma hora a água baixou e deu para tirar todos do fundo.

A senhora é católica?
A família toda. O Zé ia todos os domingos à missa.

Perfil
José Barbosa de Andrade, soldado da PM
José Barbosa de Andrade nasceu em 14 de fevereiro de 1965, na Ilha do Governador, no Rio. Aos 7 anos, ele veio com a família (mãe, pai e nove irmãos) morar de favor na casa de um parente, no Grajaú, Zona Sul da capital. Barbosa ingressou na PM em novembro de 1994, após prestar concurso três vezes. Barbosa passava por dificuldades financeiras porque costumava dar tudo o que tinha aos outros. Na carreira, só teve uma advertência por ter saído da rota de patrulhamento para ajudar um colega que precisava levar o bolo de aniversário da filha. Ele está sepultado no mausoléu e foi promovido a cabo após a morte.

Caminho para a beatificação

Preparatória: Um representante do candidato reúne documentos e testemunhas para a biografia do benfeitor. O caso do soldado Barbosa está neste estágio. Serão analisados os feitos do candidato. A documentação histórica é encaminhada a quatro bispos, que, se convencidos da causa, elaboram uma carta de apresentação à Congregação dos Santos. Simultaneamente, a biografia é enviada à irmã Célia Cadorin, postuladora da causa de beatificação e canonização no Brasil. Em seguida, o material parte para uma comissão de padres postuladores de Roma. Antes de iniciar a defesa da causa, a comissão vem ao Brasil analisar a documentação e, se for o caso, abrir o processo de beatificação.

Diocesana: O processo é encaminhado ao tribunal eclesiástico, em Brasília. Nessa fase, o nome de batismo do candidato passa a ser precedido das palavras servo de Deus. O tribunal é formado por um delegado episcopal, um promotor e dois notários. Todos os documentos e testemunhos são analisados novamente. Se os integrantes do tribunal entenderem que a causa tem fundamento, o processo retorna ao Vaticano. A terceira fase só começa quando o papa publicar no jornal do Vaticano as virtudes heroicas do candidato, que passa a ser chamado de venerável.

Romana: Todo o material para provar é analisado novamente, no Vaticano. Se o milagre ou o martírio for comprovado, o candidato passa a ser beato. Se houver um segundo milagre, ele se torna santo. No caso do mártir, o processo é mais rápido porque há uma seção especial de teólogos só para analisar esse tipo de situação.

CRISTINA CHRISTIANO
DIÁRIO SP


NOVAS MANIFESTAÇÃO NAS RODOVIAS DESAFIAM PIRATINI.

Novas manifestações nas rodovias desafiam Piratini
Postado por abamfbm on setembro 3, 2011 in Seg. Pública, Todas notícias | 0 Comentario
Apesar de o governo ter rompido negociações até cessarem protestos, mais bloqueios são realizados
De nada adiantou o governo do Estado romper as negociações salariais com PMs e exigir o fim dos protestos para voltar a discutir reajustes. O impasse continua. E cada vez pior, as manifestações já somam 32 em um mês. Na madrugada de ontem, menos de 24 horas depois do ultimato do Palácio Piratini, ocorreram sete queimas de pneus, recorde para uma noite.

Ochefe da Casa Civil, Carlos Pestana, à frente das tratativas com a entidade de classe dos PMs, evitou comentar os episódios. Mas o governador Tarso Genro não escondeu sua irritação.

– Eu até estranho que uma parte da imprensa esteja chamando isso de protesto. É ato de vandalismo. Protesto é quando as pessoas se mobilizam, vão na frente do Palácio, xingam o governador – lamentou Tarso, antes de se encontrar com a presidente Dilma Rousseff, que visitou a Expointer.

Representantes da Associação Antônio Mendes Filho (Abamf), uma das entidades que representam os PMs e que apoiou as primeiras queimas de pneus, reforçou o apelo pelo fim dos protestos.

– O governo tem dinheiro para nos dar e nós queremos esse dinheiro. Pedimos que os colegas fiquem vigilante para evitar novos atos e os responsáveis sejam identificados – disse o secretário-geral da Abamf, Ricardo Agra.

Em Esteio, cerca de 80 PMs do Vale do Sinos, ligados à Abamf, que estavam de folga, se juntaram a policiais civis, a funcionários de universidades federais em greve e a servidores dos Correios para um protesto pacífico na entrada do Parque de Exposições, com faixas, panfletos e carro de som. Na hora do discurso da presidente, parte do grupo se aproximou do palanque oficial, gritando palavras de ordem, atrapalhando momentos da manifestação de Dilma.

JOSÉ LUÍS COSTA

Câmeras flagraram ações

As investigações referentes aos protestos na Capital, na quinta-feira, e em Alvorada, na semana passada, estão mais adiantadas. Pelo menos três câmeras da prefeitura de Porto Alegre, instaladas na Avenida Mauá, flagraram homens colocando fogo em pneus. A ação durou dois minutos. Depois, eles seguiram pela Mauá em duas motos e um carro escuro. Imagens dos rostos de dois homens seriam nítidas, permitindo a identificação.

As cenas captadas na Avenida Presidente Vargas, em Alvorada, também ajudaram a identificar pelo menos um manifestante. A Corregedoria da BM recebeu as imagens, mas evita divulgar detalhes sobre o conteúdo, sob a justificativa de que vai atrapalhar as investigações.

Em nota divulgada ontem, a Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (ASSTBM) afirma que, em momento algum, patrocinou ou incentivou manifestação “ilegal” por melhores salários e que repudia os “atos radicais’’ que vêm sendo realizados.

Estradas em chamas
- Carazinho – Por volta das 5h de ontem, a rodovia Passo Fundo-Carazinho (BR-285) foi bloqueada no km 334,8, próximo ao campus da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Pneus foram queimados e interromperam o trânsito. A rodovia foi liberada 45 minutos depois.
- Farroupilha – No km 110 da estrada Farroupilha-Bento Gonçalves (RSC-453), por volta da 1h30min de ontem, pneus foram queimados. A estrada ficou bloqueada por meia hora.
- Garibaldi – Pneus e outros materiais foram queimados no km 102 da estrada Farroupilha-Bento Gonçalves (RSC-453), por volta das 23h30min de quinta-feira. O fogo foi contido por policiais do Grupo Rodoviário Estadual de Bento Gonçalves.
- Novo Hamburgo – Às 4h de ontem, na estrada Leopoldo Petry, bairro Lomba Grande, houve queima de pneus. Por cerca de 2h, a estrada ficou interrompida.
- Osório – Na rodovia Osório-Torres (BR-101), por volta das 4h de ontem, pneus foram queimados. A rodovia ficou interrompido por cerca 10 minutos.
- Parobé – Por volta das 5h30min de ontem, houve queima de cerca de 20 pneus no km 39 da rodovia Sapiranga-Taquara (ERS-239). O trânsito ficou interrompido por aproximadamente 30 minutos.
- Sarandi – A manifestação ocorreu às 2h30min de ontem no km 133 da rodovia Sarandi-Barra Funda (BR-386). No local, havia pneus queimados e a frase “Aumento BM ou greve já”. A estrada ficou bloqueada por 20 minutos.



PROTESTO DE PMS
Impasse paralisa negociações

Em encontro no Piratini ontem, governo se negou a discutir propostas de reajuste enquanto não cessarem manifestações
Organizados para pressionar o governo do Estado a aumentar os salários de policiais militares, os bloqueios em rodovias estão barrando as chances de reajustes imediatos para PMs. Indignado com a série de queima de pneus, o Palácio Piratini decidiu medir forças com os manifestantes, negando-se a discutir propostas enquanto não ocorrer o cessar-fogo ou até que os incendiários sejam presos.

Na madrugada de ontem, as chamas dos protestos chegaram ao centro de Porto Alegre, aumentando o clima de apreensão.

A posição do governo foi selada ontem pela manhã em reunião de 40 minutos no Piratini com líderes da Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf), entidade que representa os soldados, e da Associação dos Subtenentes e Sargentos.

No encontro, ao lado do secretário da Segurança Pública, Airton Michels, da Administração, Stela Farias, e do comandante-geral da BM, coronel Sérgio Roberto de Abreu, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, afirmou aos sindicalistas que a discussão estava suspensa por conta dos protestos e propôs um novo encontro no dia 9 para avaliar a situação.

– O governo construiu uma alternativa, mas só vai apresentá-la quando cessarem esses atos ou nós apurarmos quem são os responsáveis. Não vamos aceitar esse tipo de protesto – disse.

Uma hora antes, Pestana tinha se reunido com sindicalistas ligados à Polícia Civil e à Superintendência dos Serviços Penitenciários, propondo reajuste de 7% às duas categorias, a partir de outubro.

Dos 25 protestos ocorridos desde o começo de agosto, sete tiveram apoio da Abamf, e Pestana pediu ao presidente da entidade, Leonel Lucas, que tentasse estancar a queima de pneus.

Visivelmente contrariado, Lucas deixou a reunião pedindo ajuda.

– Faço um apelo para que acabem com isso e peço ao governo que investigue, pois tem mecanismos para isso.

Corporação já tem suspeito identificado

O problema é que a Abamf não tem controle sobre os manifestantes. Lucas suspeita de que os protestos sejam orquestrados por gente de oposição ao Piratini, ou mesmo por aliados, sem cargos no governo e dispostos a tumultuar as negociações.

– Seja quem for, será responsabilizado – afirmou o comandante da BM.

A corporação tem um suspeito identificado, assim como o carro dele. Há indícios sobre outras duas pessoas. O comandante disse que eles podem não ser PMs. Abreu esteve reunido à tarde com o governador Tarso Genro. Na ocasião, pediu que a “construção da política de valorização dos servidores da BM não seja interrompida em função de manifestações isoladas.”

O chefe da Casa Civil acredita que o ultimato do governo não vá fomentar novos protestos. Em nota, Pestana informou que recebeu a direção da Federação das Entidades Independentes dos Servidores Militares Estaduais de Nível Médio da Brigada Militar, que afirmou a disposição de dialogar.

Apesar disso, está previsto para hoje um protesto, nas imediações da Expointer, que terá a visita da presidente Dilma Rousseff.

JOSÉ LUÍS COSTA

Manifestação na entrada da Capital

A fumaça negra dos protestos que convulsiona rodovias do Interior desembarcou na madrugada de ontem em Porto Alegre. Às 2h15min, manifestantes atearam fogo em nove pneus no cruzamento da Avenida Mauá com a Rua Chaves Barcelos, na entrada da Capital, e estenderam faixas cobrando melhorias salarias para PMs no muro da Trensurb. Três das quatro faixas da Mauá ficaram bloqueadas por alguns minutos. Bombeiros, lotados em uma estação localizada há duas quadras dali, perceberam o fogo, debelaram as chamas e recolheram os restos dos pneus que não chegaram a queimar por inteiro. PMs do 9º Batalhão de Polícia Militar foram avisados e retiraram as faixas, levadas para o quartel. O local do bloqueio é desprovido de câmeras de vigilância – a mais próxima fica a uma quadra, mas não teria flagrado a presença dos incendiários. O episódio surpreendeu o comandante-geral da BM, coronel Sérgio Roberto de Abreu.

– Era possível que acontecesse em Porto Alegre, em razão da dimensão da cidade, mas não esperava que fosse nesse momento – afirmou o comandante.

Na quarta-feira, o coronel se reuniu com comandantes regionais da BM, determinando reforço do policiamento noturno, inclusive com PMs dos serviços de inteligência, que trabalham à paisana. Ontem, a ordem foi aumentar o patrulhamento das principais avenidas da Capital e das grandes cidades.

Outros protestos
Cidades onde ocorrerem novas manifestações:
- Bento Gonçalves
- Charqueadas
- Júlio de Castilhos
- Santo Ângelo
- Uruguaiana



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