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sábado, 8 de outubro de 2011

POLICIAL ADMINISTRATIVO X OPERACIONAL: A DIVISÃO.

Policial administrativo x operacional: a divisão
Postado por abamfbm on outubro 8, 2011 in Geral, Todas notícias | 0 Comentario
Entre as várias divisões pregadas no âmbito das instituições policiais (praças x oficiais, agentes x delegados, especializados x convencionais etc) uma destacável é a contraposição entre os policiais que atuam na atividade fim (operacionais) e os que atuam na atividade meio (administrativos). Os operacionais acusam os administrativos de privilégios, de viverem “na sombra”, longe dos riscos e desgastes que a atividade operacional possui. Os administrativos, por sua vez, alegam a importância do seu serviço, e dizem que sem seus esforços na estruturação das condições de trabalho da operacionalidade, nada daria certo.

De certo modo, ambos estão certos, pois essas não são afirmações excludentes. Atuar no serviço operacional de rua traz desgastes como a passagem de noites insones, exige preparo físico no desenrolar das ocorrências (é preciso correr, se manter de pé por muito tempo, carregar peso etc), e, além do mais, expõe o policial ao risco de morte, já que a possibilidade de cofronto armado com suspeitos é evidente. Nenhum desses fatores atingem o policial empregado no serviço administrativo.

Este, porém, trabalha viabilizando o serviço do policial da operacionalidade, e até diminuindo os desconfortos a que este é submetido. É o policial da administração que realiza a licitação para a compra de um coturno mais confortável. É o policial da administração que racionaliza as horas de trabalho de cada policial. É também ele que garante, através dos procedimentos burocráticos, a concessão de férias, licenças e outros direitos dos policiais.



Assim, os serviços administrativos e operacionais são complementares, embora os “de rua” passem por mais desconfortos que os demais. Uma crítica justa, neste sentido, é o gasto às vezes feito com policiais que atuarão na administração mas que possuem toda a formação de um policial operacional (de técnicas policiais, tiro, defesa pessoal…). Como fazem as Forças Armadas brasileiras, as polícias devem direcionar a carreira de determinados profissionais a determinadas funções, evitando gastos desnecessários – qual o sentido de um policial aprender tiro policial se passará toda a sua carreira trabalhando com licitação?

Outra proposta vem sendo adotada, a contratação de auxiliares administrativos ou soldados temporários para assumir funções da administração (como telefonista) que não precisam de conhecimento técnico-policial para serem desenvolvidas. A ideia é liberar o policial administrativo (com formação operacional) para atuar nas ruas. Apesar de ser uma boa tese, o cuidado se refere à desenvoltura e probidade desses auxiliares no desempenho do serviço.

De qualquer modo, é preciso se distanciar das vaidades que às vezes surgem em virtude da diferenciação administrativo x operacional. Sem todas as engrenagens, por menor que sejam, não há motor que funcione.



Abordagem Policial
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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

SENADOR PROPÔE CHICOTADAS PARA PRESOS QUE SE RECUSAREM A TRABALHAR.

Senador propõe chicotadas para presos que se recusarem a trabalhar
Reditario Cassol (PP-RO) afirma que alguns condenados recebem melhor tratamento do que os trabalhadores do país


O senador Reditario Cassol (PP-RO) defendeu nesta quinta-feira, da tribuna do Senado, o fim do auxílio-reclusão para os condenados que estiverem cumprindo pena e a adoção da pena de chicotadas contra os presos que se recusarem a trabalhar nos presídios. Ele alega que "pilantras, vagabundos e sem-vergonha" recebem um tratamento melhor do que os trabalhadores brasileiros.

— Nós temos de fazer o nosso trabalho, ilustre presidente e nobres senadores, modificar um pouco a lei aqui no nosso Brasil, que venha favorecer, sim, as famílias honestas, as famílias que trabalham, que lutam, que pagam impostos para manter o Brasil de pé — defendeu. — E não criar facilidade para pilantra, vagabundo, sem-vergonha, que devia estar atrás da grade de noite e de dia trabalhar, e quando não trabalhasse de acordo, o chicote voltar, que nem antigamente — prosseguiu.

Suplente de seu filho, o ex-governador de Rondônia Ivo Cassol, que está licenciado, Reditario questionou o "desamparo" dos parentes das vítimas, enquanto o governo — segundo ele — gastar por ano "mais de R$ 200 milhões do orçamento para sustentar a família dos presos que cometera crime hediondo, crime bárbaro".

— O vagabundo que está preso recebe uma bolsa de R$ 802,60 para seu sustento. Mesmo que seja auxílio temporário, a prisão não é colônia de férias — protestou.

No seu entender, a pessoa condenada por crime grave deve sustentar os dependentes com o trabalho nas cadeias. Ele comparou a situação aos trabalhadores desempregados que, "além de tudo isso, muitas vezes é assaltado, tem a casa roubada e precisa viver recluso atrás das grades de sua própria casa".

Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), disse que compreendia a "indignação" do colega, mas que, em nenhuma hipótese, aprovaria a utilização do chicote, "porque seria uma volta da Idade Média".






ComentáriosEverton
Denuncie este comentário06/10/2011 21:18Concordo plenamento com o Senador Cassol. Quero ver os defensores de VAGABUNDO se pronunciando.


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sandro
Denuncie este comentário06/10/2011 21:15Este senador quer ser presidente? Caira na graça de mim e dos outros infelizes da nação que compoem a maior parte do povo brasileiro, vivemos com salario minimo e somos roubados dia e noite, não é justo quem rouba um trabalhador ganhar ainda mais dinheiro por mês para ficar na colonia de ferias com comida paga pelo povo e um salario limpinho maior que o do povão. Trabalhar para sustentar suas despesas e sua familia é o minimo que pode se cobrar do criminoso e tambem indenizar a vitima .
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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PR- ARTIGO: SALÁRIO: INVESTIMENTO OU DESPESA?

PR- Artigo: Salário: Investimento ou despesa?
Postado por abamfbm on outubro 5, 2011 in Geral, Todas notícias | 0 Comentario
ARTIGO ELABORADO – GRUPO DE ESTUDOS DA APRA

Salário: Investimento ou despesa?

A Associação de Praças do Estado do Paraná-APRA, através de suas atribuições tem o interesse de Informar aos seus associados, através de dados coletados no texto decorrente, com suas respectivas fontes, uma tomada geral sobre o tema (Estado do Paraná Versos Investimentoem Segurança Publica). Ressaltamos, pois que esta matéria tem o intuito de analisar as informações coletadas para que aja uma reflexão sobre o assunto.



1.1. Em primeiro lugar vamos falar sobre a situação econômica do Estado.
A Região Sul do Brasil é a segunda mais rica, representando em 2003 18,6% do PIB Brasileiro, com o Rio Grande do Sulem primeiro Lugar, depois Paraná em segundo eem seguida Santa Catarina.

As estimativas preliminares do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social apontam um crescimento para o Estado do Paraná de 6% em 2007, atingindo o valor de R$145,64 Bilhões. O crescimento foi superior obtido pela economia Brasileira, com taxa de 5,4% – a melhor desde 2004, conforme apurado pelo IBGE.

O estado do Paraná em 2009 alcançou o 5° lugar na arrecadação do PIB, (Produto Interno Bruto) no País, obtendo o valor de R$ 179.270.215, sendo responsável por 6,1% do PIB nacional.

Em 2010 o Paraná alcançou o PIB de R$ 220, 368 bilhões, para 2011 as expectativas de um aumento são ainda maiores segundo divulgado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social – IPARDES e calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. A estimativa de crescimento do PIB Paranaense em 2010 é de 8,3% que proporcionalmente é maior que o Nacional, fechado em 7,5%.

O Paraná conforme informou o Censo 2010, teve um crescimento de 9,16% nos últimos 10 anos, o Estado tem hoje 10.439.610 habitantes, sendo que Curitiba tem hoje 1.746.896 habitantes, a população Paranaense corresponde a 5,4% dos habitantes Brasileiros.



1.2. Agora vamos confrontar os fatos em relação as informações que envolvem a segurança pública no Estado do Paraná.


O Paraná é o que menos gastou com segurança publica na década, o investimento do Paraná esta em torno de 1% do PIB, segundo fórum Brasileiro de segurança publica sendo um dos lideres no ranking negativo.

Aparece o Paraná em 27ª colocação, de investimento em segurança pública em relação ao percentual do Produto Interno Bruto – PIB do Estado.

Já em confronto ao orçamento do Estado do Paraná está em 24ª colocação.

Logo em relação ao emprego de recursos do Estado estamos abaixo do Estado de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Alagoas, Rondônia, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Acre, Goiás, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Piauí.. etc.

O Efetivo da Policia Militar do Paraná não chega ao numero de policias exigido pela lei, na verdade se fomos analisar em dez anos nunca chegou, sendo que hoje há 17.473 policias militares, dos quais 2.729 são bombeiros, enquanto a lei preconiza 26.747, chegando a uma defasagem de 9.274 militares. Os braços da segurança pública do estado, contando com o efetivo da policia civil chega ao total de 21.427.

O Paraná perde no numero de efetivo para Rio Grande do Sul, o qual tem o tamanho da população semelhante e conta com 25.529 policias militares.

Segundo dados estatísticos a serem confirmados, a ONU recomendam 1 policial para 250 Habitantes.

Se a população do Paraná cresce em proporção a cada ano, vemos o inverso, com o efetivo policial civil e militar diminuindo a cada ano, e não obstante a criminalidade aumentando cada dia mais, os cidadãos cobrando das autoridades respostas efetivas, por outro lado aumentando quanto mais a cobrança social, os reflexos atingem diretamente os policias que tem que se desdobrar para dar o mínimo de resposta a sociedade tão sofrida e visivelmente carente de segurança pública.

Você imagina que tem uma mercearia, e com a preocupação contrata um segurança para cuidar da mercearia, com o passar dos anos o proprietário vai aumentando a mercearia ao ponto de chegar a ser um hipermercado, o quadro mudou radicalmente, um segurança nunca vai dar conta de um hipermercado (analogia comparativa).

Os policias como heróis que são, entregam a suas vidas a cada dia pelo cidadão, não levando em conta as disparidades mesmo reconhecendo os riscos, mais ao chegarem em suas casas, muita vezes não tem o conforto de seus lares pois os salários ainda estão longe de ser o ideal.

“E se você me perguntar qual é o salário ideal para o policial? Eu lhe pergunto quanto custa o valor de sua vida? Então o ideal é aquele proporcional a função exercida pelo servidor; será que só Brasília tem esta visão?”.

Os fatos mostram que o Estado esta entre os cinco maiores Estados em arrecadação do PIB no Brasil, apontando para um crescimento cada vez maior na casa de 200 bilhões de reais, também apontam para um investimento em segurança nos últimos 10 anos na casa de 1%, o que na verdade é ínfimo. E conforme os fatos supracitados se destacaram entre todos os Estados do Brasil, como o de maior crescimento econômico.

Lamentavelmente estamos nestas condições em parte devido a Constituição da República não prever como contrapartida de sua arrecadação, a obrigação mínima de emprego de recursos do Estado em segurança pública em suas três esferas, Federal, Estadual e Municipal. Os governos afirmam paulatinamente que não possuem recursos para melhorar as condições de trabalho, salariais, bem como aplicação em tecnologia, armamento, equipamento e treinamento. Enfim é uma evolução incapaz de acompanhar a criminalidade. O Estado do Paraná não pode alegar falta de recurso para aumentar ou compor salários com o governo federal conforme prevê a implantação da PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL – PEC 300 por exemplo, que é uma demanda de todas as polícias do Brasil.

Fato também que merece ser explicado no momento em questão esta ligado ao posicionamento do governo frente a não implantação do subsídio relativo a PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL – PEC 64 e a EMENDA CONSTITUCIONAL 29 – EC 29, sendo que a oposição com muito mais propriedade contrariou o governo no que diz respeito a não ter condições financeiras de fazer cumprir a EC 29. O Governo aprovou e tem que cumprir com suas obrigações, pois restaria violado o nosso voto de confiança nos parlamentares que aprovaram a emenda em questão, assim como colocaria sob evidencia negativa o atual governo.

Se o Estado alegar falta de recurso, significa que está admitindo a incompetência e sua incapacidade na gestão financeira dos seus recursos para atender a segurança pública, bem como todas as suas outras demandas, o que está entrelaçado ou intrincado com uma péssima distribuição de renda, que representa uma demanda social urgente para a sociedade Paranaense.



Nota elaborada pela Diretoria da APRA e seu respectivo grupo de estudos.

Fonte: APRA
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SUPREMO MANTÉM SENTENÇA QUE ANULOU A PEC 300 DA PARAIBA.

Supremo mantém sentença que anulou a PEC 300 da Paraíba
Postado por abamfbm on outubro 5, 2011 in Seg. Pública, Todas notícias | 1 Comentario
A Reclamação tem o nº 12.332, e a decisão foi publicada no site do STF no dia 01 de outubro corrente.

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal indeferiu o pedido de medida liminar para suspender a eficácia da sentença que anulou as leis nºs 9.245/10, 9.246/10 e 9.247/10, que concediam aumentos de vencimentos para os policiais militares, civis e agentes penitenciários.

Esse conjunto de leis ficou concedido como a PEC 300. As leis foram aprovadas pela Assembleia Legislativa do Estado e sancionadas pelo então governador, José Maranhão, na semana que antecedeu a eleição do 2º turno para governador do Estado. A decisão da ministra Cármen Lúcia mantém a validade da sentença proferida pelo juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública da Capital, Aluizio Bezerra Filho.

Ao ajuizar a Reclamação no STF, o policial Brenner Nunes de Castro alegou que “o Juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública, ao declarar a nulidade das Leis 9.245/10, 9.246/10 e 9.247/10 usurpou a competência do Supremo Tribunal Federal, pois é pacífico o entendimento desta Suprema Corte sobre a impossibilidade da sentença, na Ação Civil Pública, declarar inconstitucionalidade, que equivale a nulidade, com efeito ‘erga omnes’, atingindo aqueles que não foram parte no processo e produzindo efeitos idênticos a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, uma vez que a norma perderá toda sua eficácia”.

A Reclamação pedia que fosse deferida a medida liminar, suspendendo-se os efeitos da decisão monocrática proferida pelo Juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública de João Pessoa nos autos da Ação Civil Pública nº 200.2011.002.668-5, ou de qualquer outra decisão que venha a lhe substituir e que seja no mesmo sentido, e ao final, que fosse julgada procedente a presente Reclamação, confirmando-se a liminar e declarando-se a nulidade do processo.

Segundo se apurou junto à 6ª Vara da Fazenda Pública, a sentença proferida pelo juiz Aluizio Bezerra Filho já tinha transitado em julgado para as partes (Ministério Público Estadual e Estado da Paraíba), e as apelações interpostas pelo Clube dos Oficiais da Polícia Militar e outras entidades, tinham sido negadas seguimento, ou seja, não tinham sido recebidas pelo magistrado, sob o fundamento de que essas Entidades figuraram na condição de assistentes simples, não lhes cabendo interesse processual em recorrer de decisão que não foi interposto pelas partes principais do processo; pois o acessório acompanha o principal, e se este não recorreu, não cabe aquele fazê-lo.

Com a decisão do Supremo Tribunal Federal a questão definitivamente estabelecida nos termos da sentença judicial de 1º Grau.

A Reclamação tem o nº 12.332, e a decisão foi publicada no site do STF no dia 01 de outubro corrente.

Fonte: Paraíba em QAP

CORPO DA POLICIAL MILITAR DO RS QUE ESTAVA DESAPARECIDA DESDE DO DIA 19/SET/2011 E ENCONTRADO EM FONTOURA XAVIER RS.

Corpo de PM desaparecida é encontrado em Fontoura Xavier
Postado por abamfbm on outubro 5, 2011 in Geral, Todas notícias | 11 Comentarios
Arma do crime e celular da vítima levam polícia a acreditar em suicídio

O corpo encontrado às margens de um açude, em uma propriedade rural de Fontoura Xavier, no início da madrugada desta quarta-feira, é o da policial militar de Passo Fundo Luane Chaves Lemes, de 23 anos. A soldado estavadesaparecida desde 19 de setembro.

O chefe de investigação da 1ª Delegacia de Homicídios, comissário Caroará Mor Alves, informou, por volta da 1h, que a vítima – uma mulher loira – vestia roupas semelhantes às que Luane usava no último dia em que foi vista. A delegada Daniela Mineto, responsável pelo caso, seguiu imediatamente para Fontoura Xavier, município a aproximadamente 100 quilômetros de Passo Fundo, Norte do Estado, onde confirmou tratar-se de Luane.

Próximo ao corpo, foi encontrada a provável arma do crime, de propriedade da Brigada Militar, assim como o celular da soldado, o que faz a polícia acreditar em suicídio, como já suspeitava a delegada, devido às mensagens de texto enviadas para o ex-namorado. Segundo o comissário, o avançado estado de decomposição do cadáver não permitiu identificar marcas de violência. O corpo seria encaminhado para necropsia.

Nas imagens captadas pelo sistema de monitoramento da Estação Rodoviária de Passo Fundo, Luane aparece comprando passagem, em 19 de setembro. Ouvido pela delegada na tarde passada, o motorista da Unesul confirmou que todos os passageiros que haviam comprado o bilhete embarcaram no coletivo, reforçando a hipótese de que Luane seguiu, realmente, para a Capital.

À imprensa, antes de depor, o condutor revelou que, em Vila Assis, parou por 30 minutos para o almoço e, na hora de seguir viagem, deu falta de um passageiro. O profissional disse ter esperado, por mais cinco minutos, sem que a pessoa tenha aparecido. Ele afirmou que não houve reclamação posterior do passageiro que ficou para trás. O motorista disse, ainda, não se lembrar se um homem ou uma mulher havia sumido.



Fonte: Acácio Silva / Correio do Povo
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11 Responses
Sgt Matos - Bombeiro
outubro 5, 2011 às 9:42 am
Minhas condolências à família enlutada e que DEUS conforte os vossos corações!
Responder Clévis
outubro 5, 2011 às 10:02 am
Não ha palavras para expressar a dor que esta familia deve estar passando; Mas que busquem a Deus para dar continuidade a suas vidas.
Responder culpa
outubro 5, 2011 às 10:09 am
Não Imagino a dor q essa família esta sentindo agora, mas sejamos realistas, uma pessoa q se suicida não tem sanidade… o pai dela esta culpando o ex namorado, disse q a importunava, e ela acabava voltando … ela voltava pq queria, ninguem colocou uma arma na cabeça dela e a obrigou a namorar o cara, agora por favor sejamos sensatos e humanos com as pessoas…. a colega se matou, e ninguem tem culpa…. precisamos procurar Deus… hj em dia ninguem se lembra de Deus… quem tem Deus no coração nao faz isso e tbm nao procura culpados por um crime q ninguem cometeu.
Deus abençoe essa família e de luz e conforto….
Responder Pirez
outubro 5, 2011 às 11:01 am
Que Deus de forças aos familiares , a familia brigadiana esta em luto , descansa em paz colega Luane!
Responder Roberto
outubro 5, 2011 às 12:21 pm
Minhas condolencias a familia da colega, que DEUS conforte seus corações pois so ele é capaz. E PENSAR QUE A BRIGADA JA TINHA SE PREOCUPADO EM ENCAMINHAR O PROCESSO DE DESERÇÃO DA COLEGA EM VEZ DE TER SE PREOCUPADO EM ATENDER A FAMILIA.
Responder Sgt Bastos
outubro 5, 2011 às 1:27 pm
MEUS SENTIMENTOS AOS SEUS FAMILIARES, ESSA HORA É DIFICIL, A UNICA PESSOA A RECORRER É DEUS, VAMOS TODOS JUNTOS ORAR E PEDIR A JESUS QUE INTERCEDA PELA ALMA DE LUANE E QUE SEU FAMILIARES ENCONTRE FORÇA NA FÉ E NAS PALAVRA DE DEUS AMEM…
Responder junior
outubro 5, 2011 às 3:56 pm
Que Deus de força aos familiares, meus sinceros pêsames.
Responder Marques
outubro 5, 2011 às 4:03 pm
Que Deus possa dar a força necessária para essa família aguentar a grande perda da querida Luane.Deus possa ter misericórdia e perdoá-la.
Responder rubens brasil
outubro 5, 2011 às 4:18 pm
QUE DEUS OS ABENÇOEM TODA SUA FAMILIA, ESTAMOS AQUI EM PALMEIRA DAS MISSÕES ORANDO POR VOCES. ABRAÇOS
Responder eduardo
outubro 5, 2011 às 4:37 pm
Minhas condolências à família enlutada e que DEUS conforte os vossos corações!
Responder Catia
outubro 5, 2011 às 5:39 pm
Hoje realmente é um dia muito triste para todos nós, não imaginaria que o desfecho desta história terminaria assim, quando escutava o noticiário sempre tinha alguma esperança que a colega seria encontrada ou que la mesmo apareceria, mas na manha de hoje acho que todos que somos colegas e que fizemos parte de uma imensa familia nos perguntamos o porque, uma moça linda e cheia de vida e que talvez um futuro cheio de sonhos poderia tirar sua propria vida, eu mesma fico me perguntando o porque desta atitude, eu nao á conhecia mas a tristeza que sinto é como se convivecimos dia a dia, e não imagino a dor de seus familiares, porque a perda de um ente querido tem uma dor que só mesmo quem sente na pele.Mando minhas sinceras condolencias a familia da Luane e que Deus ilumine e de forças para que eles possam continuar suas vidas, infelizmente com a dor da perda.Descanse em Paz LUANE.
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TIROTEIO ENVOLVENDO POLICIAIS CIVIS E MILITARES, RS.

Tiroteio envolve polícias Civil e Militar
Postado por abamfbm on outubro 5, 2011 in Geral, Todas notícias | 4 Comentarios
A pós o confronto envolvendo agentes do Departamento Estadual de Investigação do Narcotráfico (Denarc) e policiais militares do 15 BPM, de Canoas, as instituições afirmaram que o relacionamento entre ambas não sofreu “arranhões” e continuarão a trabalhar juntas.

O comandante-geral da BM, coronel Sérgio Roberto de Abreu, considerou que houve “um mal-entendido”. Segundo ele, ocorreu um chamado para o 190, relatando a presença de suspeitos em uma rua do bairro Olaria, em Canoas. O serviço de inteligência do batalhão, em carro discreto, foi averiguar. Quando chegaram no local e deram algumas voltas no quarteirão passando pelos agentes, apareceu o segundo automóvel, fazendo com que os PMs saíssem de perto. “Mas as viaturas da Civil vieram em direção a eles (PMs)”, disse Abreu. “Depois disso, houve perseguição e tiroteio. Estamos investigando para esclarecer as contradições”, revelou.

O diretor do Denarc, delegado Joel Oliveira, disse que os PMs deveriam ter consultado as placas no Ciosp para saber se pertenciam à Polícia Civil. Para Abreu, se os PMs cometeram este equívoco, os policiais civis também, pois não verificaram as placas da viatura discreta do 15 BPM. Oliveira também considerou o episódio “uma fatalidade”.

Ambas instituições abriram inquérito para apurar o incidente. Uma câmera de segurança da Prefeitura de Canoas captou parte da ação. Um policial que teve acesso à gravação disse ser possível ver parte da perseguição, mas não o confronto. Segundo ele, que pediu para ter o nome preservado, não é visto o giroflex na capota dos carros do Denarc. Os policiais civis afirmam tê-lo usado em um dos veículos.

Na rede social Twitter, ontem à tarde, policiais civis postaram criticas à BM. O mesmo foi feito por PMs em relação à Polícia Civil. Os agentes afirmam que os PMs recolheram as cápsulas após o tiroteio, mexendo no local, antes da perícia. Os PMs, por sua vez, acusam os policiais civis de fazer a mesma coisa.

O incidente ocorreu por volta das 23h30min, quando os agentes do Denarc realizavam uma campana no local. Após a investigação, as viaturas da Polícia Civil teriam tentado abordar o veículo da Brigada Militar. Cinco policiais civis e quatro militares participaram do confronto. A autoria será confirmada após exame de balística.

Correio do Povo
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4 Responses
LeoneL
outubro 5, 2011 às 12:46 pm
E diante disso tudo eu pergunto; valeu a pena?? Poderia ter algum policial militar ou civil ter perdido a vida,em troca de que??? De uns míseros trocados deixando familias destruidas !!! Pensem se vale a pena ??!!!!
Responder Sgt Bastos
outubro 5, 2011 às 1:16 pm
INFELIZMENTE ESSES FATOS OCORREM, AINDA BEM QUE NÃO DEU NENHUMA MORTE, CAROS POLICIAS VAMOS TER CUIDADO, COMIGO TAMBEM OCORREU UM FATO SEMELHANTE DESEJO MUITA SORTE NO SERVIÇOS DE VOCES QUE DEUS OS PROTEJAM…
Responder Everton
outubro 5, 2011 às 4:36 pm
Ambas as instituições não tem confiança uma na outra,juntando com a total falta de comunicação eis que temos este lamentável episódio.
Responder sem pec.......sem copa 2014.....
outubro 5, 2011 às 7:26 pm
esta operaçoes em outras areas deviam ser avisadas a bm local , tem sorte colocam seus apretechos pretos e saem igual a loucos…. e que niguem confia em ninguem….. como dizem eles sao todos suspeitos…..pobre policia……..
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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

reajuste emergencial da pm gaucha bm está pronto para votação.

Reajuste emergencial da Brigada Militar está pronto para votação.
Postado por abamfbm on outubro 3, 2011 in Geral, Todas notícias | 3 Comentarios
Vinte e uma matérias estão em condições de serem votadas em plenário nesta semana. Entre elas, está o projeto de lei (PL) 318 2011, do Poder Executivo, que dispõe sobre os vencimentos básicos das graduações da Brigada Militar. A matéria foi enviada em regime de urgência pelo governo do Estado e tem como prazo fatal o dia 25 de outubro de 2011, data a partir da qual, se não apreciada, passa a trancar a pauta de votações em plenário. A decisão sobre quais proposições serão votadas pela Assembleia Legislativa nesta semana será tomada nesta terça-feira (4), às 11h30, durante reunião de Líderes, na sala da Presidência.
PL 318 2011, dispõe sobre os vencimentos básicos das graduações da Brigada Militar e dá outras providências.



Agência de Notícias-AL

GOV DO ESTADO TARSO : SALARIO DOS POLICIAIS MILITARES DO RS ERA VERGONHOSO.

Tarso: O salário da Brigada era vergonhoso
Postado por abamfbm on outubro 3, 2011 in Geral, Todas notícias | 5 Comentarios
Em meio a protestos de servidores públicos por reajuste salarial e antes de uma reunião com os governadores dos Estados do Conselho de Desenvolvimento da Região Sul (Codesul) para reforçar a campanha pela partilha do petróleo, o governador Tarso Genro recebeu oSul21 na última quinta-feira (29). Na entrevista, ele avaliou os primeiro nove meses de governo no Rio Grande do Sul e defendeu a política de reajustes para o funcionalismo público.

“Desafio que alguém nos aponte quem teve uma política salarial melhor para os servidores do que o nosso governo, em nove meses. Aumento sempre superiores à inflação e início de uma recuperação dos salários dos professores e da segurança pública”, disse Tarso Genro.

Na conversa, o governador deu detalhes sobre as investigações sobre a autoria das ameaças com falsas bombas registradas nas últimas semanas do Estado, reafirmou o compromisso de pagar o piso nacional do magistério até o final de seu governo, defendeu o novo sistema de avaliação da educação, comentou a negociação da dívida dos Estados com a União e as perspectivas com a próxima visita da presidenta Dilma Rousseff, rebatendo as críticas da oposição de que o governo ainda não teria um rumo definido.

“Eles partem de uma visão de rumo do seu governo anterior, que era a visão tradicional do déficit zero, repreensão aos movimentos sociais, nenhuma relação com o governo federal e nenhum projeto de desenvolvimento. É normal que pra eles não tenha rumo, porque não é o rumo deles”, afirmou.




Sul21 – O seu governo completou nove meses. Neste período, a oposição tem dito que o governo ainda não tomou forma, que não se sabe qual é o rumo do governo. Qual é a cara do seu governo nesse período, quais foram os avanços conquistados e também as limitações?

Tarso Genro – É normal que a oposição entenda que nós não temos rumo. Eles partem do seu governo anterior, que era a visão tradicional do déficit zero, repreensão aos movimentos sociais, nenhuma relação com o governo federal e nenhum projeto de desenvolvimento. É normal que pra eles não tenha rumo, porque não é o rumo deles. Nestes nove meses, conseguimos encaminhar todas as questões estruturais do programa eleitoral. Primeiro, iniciamos uma recuperação salarial importante, de dois setores chave – a segurança pública e o magistério. Não tem precedente a recuperação que nós fizemos com nove meses de governo. Segundo, iniciamos um sistema de participação popular cidadã, que combina todas as formas de participação até agora e revigora o Rio Grande do Sul e o seu centro político, que é Porto Alegre, como a capital da democracia e da experimentação democrática na relação Estado-sociedade. Terceiro, reorganizamos o perfil político administrativo do Estado para desenvolver uma política de crescimento e desenvolvimento econômico. Quarto, organizamos um sistema de gestão que não tem precedentes no país, a nossa sala de gestão, a partir da secretaria geral. Quinto, desenvolvemos uma política externa, tirando o Estado de uma situação paroquial, fechada, atrasada – eu diria uma mistura de autarquismo com neoliberalismo que despontencializava o Rio Grande do Sul na sua relação com a economia global. E, finalmente, uma nova relação com o governo federal, que está nos permitindo deslocar recursos pra reorganizar a máquina pública, pagar melhor os servidores e manter uma taxa de investimentos, no mínimo dobrada, em relação ao governo anterior. Então, encaminhamos todas as questões estruturais. O movimento social é uma enorme contribuição com o governo. Um governo como o nosso tem que ter uma relação com o movimento social, às vezes de negociação, às vezes de tensão, mas sobretudo de acolhimento. E isso, fora dois ou três exageros, que são normais, é uma coisa enriquece o governo. Isso vai desde uma relação direta com o MTD, que é o movimento dos desempregados, até os setores mais democráticos do capital, que estão presentes no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), por exemplo. Estamos dando o nosso recado e passamos inclusive por alguns desgastes políticos, nessa reforma que fizemos das contribuições dos servidores para o seu fundo, que é um dinheiro para os servidores mesmo, para manter os seus direitos e suas aposentadorias, e com 1,5% para as RPVs. Mas esse desgaste é normal, natural e ele protege de uma parte os servidores e de outra a sociedade porque possibilita a contração desse empréstimo para investimentos.


Sul21 – O senhor defende a necessidade de reestruturar as finanças do Estado e a matriz salarial dos servidores. Agora, no entanto, o governo se vê negociando com as categorias separadamente e sofrendo pressões. Como o senhor avalia este momento do governo?

Tarso Genro – Nós temos uma estratégia orçamentária pro Estado. E ela está clara, só não vê quem não quer, como determinados próceres da oposição. Estamos utilizando o caixa do Tesouro e o orçamento público de recursos originários do Estado para reorganizar a máquina pública e pagar melhor os servidores. Estamos preenchendo as lacunas que terá o orçamento no que se refere a investimentos, com captação de recursos do Banco Mundial e do BNDES. E vamos aumentar muito a arrecadação no ano que vem, provavelmente em torno de 10%. Estamos pressionando também a cobrança da dívida pública. Então, existe uma estratégia. A estratégia do governo anterior era de déficit zero. A consequência foi o enfraquecimento das funções públicas do Estado, incompetência de gestão e falta de investimentos. Nós não estamos falando em déficit zero, estamos falando em manejo responsável do orçamento. Estamos captando recursos para investimentos e revalorizando as funções públicas. Isso não quer dizer que não haja tensões. Mas desafio que alguém nos aponte quem teve uma política salarial melhor para os servidores, em nove meses. Aumento sempre superior à inflação e início de uma recuperação dos salários dos professores e da segurança pública.

Sul21 – Mas os servidores de diferentes categorias seguem protestando.

Tarso Genro – Quando aparece na imprensa, e é natural que assim o seja, aparecem sempre as pessoas se mobilizando e pressionando. Mas têm pouco destaque os acordos que já fizemos com vários setores. Com a polícia, a procuradoria geral, os técnicos científicos, a Susepe, os brigadianos, os professores. O sucesso nas negociações é infinitamente maior que os atritos. Só que os atritos aparecem mais. Por que os servidores se mobilizam? Porque seus salários são ruins mesmo. O salário da Brigada era vergonhoso, era o último do país. Agora melhorou, já adquiriu uma posição relativamemente melhor no ranking nacional. Mesmo assim ainda é insuficiente. E nós pretendemos, ao longo desses três anos, ir melhorando substancialmente esses salários, dando aumentos sempre superiores à inflação. Ou igual, ou um pouco superior. Às categorias que são menos aquinhoadas, buscar um ganho real para ir melhorando seu padrão de consumo e seu padrão salarial.




Sul21 – O senhor diz que o governo vai repor a inflação dos altos salários e ir além para os menores. Parece uma política justa, mas as resistências corporativas são muito fortes.

Tarso Genro – Há resistências corporativas e resistências legitimas. Mas em relação a esses setores, nós temos que fazer um debate político que envolva a sociedade também, não somente os servidores. Nós demos 23,5% pros soldados, 18% pros sargentos e 10% pros tenentes da Brigada Militar. É óbvio que todos queriam um aumento linear e se mobilizam pra obter. Nós podemos dizer: “podemos dar 13% para todos”. Mas seria injusto. Nós não faríamos essas correções. Então nós temos que fazer esse debate político e há reações corporativas fortes. Não quer dizer que não sejam pretensões justas, mas são impossíveis de serem atendidas em conjunto, com aqueles servidores que têm a remuneração mais baixa do Estado.

Sul21 – Em relação aos protestos, que se desvirtuaram para ameaças, inclusive pessoas contra o senhor. O senhor acredita que foi um ato político?

Tarso Genro – Eu nunca disse que foi um ato político. Eu acho que a grande imprensa tratou com excessiva generosidade esse caso. Estou me referindo às queimas de pneus e a essas bombas fajutas, que eles colocaram para tentar aterrorizar a população.

Sul21 – “Eles”, quem?

Tarso Genro – Vou dizer agora, inclusive dando uma informação. Você trata com respeito e generosidade os movimentos sociais e os movimentos reivindicatórios de pessoas que botam a sua cara aberta, para reivindicar, isso é dever do governo. E é um dever, evidentemente, de toda a imprensa. O que eu percebi, na cobertura desses movimentos, é que a maior parte da imprensa referia sempre, tanto as bombas fajutas como as queimas de pneus, como movimento reivindicatório contra o governo. Isso é falso. Ontem (quarta-feira, 28) tive uma reunião no QG da Brigada com o pessoal da P2 e recebi todas as informações dos inquéritos rigorosos, das investigações corretas que estão sendo feitas. E é possível distinguir as coisas. Uma coisa é queima de pneus, de pessoas que apelaram para esse tipo de delito pra chamar a atenção, e vão responder. Outra coisa são as chamadas bombas fajutas. Isso está sendo feito por um grupo de marginais, de pessoas que, segundo essas investigações preliminares, têm passagem pela polícia, e que estão ou fora da Brigada Militar há algum tempo por razões de corrupção ou de cometimento de delitos, ou eventualmente estão sendo sindicadas por ações de corrupção. Eu lembro que disse há algum tempo, de uma maneira bem clara, que foi reproduzida de uma maneira não muito ampla: “Essas pessoas têm relação com o crime organizado, ou estão começando a ter”. E isso está confirmado. São investigações demoradas, que são feitas dentro do Estado de direito, têm o acompanhamento do Ministério Público. E a Brigada Militar vai apresentar isso devidamente. Isso não está na conta dos movimentos reivindicatórios. São ações criminosas, dentro de uma zona gris que mistura pessoas já criminosas com pessoas que estão entrando com ações criminosas, organizadas ou não.


Sul21 – São pessoas de dentro da Brigada ou com alguma relação?

Tarso Genro – Alguma relação há.

Sul21 – Não têm vínculo partidário?

Tarso Genro – As pessoas podem ter, ou não, vínculo partidário. Mas isso não é ação de partido. Quero deixar claro. As pessoas podem ter vínculo partidário, os mais estranhos até, mas não é ação de partido. Seja da oposição, seja do governo. São indivíduos criminosos. Essa é a sua motivação, não é outra. Não é a reivindicação e nem a relação política.

Sul21 – Voltando à questão dos salários, o senhor mantém a disposição de enviar ainda este ano o projeto de lei para reduzir o teto do funcionalismo ou há muita resistência?

Tarso Genro – A resistência é bem grande, mas a nossa convicção permanece. Vamos enviar esse projeto até o final do ano. Não podemos fazer tudo de maneira conjunta, porque pode parecer que é uma visão que pretende “tirar dos ricos pra dar para os pobres”. Pretendemos fazer todas as negociações e remeter o projeto, que será de um teto decente, sem violação de direito adquirido, mas que mudará muita previsibilidade pro futuro.



Sul21 – O senhor já disse reiteradas vezes que vai pagar o piso nacional do magistério e para a Brigada Militar. Qual é a expectativa? Por lei o piso do magistério já deveria ser cumprido.

Tarso Genro – Essa lei ainda não transitou em julgado. E a sua aplicabilidade carece de algum esclarecimento desse acórdão do Supremo Tribunal Federal, então o piso que nós temos é o que foi decretado pelo Ministério da Educação e que está sendo amplamente divulgado pelo Cpers. Nosso objetivo permanece. Já diminuímos a diferença do piso dos professores do Estado para o piso nacional de 62% para 51%. Ano que vem teremos mais um avanço. E queremos, no fim do quarto ano do governo, chegar ao piso nacional. Nós já colocamos no PPA recursos destinados a isso. Reduzimos as rubricas das demais secretarias e aumentamos significativamente três rubricas: saúde, educação e segurança. E o recurso mais volumoso pra educação é destinado a salários para evoluirmos em direção ao piso nacional.

Sul21 – Em relação ao sistema de avaliação do ensino que está sendo proposto, qual é a diferença em relação à pontuação dos professores por merecimento?

Tarso Genro – A diferença é que esse merecimento já existe, dentro do quadro atual. Só que é um merecimento fajuto. Ele não distingue a evolução de um nível para outro em função do real merecimento do professor. Ele conjuga uma série de fatores: avaliação comunitária participativa, qualificação do professor para cursos, evasão de alunos. É um conjunto de fatores que formam determinado peso para a evolução. Então, qual é a diferença entre mérito e meritocracia? A diferença é que a meritocracia é uma técnica de esgotamento de todas as forças do funcionário, ou de promoção da força intelectual e física, e aí depende dos critérios que as empresas utilizam, para satisfazer o mercado. O mérito não tem essa destinação. O mérito são critérios objetivos. No caso concreto, é compartilhada uma avaliação externa também, feita por universidades, pela comunidade, a auto-avaliação dos próprios professores e também dados objetivos. Quais são eles? A melhora concreta do ensino do aluno e o grau de evasão que a escola tem. É um conjunto de dados que compõe um determinado mérito. Isso, em última análise, é o cumprimento fiel do objetivo de um quadro de carreira que tem o mérito como um elemento central.


Sul21 – Gostaríamos de falar sobre a renegociação da dívida do Estado com a União e as mudanças nos critérios de incentivo fiscal. O Rio Grande do Sul cresceu pouco nos últimos anos e precisa recuperar vários setores da economia que estão deteriorados. Precisa mexer na dívida. Como se faz isso? O que está em andamento?

Tarso Genro – Em relação ao sistema de incentivos, nós vamos mudar completamente. O sistema de incentivo atual foi engendrado praticamente em busca daquela linha “traga-me uma multinacional e seremos felizes”. Pode ter tido sua validade relativa em um certo período, mas nossa concepção é outra. Entra a outorga de incentivos da questão territorial, onde a fábrica vai estar locada, compra de insumos e produtos locais para a produção da empresa que recebe incentivos, a agregação de novos patamares tecnológicos e a criação de empregos. Os incentivos integram uma visão do desenvolvimento econômico não espontaneísta, mas sim orientado pelo Estado estrategicamente. E isso foi discutido pelo CDES, pelos agentes econômicos, sindicatos, todos estão participando desta discussão. Os projetos estão prontos e irão ainda nesta semana para a Assembléia Legislativa. A questão da dívida do Estado, bem, aí existe uma dupla negociação. Uma negociação de uma política geral da União, de como tratar a dívida de todos os Estados. E existe uma negociação de uma questão particular, que é a dívida da União conosco. Que é essa dívida da CEEE, um processo que já transitou em julgado e que estamos aferindo os valores passíveis de serem repassados.

Sul21 – Isso pode ser usado no abate do estoque da dívida.

Tarso Genro – Nós não estamos nesse período. Aliás, da nossa parte nós queremos que seja tratado em separado. Porque a política geral da União com os Estados ela vai nos abarcar independentemente de qualquer coisa. E essa dívida é uma dívida particular que favorece o Estado e que terá grande importância na nossa capacidade de investimento. É provável que ainda durante o mês de outubro nós resolvamos essa questão.



Sul21 – É uma das expectativas na próxima visita da presidenta Dilma Rousseff?

Tarso Genro – Não, a presidenta vem tratar da questão do metrô e da implementação desse plano contra a miséria, que aqui tem o nome de “RS Mais Igual”. São duas questões muito importantes para o Estado, nas quais o governo tem um papel importante na aplicação desse programa e também nos investimentos que serão feitos pro metrô.

Sul21 – Na condição de ex-ministro da Justiça, como o senhor se posiciona neste debate sobre o controle do judiciário, a partir da tentativa de diminuir o poder de fiscalização do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da declaração da ministra Eliana Calmon, de que existem “bandidos de toga”?

Tarso Genro – A relação com o Judiciário é sempre tensa, porque o chefe do Executivo tem que saber que quem decide todas as controvérsias jurídicas é o próprio Judiciário. E ninguém decide sobre o Judiciário. Então isso gera um certo desequilíbrio na relação entre os poderes, e uma cautela que os demais poderes têm que ter na relação com o poder Judiciário. Essa questão da ministra Eliana Calmon é pontual. Ela não fez uma acusação genérica, na minha opinião. Ela disse uma coisa que percorre todas as instituições, que todas elas têm problemas em comportamento ético e legal de seus membros e isso está sendo superestimado. Não teve ela, na minha opinião, a intenção de ofender o poder judiciário como um conjunto e nem generalizar essa observação.

Sul21 – O senhor concorda que o CNJ tem papel importante para combater a impunidade no Judiciário?

Tarso Genro – O CNJ tem um papel muito importante e tem cumprido funções muito relevantes. Deveria ser mantido esse poder que eles vêm desempenhado até agora.

Sul21 – Nas eleições municipais de Porto Alegre, o discurso do PT tem sido o de defender a candidatura própria, mas levando em conta a aliança estadual e nacional. Há dois nomes colocados, o do prefeito José Fortunati (PDT) e o da deputada Manuela D’Ávila (PCdoB). A candidatura própria seria uma forma de o PT não se indispor com essas duas forças que dão sustentação para o seu governo?

Tarso Genro – Eu defendo internamente que a nossa estratégia deva ser ter um candidato e sentar na mesa com nossos aliados preferenciais, para ver qual é a melhor possibilidade. Nós somos o maior partido do Estado, governamos o Estado, temos uma experiência de gestão pública na prefeitura de Porto Alegre. Nós devemos sim escolher o nosso candidato, o mais breve possível. E dizer principalmente ao PSB e ao PCdoB que sentem conosco e construir a unidade da esquerda. Quanto à hipótese do Fortunati, ela me parece cada vez mais distante. Não pelo Fortunati como pessoa ou quadro político e nem pelo PDT, que é nosso aliado aqui no governo, mas é que o Fortunati já definiu como aliados preferenciais os nossos adversários estratégicos no Estado. Que são PSDB e PMDB, que aqui são aliados do déficit zero, da Yeda e da direita conservadora que criou o caldo de cultura do antipetismo, que felizmente já foi derrotado.




Benedito Tadeu César, Daniel Cassol e Rachel Duarte

Sul21
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domingo, 2 de outubro de 2011

FISSURA ABERTA EM 50 DIAS DE PROTESTOS

Fissuras abertas em 50 dias de protestos
Postado por abamfbm on outubro 2, 2011 in Geral, Todas notícias | 4 Comentarios
Exatos 50 dias depois de começar a mais acintosa onda de rebeldia na história da Brigada Militar, o governador Tarso Genro perdeu a paciência. Na sexta-feira, 23 de setembro, os protestos por melhores salários viraram ato de terrorismo com ameaça a bomba ao governador e a familiares. Furioso, Tarso determinou a renovação do perfil do serviço secreto da BM. Há quem diga que isso, a longo prazo, custará o cargo ao comandante-geral, Sérgio Roberto de Abreu. A não ser que ele apresente os responsáveis pelos mais de 70 protestos iniciados com queima de pneus que chamuscaram a imagem da BM e culminaram com a ameaça ao chefe do Executivo
A relação do comando da Brigada Militar com o Palácio Piratini e a Secretaria da Segurança Pública vem sofrendo arranhões desde 4 de agosto, quando se iniciaram as manifestações mais radicais no Estado. Outros casos foram se sucedendo pelo Interior, mas tratados como isolados. A orientação era para cada batalhão apurar o ocorrido na sua área. E havia o entendimento de que os autores poderiam ser de fora da BM, e a competência de investigação, também.

A BM tinha obrigação de sufocá-los para evitar que chegassem a Porto Alegre. Não conseguiu. Na madrugada de 1º de setembro, uma cortina de fumaça na Avenida Mauá fechou a entrada da Capital. O Piratini exigiu providências. O comandante da Brigada Militar, Sérgio Abreu, foi acordado no meio da noite e a estratégia de ação foi alterada. A Corregedoria-geral abriu inquérito para apurar o episódio e as possíveis conexões com os casos do Interior. Foi criada uma força-tarefa com cerca de 15 oficiais de elite da tropa.

No Piratini, o núcleo de gestão, integrado por Tarso, pelo vice-governador, Beto Grill, por secretários e por assessores mais próximos chegou a ter quatro reuniões em uma mesma semana para tratar do tema. Mas não se via reflexo das tratativas nas ruas, onde a ousadia dos PMs seguia deixando sua marca. O Piratini avaliava que a situação podia piorar.

As críticas se multiplicavam. Em duas reuniões com a Casa Civil, deputados da base aliada alertaram que a percepção “lá fora” era de que a BM fazia “corpo mole” e estava “vacilando”. Pediram uma reação mais forte.

O governador designou membros do núcleo do governo para monitorarem os efeitos que os protestos alcançavam na população e na tropa. A leitura foi de que seria pior apostar na repressão antes de contentar as tropas. Poderiam construir mártires, gerando um sentimento de solidariedade dentro dos quartéis, legitimando os atos de rebeldia. Até o motim dos bombeiros no Rio de Janeiro, em junho, foi evocado. Avaliaram que o governador Sérgio Cabral teria ficado isolado ao reprimir a rebelião, permitindo que se confundisse com as reivindicações legítimas dos bombeiros.

A BM mandou reforçar o patrulhamento noturno nas grandes cidades, mas as ações não tiveram efeito imediato para estancar a rebeldia. Os protestos subiram em direção à Praça da Matriz. O primeiro foi em forma de falsa bomba na madrugada de 15 de setembro. Ao amanhecer, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, passou três horas ao redor de uma mesa com representantes de soldados, sargentos e tenentes. A orientação do governo era “encerrar o assunto”.

R$ 91, a senha para o acordo

Os PMs demonstravam dificuldade em assimilar a proposta de incorporar, ao longo de três anos nos vencimentos, R$ 300 de abono da oferta inicial. Todos faziam contas, inclusive os PMs. O último lance veio de improviso. Pestana rabiscou uma ideia: em vez de R$ 300 de abono, R$ 91 de acréscimo no salário básico de todos os PMs de nível médio. Para um soldado, os R$ 91 equivalem a 23% de aumento. Bingo. Os PMs de ambas associações balançaram. Admitiram que desde o governo Jair Soares não havia avanço na mesma proporção.

Mas quanto maior o salário, menor o percentual que os R$ 91 representam e, ao longo daquela semana, o governo recebeu indicativos de que sargentos e tenentes – que ganham mais – rejeitariam a proposta.

Na quinta-feira, 22 de setembro, com a aceitação dos soldados à proposta, houve comemoração no governo. A base estava contemplada. Mesmo sem fechar com sargentos e tenentes, o clima era de alívio, já que essa categoria não teria poder de fogo para abalar a corporação. Às 18h daquele dia, o presidente da Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes, Aparício Santellano – que não havia participado das negociações anteriores porque se recuperava de uma cirurgia –, mantém um diálogo tenso com o primeiro escalão. Em vez dos R$ 91, afirma que a categoria só aceitará um reajuste de 23% para todos servidores de nível médio da BM.

– É tudo ou nada – insistiu.

– Se é tudo ou nada, sinto muito, então é nada. Vamos mandar o projeto para a Assembleia assim mesmo – rebateu Pestana.

– O governo deveria pensar bem no que está fazendo. Não sei o que pode acontecer daqui para frente – ameaçou Santellano, que diz não se recordar bem se chegou a falar que as portas do inferno iriam se abrir (como testemunhas relatam).

Ao amanhecer de sexta-feira, 23 de setembro, um novo artefato foi encontrado na Rua Fernando Machado, no quarteirão atrás do Piratini, desta vez, com material explosivo e com ameaça escrita a Tarso e familiares. Logo em seguida, reunido com o secretário da Segurança Pública, Airton Michels, o coronel Sérgio e Pestana, Tarso classificou o episódio como “inadmissível”. Mais tarde, perante outros subordinados, pediu que não se “dramatizasse” o episódio.

– Alguns membros da equipe ficaram mais tensos do que o governador – conta um integrante do primeiro escalão.

PM2, alvo de desconfiança

Na terça-feira, Tarso criticou publicamente os aparatos de inteligência da BM. A PM2, como é conhecida, é peça-chave na engrenagem do comando. É o setor mais bem informado – ou deveria ser –, com a missão de antever problemas e evitar surpresas desagradáveis à BM e ao governo.

Mas a PM2, que infiltra com sucesso agentes para investigar crime organizado e movimentos grevistas e sociais, foi incapaz de alertar para uma crise nascida dentro dos quartéis. Quem reconheceu isso foi Tarso, ao cogitar um possível corporativismo.

Grande parte da tropa interpretou as palavras do governador como ordem clara para substituir o major Alberi Rodrigues Barbosa na chefia da PM2. A crítica de Tarso também soou como um alerta para mudanças em postos mais acima. Embora prestigiado pela lealdade e afinidade com o PT e pelo conhecimento científico e intelectual (Sérgio é professor universitário), o comandante-geral enfrenta o desgaste de estar à frente da tropa em um momento singular e também por não reagir com a agilidade esperada.

Além disso, existem as pressões naturais sobre aquele que está no comando-geral. A cadeira é cobiçada por outros 30 coronéis. E parte deles tem aproveitado a crise para lançar candidatura. Um oficial fez chegar a Tarso a informação de que, se fosse comandante, em uma semana os autores dos protestos estariam presos. E tem gente na SSP que acredita nisso.

– Em uma semana não digo, mas, quem sabe em duas… – comentou um graduado oficial ligado a SSP.

Mas nem seus desafetos apontam Sérgio como responsável isolado pelos erros da PM2. O setor vem sofrendo um desmonte nos últimos anos por conta da falta de pessoal. Já teve 150 homens e hoje conta com cerca da metade disso para acompanhar assuntos de interesse em todo o Estado. Além disso, a concepção de trabalho da PM2 vem sofrendo uma mudança de foco, voltado mais para o levantamento de informação, sem uma visão mais abrangente sobre crime e sem sugerir soluções.

Na quarta-feira, em almoço na Assembleia com deputados do PT, Michels ouviu de um petista a sugestão de afastar a PM2 das investigações. A ideia seria passar o caso para as mãos da Polícia Civil, que só tem investigado os casos fora da Capital.

Michels manteve a BM no caso.

– Confio na BM. Eles vão resolver o problema – teria justificado.

Duas dezenas de suspeitos

À noite, Tarso desceu até a Rua dos Andradas e passou quase duas horas no quartel-general da BM com Sérgio e oficiais da cúpula. Acompanhado de Michels e outros assessores, o governador ouviu uma exposição sobre o andamento da investigação. O resultado foi a menção a duas dezenas de suspeitos – em 26 inquéritos –, cinco deles soldados e sargentos da BM.

A discussão em torno da política salarial ganhou contornos de solução, mas a chaga aberta pela crise dos 50 dias ficou. Integrantes do governo têm dificuldade para falar sobre a demora que houve na resposta aos atos de rebeldia. Há quem avalie que a letargia se deu porque seguem em postos chaves oficiais ligados a governos anteriores, especialmente ao de Yeda Crusius (2007 a 2010), do PSDB.

– Essas pessoas prejudicam a capacidade de avaliação do que está ocorrendo e de dar resposta no tempo certo – diz um integrante do governo.

Sem endossar o coro de avaliações negativas a respeito do comandante-geral, o secretário Michels defende o trabalho feito até agora pelo coronel.

– Não se pode confundir tranquilidade e inteligência com inoperância. O comandante tem trabalhado, e os resultados virão. Não é fácil quando não se tem flagrantes – garante Michels.

– Mesmo que tenha havido demora, não se questionou a permanência do coronel Sérgio. É preciso também entender que a negociação se arrastou mais do que o governo esperava – avalia o coordenador executivo da Assessoria Superior do governador, João Victor Domingues.

Nos bastidores do Executivo, no entanto, a atuação do comando da BM e da Casa Militar, responsável direta pela segurança do governador e de seus familiares, sofre críticas. Como ameaças chegaram tão perto do gabinete de Tarso sem que a inteligência da Casa Militar conseguisse prever ou agir para identificar responsáveis? Depois da bomba, o governo teria se mobilizado para tentar retomar as rédeas da situação e fechar a ferida aberta com pneus queimados, bombas e ameaças.

ADRIANA IRION, JOSÉ LUÍS COSTA E VIVIAN EICHLER

Multimídia
■A escalada dos protestos
Grampo identificou PMs suspeitos

As investigações da BM apontam para duas dezenas de suspeitos com participação nos protestos por questões salariais ou por interesse político, incluindo a intenção de desmoralizar o governo.

Desse grupo, em torno de cinco são soldados e sargentos da ativa da BM. Eles fariam parte do núcleo central das manifestações, são da mesma cidade da Região Metropolitana, e seriam responsáveis diretos pela bomba acompanhada de ameaça escrita ao governador e a familiares de Tarso. Esses PMs têm históricos de mal comportamento, são alvos de inquéritos e sindicâncias por suspeitas de participações em crimes, e estariam em vias de serem expulsos da corporação.

– Eles não têm mais nada a perder e agiram sem aprovação da maioria da tropa – garante um oficial que integra a força-tarefa.

A identificação dos PMs foi possível com a quebra de sigilo telefônico. A BM solicitou às operadoras a relação dos celulares usados nas imediações dos locais e nos horários dos incêndios de pneus.

ZERO HORA
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4 Responses
Ronaldo Edson Buss
outubro 2, 2011 às 2:01 pm
Isto tudo é resultado do descaso de todos os governos anteriores que brincaram com a Segurança relegando-a a segundo plano ! Vejam se eles saíram perdendo, claro que não, pois enbolsaram a polpuda remuneração pós mandado, e a sociedade e seus sucessores que colheam os maus frutos de suas pésimas gestões !
Responder Ronaldo Edson Buss
outubro 2, 2011 às 2:03 pm
Errata:

…….colheram os maus frutos de suas péssimas gestões !

Responder Ivonir Dornelles
outubro 2, 2011 às 4:12 pm
O Sr governador está achando que a guarda foi baixada por acreditar ter encontrado os lideres do movimento. Então Sr governador, enganou-se, estes que o Sr encontrou são apenas oportunistas, mas vou lhe dizer quais são ou melhor quem é o verdadeiro líder dessa mobilização, já que o senhor não consegue enxergar, o verdadeiro líder dessa mobilização é a INDIGNAÇÃO de quize anos de desconsideração dos governos com os praças da BM. E essa INDIGNAÇÃO não haverá comando que a sufoque, uma vez quê é individual, e age diretamente no intimo e no animo de cada praça do nivel médio. Quer acabar com esse movimento, DIGNIDADE SALARIAL PARA OS BAIXOS SALÁRIOS. Os grandes movimentos classistas tiveram inicio com o Ex-sindicalista, ex- Pres. Lula no ABC Paulista, a greve no transporte coletivo de Porto Alegre, foi liderada pelo ex-sindicalista, ex-prefeito ex-governador, Olívio Dutra, o PT foi a maior escola de protestos que este Pais já conheceu, hoje estão na situação e em respeito aos ideais partidários devem apoiar as classes menos favorecidas e que clamam pela valorização e dignidade salarial. ESTÁ É A ESCOLA BRIGADIANA, falta outros na lista….
Responder PM E SEUS FILHOS E MULHER COM FOME
outubro 2, 2011 às 4:20 pm
é palhaçada éssa brigada tem que assumir tudo é a guarda municipal
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