ARTIGO: A VELHA ESTRATÉGIA GOVERNAMENTAL
“Tenho acompanhado o site da ASSTBM, jornais e debates nos quais se tem questionado alguns assuntos entre eles a remuneração dos policiais militares gaúchos”. Esse texto visa contribuir ao debate.
Infelizmente, vejo prosperar a velha estratégia governamental de desestabilizar as ‘massas’ e, bem assim, evitar que determinada categoria se una e perceba a força que pode resultar dessa união. Contraditoriamente, manobra inversa se faz na hora de os políticos buscarem votos. Aí mobilizam todas as categorias, aí são até parentes da “família brigadiana” e até se lembram da velha professora da escola!
Digo isso porque, com o devido respeito, percebi que a utilização desse meio de expressão tão democrático como é a internet pode servir para colegas se perderem em críticas, em divergências normais de opinião… Isso só servirá para não mudar nada, para manter-se o ‘status quo’, como se diz no Direito. E as coisas estão bem para quem? Para a polícia, para os policiais, para o cidadão? Certamente não é do interesse dos governantes e dos “chefes” escancarar pátios com viaturas quebradas, coletes vencidos, moradias indignas dos seus subordinados e toda a má sorte de precárias condições… Até que enfim os meios de comunicação pautaram a situação caótica do Presídio Central, salientando que os policiais que se submetem ao trabalho naquele local, a fim de aumentarem o soldo, também estão submetendo a sua saúde ao “cumprimento de pena”, devido às condições insalubres daquele meio ambiente de trabalho. Finalmente, não posso deixar de dizer que me emocionei ao ler o depoimento do Policial Vanderlei, preocupado em não poder dar um pouco de lazer ao filho, que gostaria de brincar no parque. Hoje, é só um parque, que até pode ser deixado para depois. Entretanto, que esperança há de se dar a uma criança que só vê o colorido do parque, mas não ri junto com o palhaço, não saboreia a pipoca e a maça caramelada da “bruxa”? Que esperança no futuro com uma matriz salarial que sequer acompanha a inflação, transformando nossos servidores em “zumbis” modernos, que não dormem e emendam madrugadas em jornadas estafantes para não perderem tanto em salário… Se isso não é uma espécie de escravidão moderna, então não sei o que é.
Mas que é uma escravidão dos princípios constitucionais, em especial a dignidade da pessoa humana, em sua mais ampla concepção, do homem com direito ao lazer, isso, como profissional do direito, eu sei que é. Avante guerreiros!!”
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