TRANS. DO PROGRAMA ENTARDECER NA FRONTEIRA DIRETO PECUARIA EM 19/11/2009

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ALDO VARGAS

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A BANDEIRA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, TE AMO MEU RIO GRANDE

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sábado, 3 de setembro de 2011

PMS REÚNEM-SE EM SALVADOR PARA DISCUTIR A PEC 300

PMs reúnem-se em Salvador para discutir PEC 300
Postado por abamfbm on setembro 2, 2011 in Geral | 0 Comentario
Policiais e bombeiros discutirão estratégias para retomar a pressão sobre a Câmara para que retome a votação da proposta que estabelece um piso nacional para as categorias
Foi no início do ano passado que a Câmara dos Deputados aprovou a PEC 300 em primeiro turno. De lá para cá, no entanto, mais nenhuma outra medida foi tomada pelos deputados, nem contra nem a favor da proposta de emenda constitucional que estabelece um piso nacional para os policiais militares e bombeiros, no nível do que eles recebem no Distrito Federal.
Para discutir uma forma de pressionar o Congresso a dar uma resposta sobre a PEC, a Associação de Praças da Polícia Militar da Bahia faz hoje (2) e amanhã (3) um encontro nacional em Salvador. Como tem forte impacto orçamentário tanto para o governo federal quanto para os governos estaduais, há uma forte pressão para evitar a aprovaão da PEC, por isso a orientação tem sido evitar a continuação da sua tramitação.
A votação em primeiro turno foi, em grande parte, resultado da pressão que os policiais e bombeiros fizeram na época, ocupando grandes espaços nos corredores e nas galerias da Câmara. O que os PMs pretendem discutir agora em Salvador são novas estratégias para retomar essa pressão. “Será mais um evento para cobrar e defender essa bandeira, fundamental para a segurança pública na Bahia e no país”, afirmou o presidente da associação, Aguinaldo Pinto de Souza. Também está presente o presidente nacional dos Cabos e Soldados, Soldado Leonel Lucas.
Mais de 50 entidades ligadas aos policiais e bombeiros confirmaram presença no evento, que contará nesta sexta-feira com uma palestra do líder do Democratas na Câmara, deputado ACM Neto (DEM), que tem cobrado da base governista a aprovação da PEC.
Por Rudolfo Lago do Congresso em Foco
Site Capitão Assumção

BONECO PM É COLOCADO DE JOELHOS EM FRENTE Á IMAGEM DE CARVAGGIO

Boneco PM é colocado de joelhos em frente à imagem de Caravaggio
Postado por abamfbm on setembro 3, 2011 in Geral, Todas notícias | 0 Comentario
Protesto pacífico, na RSC-453, em Farroupilha pede reajuste salarial para policiais militares gaúchos
Na manhã deste sábado, um boneco vestido com farda oficial da Brigada Militar chamou a atenção de quem passava pelo monumento a Nossa Senhora de Caravaggio, na RSC-453, em Farroupilha. De joelhos, em frente à imagem da santa padroeira, o boneco parecia estar a espera de um milagre, no caso, uma negociação favorável aos policiais militares com o governo do Estado em busca de melhor remuneração.

A categoria quer um calendário de reajustes para 2011, 2012, 2013 e 2014. O oferecido pelo governo foi de 11,5%, sendo que mais da metade do percentual (6,32%) foi concedida em março. O governo promete mais 4,65% em outubro e aplicar o mesmo índice, outra vez, em março de 2012. Os policiais querem um calendário de reajustes até 2014.

Entre o boneco e a imagem da santa uma faixa foi estendida com os dizeres: Bem-vindo a Farroupilha, terra do Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio. Sua segurança está garantida por policiais militares que ganham o pior salário do Brasil

Até o início da manhã, ninguém havia assumido a autoria do criativo protesto.



Fonte: Leouve.com

ONDA DE PROTESTO DE PMS CONTA COM ALIADOS NO PT E POLICIAIS QUE SERVIRAM NA CASA MILITAR.

Onda de protestos de PMs conta com aliados no PT e policiais que serviram na Casa Militar e Piratini
Postado por abamfbm on setembro 3, 2011 in Seg. Pública, Todas notícias | 0 Comentario
Fogo amigo contra o governo

Pelo menos duas correntes ideológicas antagônicas estão por trás da maior onda de protestos já promovida por policiais militares no Estado. ZH apurou que simpatizantes e adversários do atual governo comungam práticas incendiárias que fragilizam a hierarquia militar e desafiam as autoridades.

Novo Hamburgo, 5h10min de sexta-feira. Antes do amanhecer, bombeiros tentam apagar mais uma das fogueiras de pneus acesa por policiais militares em protesto por melhores salários. Mas este incêndio tem um tom diferente. Acima do fogo, pendurada entre dois postes, está a faixa “CUT e MST apoiam movimento dos PMs”. Era tudo o que o governo Tarso Genro temia: fogo amigo na trincheira.

Além de ser alimentada por adversários de sempre, a onda de contestações, a maior já vivenciada em mais de 170 anos de Brigada Militar, conta com apoio de tradicionais aliados do PT, alguns dos quais sindicalistas e integrantes de movimentos sociais. A novidade é que estariam agora protestando contra um governo a que deram suporte para se eleger.

A informação foi confirmada a Zero Hora por dois oficiais ligados ao comando da BM, que admitiram também outras novidades relacionadas ao fogo amigo. O serviço reservado, a PM2, identificou dois PMs que teriam ajudado a atear fogo em pneus na sexta-feira, um em Porto Alegre e outro em Alvorada. O que atuou na Capital foi ligado à Casa Militar, ainda durante o governo Tarso Genro. O outro serviu no Palácio Piratini no governo Olívio Dutra. Trata-se do segundo-sargento da reserva da BM João Carlos dos Santos, o Lilica, filiado ao PT e ex-candidato a vereador em Alvorada. Santos revelou a ZH que protestou em Alvorada, Viamão e Gravataí.

– A Abamf (associação que representa policiais) começou os protestos, mas perdeu o controle – disse Santos, em entrevista (ver na página ao lado).

Os agentes do serviço secreto da BM não sabem se Santos e o outro militar, simpatizantes de partidos de esquerda, agiram por conta própria ou se é uma ação coordenada de setores políticos que eram aliados e hoje estão descontentes com a posição do governador na questão salarial.

– É uma reivindicação por melhores salários – afirma Santos.

ZH ouviu uma dezena de PMs e integrantes da cúpula da Segurança Pública. Além de militares de esquerda, como o próprio Santos, aliados de movimentos como MST e CUT, alguns descontentes com a perda de funções gratificadas no atual governo, e de sindicalistas ligados à Abamf, haveria um terceiro grupo. Seriam policiais politicamente conservadores, coordenados por um oficial ligado ao PMDB (partido de oposição ao governo Tarso), e teriam se organizado, pela primeira vez, em núcleos espalhados pelo território gaúcho. É o caso das regiões das Missões, Metropolitana, Litoral Norte e Santa Maria.

Em uma cidade do Interior, os insurgentes estariam recebendo ordem de um antigo oficial que pretenderia usar as estradas em chamas como passarela para a carreira política. E mais: com conhecimento dentro da tropa, ele não teria dificuldades em se manter imune a punições. Afinal, está “lutando” para que o governo abra mão e aumente o salário dos PMs.

Dentro do governo, há um consenso, como revela um quadro político lotado na Secretaria de Segurança Pública:

– Ao convocar PMs para bloquear estradas, associações de classe uniram a extrema esquerda, o lumpesinato sindical e a direita contra o governo.

> Em mapa, veja os locais do Rio Grande do Sul onde já houve protestos

humberto.trezzi@zerohora.com.br
joseluis.costa@zerohora.com.br

HUMBERTO TREZZI E JOSÉ LUÍS COSTA

As raízes dos protestos
POR QUE PMS QUEIMAM PNEUS EM RODOVIAS
Os atos de vandalismo, em parte, são reflexos de um antigo sentimento de abandono, de soldado a coronel, que aflorou agora, insuflado pelo jogo político:
- A Brigada Militar é considerada uma das melhores polícias do Brasil, mas seus soldados têm o menor salário do país, com básico de R$ 1.246,91
- Oficiais pleiteiam há décadas o reconhecimento como integrantes do quadro das carreiras jurídicas do Estado. O salário básico de um capitão da BM, com formação em Direito, é de R$ 4.780,83, enquanto o ganho inicial de um procurador do Estado, por exemplo, é de R$ 16.119,10
- Além do vencimento equivaler a 30% do de um procurador, o capitão também ganha menos que um delegado de primeira classe da Polícia Civil, cujo salário é de R$ 7.094,98
- A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 300, que estabelece um piso nacional para PMs, está engavetada em Brasília, enquanto iniciativa semelhante para professores já foi aprovada
- Como forma de protesto por melhores salários, pessoas ligadas à Associação Beneficente Antonio Mendes Filho (Abamf) começaram a queimar pneus em rodovias
- No dia 26, após encontro com representantes do governo, o presidente da Abamf, Leonel Lucas, anuncia uma trégua. Mesmo assim, os protestos continuam
POR QUE RODOVIAS SEGUEM EM CHAMAS
Há pelo menos duas hipóteses:

FOGO AMIGO
- Insatisfeitos com a perda de espaço junto ao governo do Estado, um grupo de PMs ligado ao PT e a movimentos sociais como MST estariam dando continuidade aos protestos. O serviço reservado da BM identificou dois soldados que teriam ajudado a atear fogo em pneus na sexta-feira, um em Porto Alegre e outro em Alvorada. O que atuou na Capital foi ligado à Casa Militar, ainda durante o governo Tarso Genro. O outro serviu no Palácio Piratini durante o governo Olívio Dutra e foi canditado a vereador pelo PT
OPOSITORES POLÍTICOS
- Politicamente conservador, seria coordenado por um oficial ligado a partido de oposição ao governo Tarso Genro, o PMDB – e teria se organizado, pela primeira vez na história, em núcleos espalhados por todo o território gaúcho
- É o caso das regiões das Missões, Metropolitana, Litoral Norte e Santa Maria. Além da motivação política, eles questionam, por exemplo, o fato de um coronel com 30 anos de serviço, caso siga trabalhando, continuar com o mesmo salário. O delegado da Polícia Civil, se permanecer na ativa, tem adicional de 35% no contracheque
O QUE ALIMENTA OS PROTESTOS
Independentemente de quem esteja por trás das manifestações, os protestos contam com apoio velado de praças e oficiais:
- Desgaste no entrosamento e na afinidade entre PMs e superiores nos quartéis, porque oficiais não podem sugerir aumentos salariais e não decidem promoções de posto
- Em solidariedade aos praças por causa dos baixos salários, alguns oficiais estariam fazendo vistas grossas aos protestos, o que dificultaria a identificação dos autores
- Procedimentos mais burocráticos para punir praças por conta de flexibilizações no regulamento disciplinar mais flexível
- Maior dificuldade para punir PMs na reserva
- Interesses em cargo público e eleitoral de PMs que se afastam da BM, mas seguem com influência sobre a tropa

ENTREVISTA

“Tem tenente e capitão queimando pneus”

João Carlos dos Santos, segundo-sargento da reserva da BM
Segundo-sargento da reserva, João Carlos dos Santos, 47 anos, morador de Alvorada, é o primeiro brigadiano a admitir participação na queima de pneus. Na noite de sexta-feira, Santos – filiado ao PT e conhecido por Lilica – revelou que os protestos contam com a participação de integrantes de partidos simpáticos ao governo como PT, PC do B e PSB e gozam de apoio de parte do oficialato:

Zero Hora – A Brigada Militar identificou o senhor como um dos participantes da queima de pneus em Alvorada. Por que o senhor participa dos protestos?

João Carlos dos Santos – É uma reivindicação justa dos policiais que estão na ativa. Por que não posso participar se sou um policial militar?

ZH – O senhor está participando com a Abamf?

Santos – Não. Eu participei com os policiais militares, e vou continuar.

ZH – Além do senhor, que é do PT, tem alguém ligado ao partido?

Santos – Eu não fiz essa manifestação enquanto partido político. Estou fazendo enquanto servidor público da segurança.

ZH – A única informação oficial que se tinha eram os protestos organizados pela Abamf. Se não é a Abamf, quem está organizando essas queimas de pneus?

Santos – A Abamf perdeu o controle do movimento. Os policiais perceberam que essa é a única forma de protestar. Os policiais estão tão revoltados que têm muitos oficiais de comando apoiando. Não tem nada a ver com a Abamf. São os próprios policiais militares, descontentes, que estão fazendo isso.

ZH – O grupo que queimou pneus em Alvorada realizou protestos em outros municípios?

Santos – Sim, a gente protestou em outras cidades como Viamão, Gravataí e Cachoeirinha.

ZH – A gente quem?

Santos – Policiais militares.

ZH – Mas policiais militares organizados por quem?

Santos – A gente entra em contato com o pessoal de Viamão, de Canoas, de Cachoeirinha. Fizemos uma rede à espera de uma solução do governo.

ZH – Solução para o quê se vocês não estão negociando?

Santos – Quem está negociando é a Abamf.

ZH – Não é estranho a Abamf anunciar que parou com os protestos e vocês continuarem?

Santos – A Abamf diz que parou, mas cadê a solução? O governo do Estado quer negociar, mas negociar o quê?

ZH – Além do senhor, que é ligado ao PT, há outros integrantes de partidos políticos?

Santos – Tem pessoal do PMDB, em Alvorada, do PSDB, do PCdoB, do PSB, PDT.

ZH – Este grupo tem um nome?

Santos – Não. É um grupo que quer melhoria salarial.

ZH – Tem PM da ativa nos protestos?

Santos – A maioria, 95%, é da ativa. O pessoal percebeu que a única forma de fazer alguma coisa é protestar. A Abamf começou, mas perdeu o controle.

ZH – E oficiais da ativa?

Santos – Tem sim. A maioria dos oficiais das unidades é favorável. Para tu teres ideia: com toda esta correria em Alvorada (com queima de pneus), o pessoal ligou para o 190 da BM. Por que a viatura demorou a chegar se tem oficial de serviço?

ZH – Mas têm oficiais queimando pneus?

Santos – Tem tenente e capitão.

ZH – O senhor participou de quantos protestos?

Santos – De três: em Alvorada, Viamão e Gravataí.

ZH – Onde o pessoal consegue pneus para queimar?

Santos – Nas borracharias. Se tu fores no Jardim Algarve hoje (sexta-feira), por exemplo, vais encontrar uma pilha de pneus.

ZH – A BM já procurou o senhor?

Santos – Ainda não. Eu não sou o mentor dos protestos.

ZH – O senhor continua filiado ao PT? Qual o grupo político do senhor dentro do PT?

Santos – Sim. Sou olivista. Sou um gay assumido, casado com uma lésbica, e o ex-governador Olívio Dutra foi meu padrinho de casamento. Como o pessoal do PDT, que é brizolista, eu sou olivista.

ZH – O senhor falou com o ex-governador Olívio Dutra sobre os protestos?

Santos – Não. Faz tempo que não converso com o ex-governador.

carlos.etchichury@zerohora.com.br

CARLOS ETCHICHURY
ENTREVISTA

“A impunidade favorece a indisciplina”

José Vicente da Silva Filho, consultor de segurança e coronel da reserva da PM de São Paulo
José Vicente da Silva Filho foi policial militar em São Paulo durante 30 anos, respondeu pelo planejamento da Secretaria de Segurança paulista de 1995 a 1997, ocupou o cargo de secretário Nacional de Segurança Pública em 2002 e é hoje um dos mais conceituados pesquisadores da área. Com a experiência acumulada ao longo de quase 50 anos, ele fala a ZH sobre os protestos:

Zero Hora – Os protestos que têm ocorrido no Estado, com interrupção de rodovias e queima de pneus, geram algum risco institucional para a Brigada Militar?

José Vicente da Silva – Certamente geram risco. A nossa experiência mostra que as cicatrizes de um evento desse tipo, se ele for mal cuidado, podem perdurar por 10 anos. Por isso, é preciso agir simultaneamente em duas frentes. Primeiro, a indisciplina não pode ser tolerada. Manifestação de policial militar não pode desandar para indisciplina, porque desmoraliza aquilo que rege a estrutura militar. A intolerância em relação a essas manifestações precisa ser externada com clareza. É necessário tomar medidas radicais, de demissão. A outra coisa a fazer é negociar apenas com entidades formais, nunca com lideranças espúrias.

ZH – Por que a indisciplina representada por esses protestos é grave?

Silva – A estrutura policial é a única de que o Estado dispõe para momentos de crise. A organização que você tem na mão jamais pode dizer não.

ZH – O senhor afirmou que as consequências de um conflito como o atual podem perdurar por uma década. Que consequências seriam essas?

Silva – São várias, especialmente a quebra de confiança e de liderança dentro da organização. O problema sério que costuma se verificar nessas quebras de hierarquia é que elas revelam a existência de uma falha na liderança natural dos oficiais. Em 2001, fui contratado para analisar a situação da PM da Bahia, que havia passado por greves, e percebi que havia um distanciamento gravíssimo dos oficiais em relação à tropa. A baixa hierarquia não estava convivendo com os oficiais e acabava seguindo lideranças espúrias, que pregavam a indisciplina. Verifiquei que isso ocorre em todo o país.

ZH – Esse distanciamento de que o senhor fala é no convívio diário ou tem a ver com as diferenças salariais entre oficiais e praças?

Silva – São as duas coisas. Na PM de São Paulo, à qual estou vinculado desde 1963, não se imagina um protesto como esses do Rio Grande do Sul. A PM paulista nunca aceitou um aumento salarial diferenciado para oficiais em relação aos praças, mesmo quando o governo ofereceu.

ZH – O problema do convívio diário se revela como?

Silva – O que mais me preocupou na Bahia foi o tratamento desrespeitoso dos oficiais com os praças. Havia punições exageradas, ofensas, xingamentos e ações disciplinares não previstas, como escalar o policial para serviço extra ou retirar a sua folga, que é um direito constitucional.

ZH – Isso vale só para a Bahia? As manifestações de PMs no Rio Grande do Sul revelam a existência desses problemas na liderança?


Silva – Quando ocorre uma crise como esta, com certeza tem um forte problema de liderança entre oficiais e praças. Certamente houve falha da liderança. E o principal equívoco de liderança são os atos de desrespeito. Quando uma liderança é reconhecida, manifestações como essas da Brigada Militar não acontecem. Quando há liderança, antes que um grupo decida fechar uma rodovia, antes que o problema aconteça, o oficial já detectou e neutralizou. Napoleão já dizia que você pode ser derrotado, mas não pode ser surpreendido.

ZH – Isso vale mesmo em um cenário no qual a Brigada Militar apresenta dificuldade de identificar os responsáveis pelos atos?

Silva – Se identifica bandido que está escondido, como é que não vai identificar policiais que fazem manifestação? As medidas contra essas manifestações têm de ser tomadas de imediato. Toda crise tem primeiro de ser contida, não pode ser ampliada. Se o protesto acontece uma segunda vez, é porque está havendo falha. Não podia ter passado da segunda manifestação.

ZH – Mas a Brigada Militar alega não ter identificado os manifestantes.

Silva – Essa alegação é inaceitável. Havendo uma manifestação dessas, tem de ir tropa de choque, tem de haver alguém em condições de filmar, tem de tomar medidas rigorosas. Em Londres, recentemente, as autoridades não tiveram o menor receio de prender milhares de pessoas que estavam fazendo manifestações criminosas. Nesse caso de protesto de policiais, há o descumprimento de ordens. É caso de demissão dos quadros da Brigada Militar. Isso deveria ter ocorrido de imediato. A impunidade favorece a indisciplina, que é intolerável em uma estrutura de combate ao crime.

itamar.melo@zerohora.com.br

ITAMAR MELO

ZEROHORA.COM

IGREJA CATOLICA ENCAMINHA BEATIFICAÇAÕ DE SOLDADO DA PM.

Igreja Católica encaminha beatificação de soldado da PM
Postado por abamfbm on setembro 3, 2011 in Geral, Todas notícias | 0 Comentario
Igreja Católica encaminha beatificação do soldado José Barbosa de Andrade, morto afogado em 1999 ao salvar uma moradora de rua que havia caído no Rio Tamanduate
Um soldado da Polícia Militar de São Paulo é o mais novo candidato a santo do país. José Barbosa de Andrade tinha 33 anos quando, em 6 de janeiro de 1999, morreu afogado nas águas do Rio Tamanduateí para salvar uma moradora de rua embriagada, que havia caído. Há três meses, a PM começou a reunir documentos e testemunhos sobre a vida e morte de Barbosa, como era conhecido na corporação, para pedir a beatificação ao Vaticano. A postuladora da causa é a irmã Célia Cadorin, da Congregação das Irmãzinhas de Imaculada Conceição, responsável pelos processos de santificação de Madre Paulina e Frei Antonio de Sant?Ana Galvão.

Irmã Célia explica que, no caso de Barbosa, o fato de ele ter sido mártir, ou seja, ter sacrificado a sua vida para salvar a de outra pessoa, dispensa a comprovação de um milagre para o Vaticano decretar a beatificação. Segundo a religiosa, a identificação de um mártir tem como base ensinamento de Santo Agostinho. “O martírio se conhece pelo motivo praticado, como dar a vida pela fé ou por Jesus Cristo”, explica.

O padre e tenente-coronel Osvaldo Palopito, chefe da capelania da Polícia Militar, diz testemunhar casos de abnegação e renúncia envolvendo policiais militares, porém, afirma que o do soldado Barbosa se diferenciava. “Envolve fé e caridade fundamentadas no amor a Deus. A excepcionalidade do sacrifício está no fato de ele ter arriscado a vida consciente do risco que corria”, observa.

MAIS CEDO/ O coronel Luiz Eduardo Pesce de Arruda, da Escola Superior de Soldados da PM, responsável pelo levantamento da história de Barbosa, conta que o policial não sabia nadar. No dia que morreu, ele havia sido dispensado do trabalho mais cedo e estava a caminho da Coopmil (Cooperativa de Crédito da Polícia Militar) para solicitar um empréstimo. Como chovia, ele pegou carona com o colega Luiz Francisco de Macedo e quando passavam pela Avenida do Estado, próximo ao Mercado Municipal, viram uma aglomeração.

“Ao ouvir gritos de socorro, ele foi salvar a mendiga que se debatia na água suja e turbulenta do rio, expondo-se a um risco muito além do que se espera de um PM”, diz. “Um homem não se improvisa. Ele nasce pronto”, orgulha-se o oficial. Barbosa desceu pela borda, com uma corda fina amarrada à cintura. O volume de água estava sete vezes maior em razão das chuvas. Mesmo assim, ele conseguiu puxar a mulher, que foi retirada do rio pelo outro policial. “Durante o salvamento, a corda se rompeu e a correnteza o arrastou. O fiel da farda (cordão que prende a arma ao coldre) se enroscou no lixo e Barbosa afundou”, diz.

A moradora de rua, identificada como Salete Aparecida Rodrigues, que tinha 48 anos à época, entrou em depressão ao saber da morte do soldado. Ela tentou por duas vezes o suicídio, uma delas 11 meses depois, em novembro de 1999, no mesmo local. Até hoje não se tem mais notícias de Salete. Amigos de Barbosa, contudo, acreditam que ela continua vivendo nas ruas.

Entrevista

Antonia B. de Andrade_ Mãe do soldado Barbosa

‘O Zé nasceu para ajudar as pessoas. Minhas filhas pedem graças a ele’

DIÁRIO_ A senhora se sente privilegiada diante da possibilidade de ter sido mãe de um santo?
ANTONIA B. DE ANDRADE_ De modo algum. Se fizer isso, estarei me castigando porque a humildade é tudo.

A senhora percebeu alguma coisa diferente em seu filho quando ele era criança?
Ele nunca deu valor a coisas materiais. Nós éramos muito pobres, mas o Zé jamais reclamou e não sentia inveja das outras crianças que tinham mais do que ele. Quando ele estava com 8 anos começou a trabalhar de guardador de carros. Tudo o que ganhava entregava nas minhas mãos. Foi sempre assim até ele se casar.

Ele gostava de ajudar as pessoas?
Parece que ele nasceu para isso. Quando entrou na PM, mesmo cansado, saía à noite para dar sopa aos moradores de rua.

Por que ele quis ser PM?
Por influência do irmão mais velho, que é cabo bombeiro.

Ele já atirou em alguém?
Não. Falava grosso quando precisava, mas nunca desrespeitou nem agrediu ninguém.

A senhora soube de alguma intervenção feita por seu filho após a morte dele?
Minhas filhas Edna e Esita, que eram muito ligadas ao Zé, sempre pedem a ajuda dele em casos de doença ou quando precisam tomar alguma decisão. Uns dois anos após a morte do Zé, minha sobrinha estava em Mongaguá, olhando os três filhos jogarem bola na água. De repente, veio uma onda forte, puxou a bola para o fundo e as crianças foram pegá-la. Ela tentou segurá-los, mas os perdeu de vista. Desesperada, gritou ?Zé, me ajuda? e, segundo conta, na mesma hora a água baixou e deu para tirar todos do fundo.

A senhora é católica?
A família toda. O Zé ia todos os domingos à missa.

Perfil
José Barbosa de Andrade, soldado da PM
José Barbosa de Andrade nasceu em 14 de fevereiro de 1965, na Ilha do Governador, no Rio. Aos 7 anos, ele veio com a família (mãe, pai e nove irmãos) morar de favor na casa de um parente, no Grajaú, Zona Sul da capital. Barbosa ingressou na PM em novembro de 1994, após prestar concurso três vezes. Barbosa passava por dificuldades financeiras porque costumava dar tudo o que tinha aos outros. Na carreira, só teve uma advertência por ter saído da rota de patrulhamento para ajudar um colega que precisava levar o bolo de aniversário da filha. Ele está sepultado no mausoléu e foi promovido a cabo após a morte.

Caminho para a beatificação

Preparatória: Um representante do candidato reúne documentos e testemunhas para a biografia do benfeitor. O caso do soldado Barbosa está neste estágio. Serão analisados os feitos do candidato. A documentação histórica é encaminhada a quatro bispos, que, se convencidos da causa, elaboram uma carta de apresentação à Congregação dos Santos. Simultaneamente, a biografia é enviada à irmã Célia Cadorin, postuladora da causa de beatificação e canonização no Brasil. Em seguida, o material parte para uma comissão de padres postuladores de Roma. Antes de iniciar a defesa da causa, a comissão vem ao Brasil analisar a documentação e, se for o caso, abrir o processo de beatificação.

Diocesana: O processo é encaminhado ao tribunal eclesiástico, em Brasília. Nessa fase, o nome de batismo do candidato passa a ser precedido das palavras servo de Deus. O tribunal é formado por um delegado episcopal, um promotor e dois notários. Todos os documentos e testemunhos são analisados novamente. Se os integrantes do tribunal entenderem que a causa tem fundamento, o processo retorna ao Vaticano. A terceira fase só começa quando o papa publicar no jornal do Vaticano as virtudes heroicas do candidato, que passa a ser chamado de venerável.

Romana: Todo o material para provar é analisado novamente, no Vaticano. Se o milagre ou o martírio for comprovado, o candidato passa a ser beato. Se houver um segundo milagre, ele se torna santo. No caso do mártir, o processo é mais rápido porque há uma seção especial de teólogos só para analisar esse tipo de situação.

CRISTINA CHRISTIANO
DIÁRIO SP


NOVAS MANIFESTAÇÃO NAS RODOVIAS DESAFIAM PIRATINI.

Novas manifestações nas rodovias desafiam Piratini
Postado por abamfbm on setembro 3, 2011 in Seg. Pública, Todas notícias | 0 Comentario
Apesar de o governo ter rompido negociações até cessarem protestos, mais bloqueios são realizados
De nada adiantou o governo do Estado romper as negociações salariais com PMs e exigir o fim dos protestos para voltar a discutir reajustes. O impasse continua. E cada vez pior, as manifestações já somam 32 em um mês. Na madrugada de ontem, menos de 24 horas depois do ultimato do Palácio Piratini, ocorreram sete queimas de pneus, recorde para uma noite.

Ochefe da Casa Civil, Carlos Pestana, à frente das tratativas com a entidade de classe dos PMs, evitou comentar os episódios. Mas o governador Tarso Genro não escondeu sua irritação.

– Eu até estranho que uma parte da imprensa esteja chamando isso de protesto. É ato de vandalismo. Protesto é quando as pessoas se mobilizam, vão na frente do Palácio, xingam o governador – lamentou Tarso, antes de se encontrar com a presidente Dilma Rousseff, que visitou a Expointer.

Representantes da Associação Antônio Mendes Filho (Abamf), uma das entidades que representam os PMs e que apoiou as primeiras queimas de pneus, reforçou o apelo pelo fim dos protestos.

– O governo tem dinheiro para nos dar e nós queremos esse dinheiro. Pedimos que os colegas fiquem vigilante para evitar novos atos e os responsáveis sejam identificados – disse o secretário-geral da Abamf, Ricardo Agra.

Em Esteio, cerca de 80 PMs do Vale do Sinos, ligados à Abamf, que estavam de folga, se juntaram a policiais civis, a funcionários de universidades federais em greve e a servidores dos Correios para um protesto pacífico na entrada do Parque de Exposições, com faixas, panfletos e carro de som. Na hora do discurso da presidente, parte do grupo se aproximou do palanque oficial, gritando palavras de ordem, atrapalhando momentos da manifestação de Dilma.

JOSÉ LUÍS COSTA

Câmeras flagraram ações

As investigações referentes aos protestos na Capital, na quinta-feira, e em Alvorada, na semana passada, estão mais adiantadas. Pelo menos três câmeras da prefeitura de Porto Alegre, instaladas na Avenida Mauá, flagraram homens colocando fogo em pneus. A ação durou dois minutos. Depois, eles seguiram pela Mauá em duas motos e um carro escuro. Imagens dos rostos de dois homens seriam nítidas, permitindo a identificação.

As cenas captadas na Avenida Presidente Vargas, em Alvorada, também ajudaram a identificar pelo menos um manifestante. A Corregedoria da BM recebeu as imagens, mas evita divulgar detalhes sobre o conteúdo, sob a justificativa de que vai atrapalhar as investigações.

Em nota divulgada ontem, a Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (ASSTBM) afirma que, em momento algum, patrocinou ou incentivou manifestação “ilegal” por melhores salários e que repudia os “atos radicais’’ que vêm sendo realizados.

Estradas em chamas
- Carazinho – Por volta das 5h de ontem, a rodovia Passo Fundo-Carazinho (BR-285) foi bloqueada no km 334,8, próximo ao campus da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Pneus foram queimados e interromperam o trânsito. A rodovia foi liberada 45 minutos depois.
- Farroupilha – No km 110 da estrada Farroupilha-Bento Gonçalves (RSC-453), por volta da 1h30min de ontem, pneus foram queimados. A estrada ficou bloqueada por meia hora.
- Garibaldi – Pneus e outros materiais foram queimados no km 102 da estrada Farroupilha-Bento Gonçalves (RSC-453), por volta das 23h30min de quinta-feira. O fogo foi contido por policiais do Grupo Rodoviário Estadual de Bento Gonçalves.
- Novo Hamburgo – Às 4h de ontem, na estrada Leopoldo Petry, bairro Lomba Grande, houve queima de pneus. Por cerca de 2h, a estrada ficou interrompida.
- Osório – Na rodovia Osório-Torres (BR-101), por volta das 4h de ontem, pneus foram queimados. A rodovia ficou interrompido por cerca 10 minutos.
- Parobé – Por volta das 5h30min de ontem, houve queima de cerca de 20 pneus no km 39 da rodovia Sapiranga-Taquara (ERS-239). O trânsito ficou interrompido por aproximadamente 30 minutos.
- Sarandi – A manifestação ocorreu às 2h30min de ontem no km 133 da rodovia Sarandi-Barra Funda (BR-386). No local, havia pneus queimados e a frase “Aumento BM ou greve já”. A estrada ficou bloqueada por 20 minutos.



PROTESTO DE PMS
Impasse paralisa negociações

Em encontro no Piratini ontem, governo se negou a discutir propostas de reajuste enquanto não cessarem manifestações
Organizados para pressionar o governo do Estado a aumentar os salários de policiais militares, os bloqueios em rodovias estão barrando as chances de reajustes imediatos para PMs. Indignado com a série de queima de pneus, o Palácio Piratini decidiu medir forças com os manifestantes, negando-se a discutir propostas enquanto não ocorrer o cessar-fogo ou até que os incendiários sejam presos.

Na madrugada de ontem, as chamas dos protestos chegaram ao centro de Porto Alegre, aumentando o clima de apreensão.

A posição do governo foi selada ontem pela manhã em reunião de 40 minutos no Piratini com líderes da Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf), entidade que representa os soldados, e da Associação dos Subtenentes e Sargentos.

No encontro, ao lado do secretário da Segurança Pública, Airton Michels, da Administração, Stela Farias, e do comandante-geral da BM, coronel Sérgio Roberto de Abreu, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, afirmou aos sindicalistas que a discussão estava suspensa por conta dos protestos e propôs um novo encontro no dia 9 para avaliar a situação.

– O governo construiu uma alternativa, mas só vai apresentá-la quando cessarem esses atos ou nós apurarmos quem são os responsáveis. Não vamos aceitar esse tipo de protesto – disse.

Uma hora antes, Pestana tinha se reunido com sindicalistas ligados à Polícia Civil e à Superintendência dos Serviços Penitenciários, propondo reajuste de 7% às duas categorias, a partir de outubro.

Dos 25 protestos ocorridos desde o começo de agosto, sete tiveram apoio da Abamf, e Pestana pediu ao presidente da entidade, Leonel Lucas, que tentasse estancar a queima de pneus.

Visivelmente contrariado, Lucas deixou a reunião pedindo ajuda.

– Faço um apelo para que acabem com isso e peço ao governo que investigue, pois tem mecanismos para isso.

Corporação já tem suspeito identificado

O problema é que a Abamf não tem controle sobre os manifestantes. Lucas suspeita de que os protestos sejam orquestrados por gente de oposição ao Piratini, ou mesmo por aliados, sem cargos no governo e dispostos a tumultuar as negociações.

– Seja quem for, será responsabilizado – afirmou o comandante da BM.

A corporação tem um suspeito identificado, assim como o carro dele. Há indícios sobre outras duas pessoas. O comandante disse que eles podem não ser PMs. Abreu esteve reunido à tarde com o governador Tarso Genro. Na ocasião, pediu que a “construção da política de valorização dos servidores da BM não seja interrompida em função de manifestações isoladas.”

O chefe da Casa Civil acredita que o ultimato do governo não vá fomentar novos protestos. Em nota, Pestana informou que recebeu a direção da Federação das Entidades Independentes dos Servidores Militares Estaduais de Nível Médio da Brigada Militar, que afirmou a disposição de dialogar.

Apesar disso, está previsto para hoje um protesto, nas imediações da Expointer, que terá a visita da presidente Dilma Rousseff.

JOSÉ LUÍS COSTA

Manifestação na entrada da Capital

A fumaça negra dos protestos que convulsiona rodovias do Interior desembarcou na madrugada de ontem em Porto Alegre. Às 2h15min, manifestantes atearam fogo em nove pneus no cruzamento da Avenida Mauá com a Rua Chaves Barcelos, na entrada da Capital, e estenderam faixas cobrando melhorias salarias para PMs no muro da Trensurb. Três das quatro faixas da Mauá ficaram bloqueadas por alguns minutos. Bombeiros, lotados em uma estação localizada há duas quadras dali, perceberam o fogo, debelaram as chamas e recolheram os restos dos pneus que não chegaram a queimar por inteiro. PMs do 9º Batalhão de Polícia Militar foram avisados e retiraram as faixas, levadas para o quartel. O local do bloqueio é desprovido de câmeras de vigilância – a mais próxima fica a uma quadra, mas não teria flagrado a presença dos incendiários. O episódio surpreendeu o comandante-geral da BM, coronel Sérgio Roberto de Abreu.

– Era possível que acontecesse em Porto Alegre, em razão da dimensão da cidade, mas não esperava que fosse nesse momento – afirmou o comandante.

Na quarta-feira, o coronel se reuniu com comandantes regionais da BM, determinando reforço do policiamento noturno, inclusive com PMs dos serviços de inteligência, que trabalham à paisana. Ontem, a ordem foi aumentar o patrulhamento das principais avenidas da Capital e das grandes cidades.

Outros protestos
Cidades onde ocorrerem novas manifestações:
- Bento Gonçalves
- Charqueadas
- Júlio de Castilhos
- Santo Ângelo
- Uruguaiana



ZERO HORA

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

VEJA O QUE O CANDIDO VACCAREZZA DISSE SOBRE A PEC 300 EM ENTREVISTA A UOL.


Postado por abamfbm on setembro 2, 2011 in Geral, Todas notícias | 0 Comentario
No caso do piso salarial para policiais, bombeiros, etc…Cândido Vaccarezza: Isso é outra coisa…Folha/UOL: …Isso aí o sr. acha que não há clima para se votar agora, a chamada PEC 300?Cândido Vaccarezza: Não há clima para votar e a PEC 300 tem um problema original que é o seguinte: os policiais são importantes para a segurança, são fundamentais, mas são funcionários públicos estaduais. O governo federal só pode entrar subsidiariamente numa decisão estadual. Como é que a Câmara dos Deputados decide que o salário que vai ser pago no Acre…?Folha/UOL: Ou seja, a PEC 300 não deve ser votada?Cândido Vaccarezza: Eu estou trabalhando para isso.VEJA O QUE CANDIDO VACCAREZZA DISSE SOBRE O PISO SALARIAL DOS PMS E BMS EM SUA CAMPANHA ELEITORAL EM 2010 – TIRE SUAS CONCLUSÕES…

Leia transcrição da entrevista com Cândido Vaccarezza à Folha e ao UOL

O líder do Governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), participou do programa “Poder e Política – Entrevista” conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues no estúdio do Grupo Folha em Brasília, gravado em 31.ago.2011. O projeto é uma parceria do UOL e da Folha.



Dilma aceitaria criar novo imposto para SaúdeO líder do governo na Câmara disse que ministros também apoiam a iniciativa. Ele concedeu entrevista ao UOL e à Folha em 31/8/2011.



Cândido Vaccarezza – 31/8/2011

O deputado Cândido Elpídio de Souza Vaccarezza foi líder do governo Lula na Câmara. Agora, no governo Dilma, continua exercendo a função.

Vaccarezza nasceu em Senhor do Bonfim, na Bahia. Tem 55 anos. Ginecologista e obstetra, é formado em medicina pela Universidade Federal da Bahia.

Vaccarezza construiu sua carreira política em São Paulo. Foi 2 vezes deputado estadual. E agora cumpre seu segundo mandato de deputado federal.

Folha/UOL: Olá internauta. Bem-vindo ao “Poder e Política Entrevista”.

Este programa é uma parceria do jornal “Folha de S. Paulo”, da Folha.com e do UOL. E a gravação é realizada aqui, no estúdio do Grupo Folha em Brasília.

E o entrevistado de hoje é o deputado Cândido Vaccarezza, do PT de São Paulo, líder do governo na Câmara dos Deputados.

Folha/UOL: Deputado Cândido Vaccarezza, muito obrigado por sua presença aqui. E eu começo perguntando: o sr. votou para cassar ou para absolver Jaqueline Roriz [do PMN-DF, suspeita de envolvimento com o mensalão do DEM]?
Cândido Vaccarezza: Primeiro deixa eu dar um bom dia também para os internautas, e um bom dia para você, Fernando. Esse, Fernando, essa pergunta infelizmente eu não posso te responder. Por que eu não posso te responder? O governo não teve nenhuma interferência no processo de votação. E a orientação clara do governo é que essa era uma questão partidária, de consciência dos deputados. E que não cabe ao líder do governo ter uma interferência na discussão. Não participei de nenhuma discussão, de nenhuma conversa. Apenas cumpri meu dever cívico, como deputado, de acordo com a minha consciência. Fui ao plenário, votei e sai.

Folha/UOL: Por que o sr. não pode declarar o seu voto?
Cândido Vaccarezza: Porque eu sou líder do governo. Se eu declarar que votei pela cassação isso é um fato político e terá repercussão dentro do parlamento. Se eu declarar que votei contra, também. Se eu declarar que me abstive, neste caso quem faltou, quem se absteve e quem votou contra a cassação tem o mesmo peso. Porque no processo de cassação precisa ter 257 votos para cassar.

Folha/UOL: Foi uma decisão sabia da Câmara dos Deputados e foi boa para a imagem da Câmara essa decisão?
Cândido Vaccarezza: Você está querendo, eu, eu… [risos] Não quero… Desculpe. Eu dei risada não dando risada da sua pergunta por que o fato, o caso não é para rir, mas eu, como eu disse, dei risada da sua pergunta. Essa é uma pergunta que eu não posso responder, é um tema… e nós vamos… Eu estou impedido de falar sobre o tema.

Folha/UOL: O sr. é a favor dessa PEC que está há anos, já foi votada até em primeiro turno e aprovada, para acabar com o voto secreto na Câmara?
Cândido Vaccarezza: Não. Não. Não sou. Porque se você observar pela história, os únicos lugares que não tinham voto secreto eram os lugares de ditadura. Hoje se você imaginar, Cuba não tem voto secreto. A Rússia na época do Stálin não tinha voto secreto. Aqui, no período da ditadura militar não tinha voto secreto. Em todas as democracias têm voto secreto. A dos Estados Unidos, lá tem inclusive sessão secreta. Não só o voto é secreto mas como o debate é secreto. Você imagine que democracia terá, ou que liberdade de consciência terá um deputado que vai votar um veto presidencial, ou um senador, de forma aberta. Ou você pode até discordar da posição dos deputados que votaram pela cassação, ou dos deputados que votaram pela absolvição desse caso concreto da Jaqueline Roriz [do PMN-DF, suspeita de participação no mensalão do DEM]. Se o voto fosse aberto a pressão externa não significaria a consciência do deputado.

Folha/UOL: Como resolver então o problema do espírito de corpo que existe no Congresso toda vez que é necessário julgar um deputado ou um senador?
Cândido Vaccarezza: Eu acho que não deveria ser competência dos pares cassar os pares. Quem deve cassar os deputados, ou decidir sobre a cassação, é o Supremo Tribunal Federal.

Folha/UOL: E quem deve cassar, eventualmente, um ministro do supremo seria quem?
Cândido Vaccarezza: Aí o parlamento.

Folha/UOL: Isso não provocaria uma crise quase que imediata entre os poderes quando houvesse um episódio desses.
Cândido Vaccarezza: Não porque o ministro do supremo é escolhido a partir de uma lista tríplice pelo poder Executivo e não tem choque de poderes. O salário dos ministros do supremo quem decide é o… a Câmara e o Senado, é o parlamento. E não tem choque de poderes. Tem algumas coisas que não podem ficar naquele poder.

Folha/UOL: O sr. disse agora em uma de suas respostas: abrir o voto provocaria uma pressão externa muito grande, que prevaleceria a pressão externa e não o voto de consciência do deputado. Mas a pressão externa não é legítima?
Cândido Vaccarezza: É legítima, é salutar, é boa. Mas não para tudo e não sempre. Tem decisões… não é porque haja uma comoção social num certo sentido que isso deve ser seguido. Qual é a norma geral? Nós vivemos numa democracia representativa. Nós vivemos numa sociedade de massas, 200 milhões de pessoas e nunca… Desde a Grécia você tinha, que era uma democracia direta, você tinha uma diferença entre os representados e os representantes. Porque nem todos falavam, no plenário, muitos aplaudiam. Então já tinha uma diferença. Numa democracia num país que você tem 200 milhões de pessoas, as regras gerais, elas são definidas e muitas vezes elas demoram de serem… elas são definidas e valem por um período. Então você vai ter pessoas que vão representar aqueles seguimentos. E não necessariamente você abrir os representantes de todos terão iguais direitos de pressionar.

Folha/UOL: A imagem da Câmara certamente sai arranhada desse episódio.
Cândido Vaccarezza: Sai. Sai.

Folha/UOL: Como consertar isso?
Cândido Vaccarezza: Eu acho que o problema da imagem da Câmara não é esse episódio. É uma conjunção de fatores.

Folha/UOL: Mas esse ajudou.
Cândido Vaccarezza: Esse ajuda. Mas esse está dentro de um… Tem uma conjunção de fatores. Se a gente quiser ser simplório, a gente diz: “não, é porque tem picaretagem”. Não é só isso. Teve de uns. E que a população entendida por diversos problemas que é o conjunto que é um erro. E tem também formas que nós não sabemos comunicar. Esse ano a Câmara trabalhou bem, decidiu coisas importantíssimas pelo país. E muitas delas o povo não ficou nem sabendo. Ou, se ficou, ficou sabendo parcialmente. Todas as principais medidas que o poder Executivo tomou passaram pela Câmara e pelo Senado. Nós aprimoramos, modificamos lá na Câmara e no Senado, todas essas. Se você pegar o Minha Casa, Minha Vida. Mas nós não estamos sabendo nos comunicar ou ainda, com a nossa jovem democracia, os meios de comunicação não sabem nos entender.

Folha/UOL: Articulação política: qual é a sua avaliação sobre a condução da articulação política feita pelo Palácio do Planalto?
Cândido Vaccarezza: Eu acho que nós cometemos erros…

Folha/UOL: Quais?
Cândido Vaccarezza: …eu vou te explicar. Mas no fundamental nós estamos bem. Por exemplo, a condução da discussão do Código Florestal. O governo foi extremamente vitorioso. E as teses que nós defendemos foram vitoriosas. O projeto original é muito diferente do projeto final que nós chegamos. Nós garantimos a defesa do meio ambiente, garantimos que não ia ter anistia para desmatadores, garantimos um processo equilibrado no Código Florestal. E o deputado Aldo [Rebelo, do PC do B, relator do projeto de reforma do Código Florestal na Câmara] teve um trabalho muito positivo. Numa votação que não era nem terminativa porque iria ainda para o Senado e voltar, e o governo avançando numa coordenação, nós… E eu fui uma das figuras principais para quebrar essa imagem positiva de articulação do governo, infelizmente, e já fiz essa autocrítica inclusive no parlamento, porque hipervalorizamos aquela votação e criamos uma dificuldade grande, muito grande. Esse é um exemplo bom que a gente tem que aprender. E não vamos repetir esses erros na discussão da Emenda 29.

Folha/UOL: A condução da articulação política melhorou com a troca do ministro Luiz Sérgio pela ministra Ideli Salvatti?
Cândido Vaccarezza: Durante o… a articulação que o ministro Luiz Sérgio fazia, o governo além de não ter tido derrotas, nós tivemos grandes vitórias. E essas vitórias continuaram. Eu acho errado nós atribuirmos o sucesso da articulação política a um ministro, ou o insucesso da articulação a um ministro. Tem um conjunto e que a principal figura deste conjunto não foi trocada, vai aprendendo, que é a presidente da República. A articulação política vem melhorando na medida em que nós vamos ganhando experiência. E a própria presidenta, no exercício do poder, que foi uma novidade, vai ganhando experiência.

Folha/UOL: Que tipo de aprendizado o sr. acha que já foi absorvido pela presidente da República nesse período?
Cândido Vaccarezza: A importância dos partidos, a importância do parlamento, a importância da discussão política e de, algumas vezes, ela mesmo, como presidente, falar olhando no olho de um deputado, olhando no olho de um senador.

Folha/UOL: Porque ela passou tantos meses sem receber com regularidade os deputados, os senadores, enfim, os dirigentes partidários?
Cândido Vaccarezza: Mesmo o governo sendo um governo de continuidade, ela deveria ter uma carga grande para ajustar e mesmo… Você sabe, tudo quando você começa tem problemas. Eu fico imaginando se eu estivesse no lugar dela ou se você estivesse no lugar dela. Em geral a gente não se coloca no lugar daquela pessoa que está conduzindo. Ela não era presidenta. Ela assume e assumiu com agravamento da turbulência internacional: risco de inflação no mundo com repercussão para o Brasil, uma política dos Estados Unidos de investir dólar de forma desbragada no mundo inteiro, o mundo em recessão sobrando mercadorias, isso tudo deve ter abalado ou deve tomar… ter tomado o tempo dela para cuidar de… de exercer sua função e proteger o país face à crise internacional. Ao mesmo tempo, voc6e sabe que ela teve uma doença e teve que ficar 15 ou 20 dias quase que recolhida, trabalhando muito pouco.

Folha/UOL: É verdade percepção que todos têm de que a presidente tem mais dificuldade ou que nutre menos prazer nesse contato com os políticos no dia a dia do que o ex-presidente Lula?
Cândido Vaccarezza: É uma ingenuidade dizer que a presidente Dilma não gosta de política. Se não gostasse não seria presidente da República. E também é uma ingenuidade achar que ela não teria o traquejo para exercer a sua função.

O presidente Lula foi talhado na disputa política e social do país. Começou inclusive na disputa social. Teve experiência de dirigir greves com milhares de pessoas e de se dirigir a milhares de pessoas, a milhões de pessoas sem ter um mecanismo de comunicação que tem um presidente da República. Ela não teve essa experiência. Ela começa o governo como presidente da República, como chefe do Executivo, chefe de Estado, chefe de governo, sem ter tido essa vivência. E com características diferentes. Isso leva alguns a dizer que ela e o Lula são muito diferentes. E são, isso não é problema. O que nós temos que avaliar é o resultado de governo. No resultado de governo, eu acho que não tem muita diferença. É um governo de continuidade, de aprofundamento das conquistas do governo anterior.

Folha/UOL: Apesar de um nítido esforço da presidente de manter mais contatos regulares com os políticos, é comum ainda ouvir rumores na Câmara e no Senado sobre a insatisfação de aliados do Planalto. Por que isso acontece?
Cândido Vaccarezza: Uma base com 400 deputados em 500. É natural que uma parte esteja sempre dizendo: “eu estou insatisfeita por isso, eu estou insatisfeita por aquilo”. Para cada decisão você vai ter um bloco de satisfeitos e um bloco menor de insatisfeitos. Felizmente para nós, até aqui, nós temos sabido conduzir.

Folha/UOL: Qual é o peso que a liberação de emendas ao orçamento tem nessa insatisfação ou nesses focos de insatisfação?
Cândido Vaccarezza: O peso é grande mas não é só a liberação de emendas. E eu quero já te dizer o seguinte: eu sou totalmente favorável às emendas parlamentares não acho que é a picaretagem como, às vezes, as pessoas pintam. Tem [picaretagem]. Tem [picaretagem] em todas as atividades da sociedade e nós temos que combater. Tem que [combater], eu estou dizendo, a picaretagem. Mas vamos voltar para as emendas: são legítimas. Elas são construídas a partir de uma discussão já no correr da elaboração do orçamento. E é um compromisso que o governo assume com o parlamento. Quando o governo diz “vou contingenciar”, cria um atrito. Esse é um atrito legítimo.

Folha/UOL: Qual é a expectativa real neste momento de liberação até o final deste ano em valores, em emendas pagas para deputados e senadores?
Cândido Vaccarezza: O Guido [Mantega, ministro da Fazenda] não vai gostar. Mas eu acho que, considerado de julho a dezembro, nós vamos chegar a uns R$ 4 bilhões.

Folha/UOL: De valores efetivamente desembolsados?
Cândido Vaccarezza: Entre restos a pagar e emendas.

Folha/UOL: Restos a pagar de emendas e emendas novas.
Cândido Vaccarezza: É. Emendas. Mas essas emendas que são criadas o gasto é só para o ano que vem. Então efetivamente o gasto com emendas não passará de R$ 2 bilhões.

Folha/UOL: R$ 2 bilhões neste ano…
Cândido Vaccarezza: É. Mas serão empenhadas, na minha avaliação, de R$ 4 [bilhões] a R$ 5 bilhões.

Folha/UOL: A oposição tem facilitado a vida do governo?
Cândido Vaccarezza: Infelizmente, a oposição está se restringindo a fazer denúncias, denúncias, denúncia. Então a oposição tem criado muita dificuldade. Muita. E muitas vezes não fica claro qual é o projeto da oposição.

Folha/UOL: Como o sr. analisa, por exemplo, o fato de autoridades ou estrelas da oposição, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, terem se aproximado tanto da presidente da República?
Cândido Vaccarezza: Não, mas daí vamos fazer uma separação entre a oposição e a oposição. O presidente Fernando Henrique, o governador Geraldo Alckmin não têm feito oposição. Aliás, o governador Alckmin tem dito que fazer oposição não é papel de governador.

Folha/UOL: Mas ele pertence a um partido de oposição ao governo.
Cândido Vaccarezza: Mas ele não está fazendo oposição. Quem está fazendo oposição e que eu acho que assume a liderança da oposição na Câmara é o DEM. E muitas vezes leva o PSDB a reboque. O tipo de oposição que o PSDB está fazendo na Câmara, ele está em contradição com a ação das principais figuras do PSDB.

Folha/UOL: A quem interessa essa aproximação Fernando Henrique, Geraldo Alckmin com a presidente Dilma?
Cândido Vaccarezza: Eu acho que a nós. Ao governo, ao PT, aos partidos. Por quê…

Folha/UOL: Mas interessa ao Fernando Henrique e a Alckmin?
Cândido Vaccarezza: A eles eu não sei. Aí não compete a mim avaliar por eles. Compete a mim avaliar por nosso lado. Eu vou te dar um exemplo concreto: Brasil sem Miséria, que é um passo adiante em relação a todos os projetos sociais que já foram feitos no Brasil. Porque o Brasil sem Miséria tem um conceito diferente dos programas sociais até hoje. Até hoje você criava os direitos e as pessoas iam atrás dos direitos. O Brasil sem Miséria não. O Estado vai atrás de quem tem o direito e dá aquele direito. Por exemplo: tem um aposentado, uma pessoa que poderia se aposentar pelo fundo rural e está vivendo em uma casa de palha, sem nenhuma condição, pedindo esmola. Mas essa pessoa poderia ganhar um salário mínimo. Então o Estado vai procurar essa pessoa e entregar. Nós sabemos onde estão morando essas pessoas porque acabou de ter um Censo no Brasil. Assim que a presidenta Dilma lançou [o Brasil sem Miséria], o ex-governador [de São Paulo] Serra [do PSDB] fez um artigo desqualificando o Brasil sem Miséria, publicado na grande imprensa, meio que orientando a oposição a se chocar de frente. O governador Alckmin, o governador Anastasia e mais dois governadores da base, que eram o governador do Espírito Santo e o governador do Rio de Janeiro, fizeram um ato, um acordo com o governo federal, assinaram um convênio e estão fazendo juntos o Brasil sem Miséria nos seus Estados. E esse ato foi no Palácio dos Bandeirantes [sede do governo de São Paulo, chefiado por políticos do PSDB] e quem estava esperando a presidente Dilma lá eram o governador e o ex-presidente Fernando Henrique [ambos do PSDB].

Folha/UOL: Pois é, mas isso que eu estou perguntando para o sr.: então, nesse sentido…
Cândido Vaccarezza: Isso foi bom pro governo, não foi ruim…

Folha/UOL: Isso é bom pro governo…
Cândido Vaccarezza: …e bom para o país.

Folha/UOL: …mas é bom para a oposição?
Cândido Vaccarezza: Mas aí eles que têm que julgar, né? Não cabe a mim dizer se é bom ou ruim. Não sei. O que está acontecendo: esse confronto direto levou a oposição a perder. Tanto é que o presidente Fernando Henrique, ele fez uma tese dizendo: “olha nós temos que buscar a base organizada em outros seguimentos”. A ação da oposição é para disputar a base organizada conosco e, às vezes, fala coisa que não fica bem na história deles. Tipo: nós fizemos um projeto para fortalecer os Correios. O principal discurso da oposição é que não ia apoiar esse projeto porque isso era privatizante. Então você imagina um cidadão que viu aqueles deputados, o Caiado [Ronaldo, do DEM], [risos] o Duarte Nogueira [do PSDB], o ACM Neto [do DEM] defender as privatizações de forma desbragada, [agora] falar que o projeto do governo eles não vão apoiar porque é privatista, vai privatizar… Então cria um… a população não confia.

Folha/UOL: Voltando um pouco ao tema corrupção e apuração, o sr. defendeu na última reunião do conselho político que nem sempre os ministros, que são convocados ou convidados, devam ir o tempo todo ao Congresso. É isso mesmo?
Cândido Vaccarezza: É isso mesmo. Porque nesse período aconteceu uma banalização dos convites. Toda vez que você banaliza uma ação nobre, você desqualifica essa ação. O que é que justifica você inquirir o ministro? Tem um fato concreto. Você convoca o ministro e eu tenho várias perguntas que os órgãos não estão fazendo e aí eu trago esse ministro [para o Congresso]. O que que a oposição estava fazendo? A oposição estava querendo criar fato político com a ida do ministro. Então, por exemplo, Wagner Rossi [do PMDB, ex-ministro da Agricultura]. Levamos o Wagner Rossi lá. Nem discursaram. Só elogiaram, fizeram perguntas simples. No mesmo dia ficam três ministros: dois ministros na Câmara e um no Senado. No outro dia, três no Senado e um na Câmara. Eles [os oposicionistas] não apareciam, não faziam perguntas e o ministro ia lá fazer discurso.

Folha/UOL: Numa resposta anterior sua o sr. disse que o PSDB tem ido no Congresso à reboque dos Democratas. Isso tem sido frequente, o sr. acha?
Cândido Vaccarezza: Eu acho que em quase todas as votações. Infelizmente.

Folha/UOL: Como é possível que um partido que tem menos peso nacional conduzir o outro que é maior no Congresso?
Cândido Vaccarezza: Existe uma contradição na oposição que nós já detectamos aqui. Tem vários projetos do governo federal que pela ideologia, pela linha geral, o PSDB poderia acompanhar. E eles acompanham na vida real, apóiam. Quando chega no Parlamento, o DEM, que tem uma postura mais direita, mais conservadora, mais arraigada em teses mais conservadoras, apresenta obstáculos. E o DEM está numa situação de nervosismo grande porque eles foram reduzidos à metade. Então, eles são levados ao desespero. E, infelizmente, em alguns momentos estão levando o PSDB também a esse desespero.

Folha/UOL: O PT realiza o seu 4º Congresso agora, aqui em Brasília. Uma das teses é a respeito da reformulação do modelo de eleição direta para a direção partidária: diminuir o número de militantes filiados que podem votar. Qual é sua posição a respeito disso?
Cândido Vaccarezza: Sou a favor de aumentar o número de filiados. Facilitar. O PT é um partido de massas. E nós temos que cada vez mais nos abrirmos para a sociedade. O que nós temos de ter é projeto, programa e controlar… e democracia interna. Então já vou logo me adiantar: sou contra acabar com prévias no PT, gosto do método de eleição direta para os dirigentes, acho mais democrático. Acho que nós, que somos dirigentes, nos expomos para essa base. E acho que nós devemos facilitar a entrada de filiados novos ao PT.

Folha/UOL: Emenda 29. Mais recursos para a saúde. Um grande tema que vem sendo debatido. Como resolver esse debate que está perto de ser enfrentado pela Câmara e como encontrar recursos para a saúde?
Cândido Vaccarezza: A emenda 29 não vai resolver o problema de recursos para a saúde. Ela vai obrigar os Estados a gastar um pouco mais. Nós temos na Câmara diversas discussões. Desde a discussão de legalizar os jogos, cobrar impostos dos jogos e colocar esse dinheiro na Saúde até a discussão de um novo imposto…

Folha/UOL: … imposto do cheque como a CPMF?
Cândido Vaccarezza: Imposto do cheque como a CPMF. Ou o aumento do DPVAT [Seguro Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de
via Terrestre] de forma grande para carros mais caros e aumentar a parcela da Saúde no DPVAT, ou outras situações.

O presidente Marco Maia marcou para o dia 28 [a votação da regulamentação da emenda constitucional nº 29]. Eu temo que até o dia 28 nós não cheguemos a uma alternativa.

Folha/UOL: O governo tem alguma fórmula já estudada sobre como obter esses recursos?
Cândido Vaccarezza: Não. Não. O que o governo tem é o seguinte: para dar saúde de boa qualidade e universal, que é o nosso compromisso, nós precisamos de mais recursos do que os recursos de que dispomos no Orçamento.

Folha/UOL: CPMF é algo que é possível dizer que está 100% descartado ou não?
Cândido Vaccarezza: A CPMF nos termos que ela existia antes, sim. Um imposto específico para a saúde, não.

Folha/UOL: Como assim?
Cândido Vaccarezza: Porque a CPMF nos termos em que ela existia antes, ela era… Uma parte dela não ia para a saúde. Ela não era um imposto da saúde. Ela na realidade ajudava, e por muito tempo ajudou, o Orçamento federal para outras questões. Se for recurso só para a saúde, aí eu…

Folha/UOL: O sr. acha que a presidente Dilma aceitaria criar um imposto só para a saúde?
Cândido Vaccarezza: Eu não conversei isso com a presidente Dilma. Então ela pode até me desmentir, mas eu acho que não só ela aceitaria como vários ministros também aceitariam. E acho correto a sociedade discutir o financiamento da saúde. Porque nós decidimos que, no Brasil, diferentemente de outros países, saúde é um direito que nós temos que dar para o cidadão.

Folha/UOL: O sr. está dizendo que, então, o sr. considera aceitável criar um novo imposto específico para financiar a saúde?
Cândido Vaccarezza: Considero.

Folha/UOL: E a presidente Dilma…
Cândido Vaccarezza: Não me disse a posição dela mas eu acho que ela não teria nada a se opor. Acho. Não estou falando por ela.

Folha/UOL: Esse imposto seria cobrado também nas transações financeiras na modalidade da CPMF?
Cândido Vaccarezza: Pode ser. O imposto… muitos economistas dizem que o imposto do cheque, mesmo que pequeno, é bom para você controlar inclusive as atividades paralelas, as atividades ilícitas. Mas eu não quero discutir sobre esse argumento. Eu quero discutir sobre a saúde. A sociedade se envolver para os mais ricos, quem mais tem dinheiro, quem mais tem circulação dá uma contribuição para a saúde. Eu acho positivo e está no espírito dos constituintes de 88.

Folha/UOL: E dentro do governo, o sr. falou, alguns ministros… O sr. sente um clima propício para essa criação desse novo tributo.
Cândido Vaccarezza: Eu acho, eu sinto, e eu acho que a maior dificuldade que nós temos hoje, infelizmente, é a discussão no Parlamento. Não vejo clima no parlamento para criarmos um imposto.

Folha/UOL: E como resolver então?
Cândido Vaccarezza: Nós vamos… A democracia é isso. Às vezes você ganha e às vezes você perde. Mas o fundamental vai ser o convencimento. Eu quero convencer os meus pares até o dia 28 que nós não podemos criar um gasto sem dizer de onde vem o dinheiro. Por mais legítimo que seja o pensamento de se criar esse gasto.

Folha/UOL: Mas como há a intenção de criar o gasto, logo vai ter que se encontrar uma forma de criar o recurso.
Cândido Vaccarezza: Exatamente. Agora, como há intenção de criar o gasto, ao aprovar esse gasto os deputados vão ficar com uma contradição. Se você aprova um determinado gasto e não diz de onde vem o dinheiro, não terá o dinheiro para efetivar esse gasto. Nós queremos envolver os governos estaduais para resolver o problema da emenda 29. Porque emenda 29 não resolve o problema da saúde nem do dinheiro da saúde. Nós temos que ir mais adiante. A emenda 29 vai criar dificuldade para os Estados. Se você imaginar…todos. São Paulo ao Acre.

Folha/UOL: O sr. citou aumentar, talvez, uma parcela do DPVAT, legalizar jogo e criar imposto sobre o jogo, evidentemente, fazer um imposto novo nos moldes da CPMF, há alguma outra modalidade em discussão?
Cândido Vaccarezza: Nós ainda não… Se você tiver alguma sugestão eu estou aberto. Porque eu quero até o dia 28 apresentar uma proposta adequada para o parlamento.

Folha/UOL: O sr. particularmente simpatiza com algumas dessas aqui que eu falei?
Cândido Vaccarezza: Eu aceito todas as três. Simpatizo com todas. Acho que uma conjunção dessas… Eu não tenho medo de defender a CSS [Contribuição Social para a Saúde], o imposto específico para a saúde.

Folha/UOL: No caso do piso salarial para policiais, bombeiros, etc…
Cândido Vaccarezza: Isso é outra coisa…

Folha/UOL: …Isso aí o sr. acha que não há clima para se votar agora, a chamada PEC 300?
Cândido Vaccarezza: Não há clima para votar e a PEC 300 tem um problema original que é o seguinte: os policiais são importantes para a segurança, são fundamentais, mas são funcionários públicos estaduais. O governo federal só pode entrar subsidiariamente numa decisão estadual. Como é que a Câmara dos Deputados decide que o salário que vai ser pago no Acre…?

Folha/UOL: Ou seja, a PEC 300 não deve ser votada?
Cândido Vaccarezza: Eu estou trabalhando para isso.

Folha/UOL: O ex-presidente Lula deve ser candidato em 2014 a presidente da República?
Cândido Vaccarezza: Eu acho cedo para discutir a reeleição da presidente Dilma. Como eu já falei reeleição eu acho que ela é a candidata à reeleição.

Folha/UOL: E que papel terá Lula nesse processo?
Cândido Vaccarezza: O Lula é uma figura do país que talvez tenha a maior base pessoal e social. Todos os ex-presidentes, de acordo com o seu peso, têm direito e é salutar que participem da democracia. Então, eu sou entusiasta da entrada do Lula nas disputas políticas como todos os ex-presidentes sempre participaram. O [José] Sarney é senador, o [Fernando] Collor é senador, o Itamar [Franco] participava e o Fernando Henrique [Cardoso] é uma figura ativa que dá opinião sobre tudo, como o Lula também deve dar opinião sobre tudo.

Folha/UOL: O sr. é do PT de São Paulo. Quem deve ser o candidato a prefeito da cidade de São Paulo?
Cândido Vaccarezza: Eu quero fazer um acordo. Tem bons nomes. Sou contra esse processo de desqualificação da Marta [Suplicy] que infelizmente está acontecendo. A Marta foi prefeita. Foi uma excelente prefeita. Fez um governo amplo. E acho que ela é uma das candidatas que podem contribuir para a gente sair vitorioso dessas eleições. Só vou te dizer mais uma coisa: vou ouvir bastante o presidente Lula. Eu não quero e não acho correto nós decidirmos uma posição de disputa eleitoral na principal capital do país sem uma participação do presidente Lula nessa… discussão.

Folha/UOL: O ex-presidente Lula disse que prefere como candidato o ministro da Educação, Fernando Haddad…
Cândido Vaccarezza: E conversei com ele, longamente, mais de três horas…

Folha/UOL: E o que ele disse? Ele disse isso [que apoia Haddad]?
Cândido Vaccarezza: Ele disse isso, mas também não me pediu para eu apoiar o Haddad.

Folha/UOL: O sr. acha que prévias seriam uma solução boa para o partido em São Paulo?
Cândido Vaccarezza: Se não tiver acordo, a alternativa para resolver o candidato é a prévia. Então a prévia é sempre o último recurso.

Folha/UOL: O Palácio do Planalto não deveria ter alguém, a esta altura, em nome da coalizão governamental, para estudar a situação nas principais cidades do país e sobre como estará a aliança [em 2012]?
Cândido Vaccarezza: Olha, a conduta da presidente Dilma, que é uma conduta correta, é o seguinte: o Palácio do Planalto é o espaço da Presidência da República. Lá é o lugar para exercer o governo executivo do país, não das disputas políticas. Para a disputa política, o espaço são os partidos.

Folha/UOL: Mas ela é sustentada por uma coalizão de mais de dez partidos…
Cândido Vaccarezza: Mas ela vai participar das eleições, como cidadã que tem direito de participar. Ela participou da dela. E quando ela for disputar a reeleição ela vai participar. Então ela vai apoiar os partidos que a apoiam. Vai apoiar o PT porque ela é filiada ao PT. Mas não cabe ao Palácio [do Planalto] organizar disputa eleitoral. O Rui Falcão, que é presidente do PT, o presidente do PMDB, o [Valdir] Raupp, e os presidentes dos demais partidos têm que procurar um acordo nacional. E no âmbito municipal, cada cidade vai procurar os seus acordos.

Folha/UOL: Deputado federal Cândido Vaccarezza, do PT de São Paulo, líder do Governo, muito obrigado por sua entrevista?
Cândido Vaccarezza: Eu que te agradeço.



Folha.com/UOL

FONTE: http://policialbr.com








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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

GOVERNO APRENTA CALENDARIO DE REAJUSTE DIA 9 DE SETEMBRO,

Governo apresenta calendário de reajuste dia 9 de setembro
Postado por abamfimprensa on setembro 1, 2011 in Notícias ABAMF, Todas notícias | 16 Comentarios
Manifestações com pneus devem parar
Diretores da ABAMF estiveram reunidos com representantes do governo estadual, na manhã de hoje(1/9), e ouviram do Executivo Estadual que esperam o fim das manifestações com queima de pneus para apresentar o calendário de reajustes, exigido pela ABAMF, para retirar os Brigadianos da condição de pior salário do Brasil. Por isso, ficou marcada nova reunião para o dia 9 de setembro.

O fato das manifestações com queima de pneus e bloqueio de estradas multiplicarem-se – são 25 desde 4 de agosto – inclusive com ato na capital, nesta madrugada, fez com que o secretário da casa civil, Carlos Pestana cobrasse posição da ABAMF, “ não queremos romper a negociação, mas para apresentarmos a proposta esperamos o fim dos protestos”, disse.

O presidente da ABAMF, Leonel Lucas, garantiu ao secretário que as manifestações não são responsabilidade da entidade e destacou que podem ser ações de pessoas que desejam prejudicar a negociação. “O governo tem mecanismos para descobrir os responsáveis por esses atos”, ressaltou o líder dos servidores de nível médio da Brigada Militar.

É ponto pacífico nas conversas que chegou o momento da valorização dos militares estaduais gaúchos. O governo reconhece e reafirmou ser a segurança pública prioridade na gestão, mas quer evitar o ônus de ser permissionista ao apresentar proposta de melhoria pressionado por ações intimidatórias.

Leonel Lucas, por sua vez, afirmou que tem o controle de todos os atos praticados pela entidade que comanda e nenhuma manifestação será realizada até a apresentação do calendário de reajuste que o governo afirmou ter elaborado. O líder da ABAMF levantou, ainda, a possibilidade das ações estarem sendo orquestradas por aproveitadores políticos, com intenções particulares, sem pensar na Família Brigadiana..

Participaram da reunião, além do presidente da ABAMF, Leonel Lucas, o vice-presidente, Solis Paim, o diretor de assuntos políticos, Ricardo Agra, e diretores da ASSTBM. Representando o governo estadual, além do secretário da casa civil, Carlos Pestana, a secretária de administração, Stela Farias, secretário de segurança pública RS, Airton Michels, o comandante-geral da BM, cel. Sérgio Roberto Abreu.

Por: Paulo Rogério N. da Silva

Jornalista ABAMF – MTb 7355/RS

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COMANDANTE GERAL DA PM PEDE QUE GOVERNO MANTENHA NEGOCIAÇÃO APESAR DOS PROTESTOS.

Comando-geral da BM pede que governo mantenha negociação, apesar de protestos
Postado por abamfbm on setembro 1, 2011 in Seg. Pública, Todas notícias | 0 Comentario
Coronel Sérgio Roberto de Abreu se reuniu com Tarso Genro no fim da tarde desta quinta-feira
Diante do anúncio do governo do Estado de que adiaria as negociações salariais com os representantes da Brigada Militar, o comandante-geral da BM intercedeu pela categoria. Em reunião no fim da tarde desta quinta-feira com o governador Tarso Genro, o coronel Sérgio Roberto de Abreu solicitou que a negociação seja mantida, apesar dos protestos.

— Tive uma resposta positiva do governador Tarso Genro, que se colocou à disposição para aperfeiçoar a proposta e resolver a questão ainda no mês de setembro — afirmou.

Nesta quinta-feira, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, informou que tem um calendário de aumento salarial, mas que só seria apresentado caso os protestos tivessem fim ou se fossem identificados os autores das manifestações. Uma nova reunião está marcada para a sexta-feira da semana que vem, dia 9.

Desde o início de agosto, foram realizadas 23 barricadas com a queima de pneus no interior do Estado e na Capital para reivindicar aumento de salário.

Os PMs reivindicam aumento imediato de 25% e um calendário que aponte o salário da categoria em 2014. Na última proposta, o governo ofereceu reajuste de 4,5% em outubro. E conforme, Pestana, considerando os 6% concedidos em abril, os PMs ganhariam ao final do ano mais de 11% de aumento, percentual acima do que ganhou outras categorias. Além disso, o governo promete outro reajuste de 4,5% em março de 2012.

Pestana faz duras críticas aos protestos:

Em entrevista nesta manhã, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, fez duras críticas aos mais de 20 protestos realizados em estradas do Interior e em ruas de Porto Alegre.

— Nós não vamos aceitar este tipo de protesto que vai além do direito legítimo de reivindicar aumentos de salários. Os protestos não ajudam, mas atrapalham. Acabam perdendo a legitimidade por conta deste tipo de protestos — afirmou Pestana.

Protestos desta quinta-feira:

Nesta quinta-feira, ocorreram quatro manifestações por melhores salários: em avenida da Capital e em três pontos de rodovias do Estado.

Pneus foram queimados na Avenida Mauá, esquina com a Rua Carlos Chagas, no centro de Porto Alegre, por volta de 2h30min.


Um das faixas ameça: “A Brigada vai parar”
Foto: Lauro Alves

Cerca de uma hora depois, uma barricada com queima de pneus foi registrada em Uruguaiana, na Fronteira Oeste. Por volta de 3h30min, BR-472 foi interrompida parcialmente na altura do km 568.

Conforme a Polícia Rodoviária Federal, foram encontrados no local uma faixa com os dizeres “Por um salário digno” e um boneco vestindo uma farda similar à da Brigada Militar. O trecho chegou a ser interrompido para que o Corpo de Bombeiros pudesse limpar a pista, que foi totalmente liberada às 4h15min.

Cerca de uma hora depois, o km 27 da ERS-401, em Charqueadas, também foi bloqueado. Informações preliminares da BM detalham que os dois sentidos foram interrompidos no local.

Já na RST-470, em Bento Gonçalves, na Serra, o protesto foi percebido às 5h15min próximo à Ponte do Rio das Antas. Segundo o Comando Rodoviário da BM, junto à barricada, foi encontrada uma faixa que dizia: “Quarto PIB nacional, pior salário da Polícia Militar”.

Saiba onde houve queima de pneus e bloqueios:


Visualizar Pneus incendiados em um mapa maiorOutros ataques:



Outros protestos:

Um protesto interrompeu parcialmente o trânsito em uma rodovia do Estado. Na madrugada de quarta-feira, emRosário do Sul, na Região Central, pneus foram queimados no km 471 da BR-158 (Rosário do Sul-Santana do Livramento). Das 3h20min às 4h, os veículos que passaram pelo local tiveram de usar o acostamento para seguir viagem.


Queima ocorreu no km 471 da BR-158
Foto: Divulgação/PRF

Uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ficou no local monitorando o trânsito até as chamas se apagarem, momento em que os pneus foram retirados da pista. Ao lado da rodovia, foi colocada uma faixa com questionamentos ao governo Tarso Genro a respeito do salário dos policiais militares.

Houve protesto também em São Luiz Gonzaga, nas Missões. Pneus foram queimados na BR-285, no km 565, por volta de 23h30min de terça-feira.

Em Caçapava do Sul, uma faixa foi colocada na terça-feira, na entrada da cidade, também em protesto por melhores salários para os PMs.

A BR-386 ficou completamente bloqueada em Canoas, na Região Metropolitana, por uma pilha de pneus que foram incendiados por volta das 4h de terça-feira. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciou a liberação da pista cerca de 45 minutos depois do incidente.

Em Alegrete, na Fronteira Oeste, o protesto ocorreu no Km 571 da BR-290. A rodovia não chegou a ser bloqueada, mas pneus também foram queimados. Já na BR-471, em Santa Vitória do Palmar, na Região Sul, o bloqueio ocorreu na noite de segunda-feira.








Pneus foram queimados na BR-471, no sul do Estado
Foto: PRF, Divulgação


Na madrugada de segunda-feira, em Lajeado, os bombeiros precisaram ser chamados às 2h20min, no km 337 da BR-386. Sobre parte da via queimavam 10 pneus, obrigando os veículos a trafegarem em meia-pista. Ao lado dos pneus, uma faixa estendida falava do salário dos policiais militares no Vale do Taquari, remetendo o protesto aos outros feitos no Estado, que reivindicam aumento salarial aos policiais.


Protesto deixou trânsito em meia-pista na BR-386
Foto: PRF, Divulgação


Logo depois da meia-noite, em Santiago, na Região Central, no km 402 da rodovia Santiago — São Borja (BR-287). Os pneus colocados no centro da pista foram queimados, deixando no entanto, passagem pelas laterais para os veículos.


Cartaz de campanha salarial de PMs foi colocado na via
Foto: PRF, Divulgação

Na madrugada da última quarta-feira, três rodovias gaúchas foram alvo de queima de pneus. A autoria das manifestações é atribuída a policiais militares em campanha salarial.

O fogo produzido pela queima de pneus às margens da rodovia Erechim — Concórdia (BR-153) também surpreendeu os motoristas que passavam pela via às 4h30min desta quarta-feira. Ao lado, uma faixa de protesto reclamava do salário pago aos policiais militares.


Fogo não chegou a interromper o trânsito em Erechim
Foto: Alderi Bertuzzi

A rodovia Ivoti — Novo Hamburgo (BR-116) ficou interditada por uma hora, no km 232, em Estância Velha. Os pneus, espalhados por toda a extensão da rodovia pegaram fogo desde as 5h da manhã. Ao lado dos pneus, uma faixa estendida fazia referência ao piso salarial nacional dos policiais militares.


Pneus foram queimados também em Estância Velha
Foto: PRF, Divulgação


Em Santa Rosa, no noroeste do Estado, pneus foram incendiados por volta das 23h de terça-feira. O fogo provocou bloqueio da ERS-344, no km 46, saída para Giruá. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, o trânsito ficou interrompido por cerca de 1h30min. Na entrada da cidade, uma faixa alerta para os baixos salários recebidos pelos policiais militares no Estado.


Faixa foi colocada na entrada de Santa Rosa
Foto: Frani Centenaro

Na última segunda-feira, cerca de 30 pneus foram incendiados na BR-285, em Passo Fundo, no norte do Estado. Faixas alusivas ao salário dos policiais também foram colocadas na via. Manifestação semelhante já havia sido feita em Frederico Westphalen, também no Norte, no dia 4 de agosto. A polícia investiga a autoria dos protestos.

APÓS PROTESTO EM PORTO ALEGRE PMS COGITAM PARALIZAÇÃO.

Após protesto em Porto Alegre, PMs cogitam paralisação
Postado por abamfbm on setembro 1, 2011 in Geral, Todas notícias | 10 Comentarios
Governo negociará com a categoria nesta manhã

Os policiais militares (PMs) gaúchos não descartam começar uma paralisação ou uma operação padrão para pressionar o governo do Estado a aumentar o índice de reajuste dos salários. O presidente da Associação Beneficente Antonio Mendes Filho (Abamf) dos cabos e soldados, Leonel Lucas, disse à Rádio Guaíba, nesta quinta-feira, que a categoria se reunirá com uma comissão formada pela Casa Civil e pelas secretarias da Segurança, da Administração e da Fazenda nesta manhã. “Nós estamos dispostos a negociar, o governo é que não quer”, afirmou Lucas.

Durante a madrugada, novos protestos com pneus queimados foram registrados naCapital e no interior. No entanto, segundo o presidente da entidade, somente as manifestações ocorridas no início do mês foram feitas por policiais. A grande maioria das demais, conforme ele, seria “fogo amigo do governo”. Lucas lembrou que, quando começaram as conversas com o governo, a associação pediu “uma trégua” para os manifestantes. “Vamos acalmar. Nós temos que ser conscientes.” Contudo, há uma grande insatisfação dos servidores.

“Os brigadianos estão indignados com essa questão. O governador prometeu que, quando assumisse, daria um aumento escalonado, até 2014, e chegaria a R$ 3,2mil. A bolsa formação que ele fez como ministro, iria se tornar salário, mas 9 mil brigadianos perderam essa bolsa”, explicou Lucas.

Fonte: Rádio Guaíba e Correio do Povo


quarta-feira, 31 de agosto de 2011

POLICIAIS MILITARES RECEBEM AVAL DE SETENTA E NOVE POR CENTO DOS GAÚCHOS.

Brigadianos recebem aval de 79% população gaúcha
Postado por abamfimprensa on agosto 31, 2011 in Notícias ABAMF, Todas notícias | 10 Comentarios
Pesquisa realizada pela RBSTV, no programa Jornal do Almoço,hoje(31/8), de audência massiva no RS, revelou que 79% dos gaúchos apoiam os atos de protesto realizados pelos Brigadianos na busca de reajuste que retire os policiais e bombeiros militares gaúchos de pior salário do Brasil, entre as Polícias Militares. Contestadas pelo governo estadual, as manifestações – bloqueio de BRs com pneus em chamas - estão acontecendo desde 4 de agosto e foram intensificadas com a divulgação do índice de reajuste oferecido pelo Executivo Estadual à categoria – 4,65% - nas primeiras reuniões com a ABAMF:

Dia 1 de setembro ocorre nova reunião para tentar avançar no índice. A ABAMF atrela a negociação a apresentação de calendário de reajustes que eleve o salário inicial na Brigada Militar a R$ 3,2 mil. Promessa do governador Tarso Genro durante a campanha eleitoral.

Por: Paulo Rogério N. da Silva

Jornalista ABAMF – MTb 7355/RS



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10 Responses
isaac v. stieven
agosto 31, 2011 às 2:43 pm
Até que emfim a poderosa RBS posicionou-se, saiu do muro e apoiou os Brigadianos na luta de Davi contra Golias. Só com suor e lagrimas iremos conseguir nossos intentos. Avante ó Brigada militar, é como diz o teu hino.
Responder ANTONIO VOLMIR DOS SANTOS
agosto 31, 2011 às 7:02 pm
A RBS não fez nada por nós, pelo contrário, esse índice foi um tiro que eles deram nos pés, pois eles achavam que a sociedade gaúcha estava contra nós, se arrependeram de ter feito tal pesquisa…
Responder Arno
agosto 31, 2011 às 2:49 pm
Olha se fosse aumento pros ccs do governo aqueles vermes da sociedade ou pros deputados o governo não pensária duas vezes assinava o aumento amanhã mesmo, mas em se tratando de policiais duvido que vamos ter uma proposta comcreta ainda em setembro………
PAPAI NOEL existe só não me perguntem por onde ele anda
Responder jorge
agosto 31, 2011 às 4:12 pm
o que acontece e que nao podemos aceitar a proposta do governo e o tal aumento que eles falam que deram em março so o IPE comeu todo eai quer dar outra migalha no piaui a pm parou e tiveram um otimo aumento se e o que querem vamos parar tambem contamos com vc lucas para que tudo ocorra bem alias que bom seria se nos pms podessemos tambem votar em quanto seria o nosso aumento como fazem os politicos assim seria facil abraços a todos colegas
Responder PM indignado
agosto 31, 2011 às 5:12 pm
Espero no minimo os 25 % ou tem d continuar os pneus, pois parecem que não respeitam outra coisa, mas operação , parar viaturas que rodam irregularmente , também tem de ser cogitados…
sem pressão este governo não anda
Responder Sd pobre
agosto 31, 2011 às 5:29 pm
colega, quem apoiou os brigadianos foi a população,a sociedade,não a RBS.
Responder SD QUASE 3ºEXTINTO
agosto 31, 2011 às 5:30 pm
E agora governador 79%.
É só cumprir os R$ 3.200.
A casa já caio.
A luta dos policiais militares esta só começando.
Rumo a Vitória.
A população gaúcha sabe quem esta do seu lado.
A gora é a hora vamos fazer acontecer.
Dignidade salarial já, ou vai acontecer…
A 1º greve geral da PM gaúcha.
Responder Cezar
agosto 31, 2011 às 6:02 pm
Sem sangue não há revolução, avante guerreiros, vamos relembrar o sangue heroi dos farrapos que corre em nossas veias, o sangue legalista, afinal é uma luta digna e coletiva, parabéns herois brigadianos.
Responder gilson
agosto 31, 2011 às 6:07 pm
Desculpe Sr. Issac ,mas a RBS não apoia as manifestações pelo contrário estava tentando colocar a opinião pública contra a causa salarial brigadiana. Felizmente a sociedade gaucha deu a resposta, 79% a favor….força brigadianos!!!!!!!!!!!
Responder junior
agosto 31, 2011 às 7:47 pm
Muito obrigado ao povo gaúcho , mais uma vez demonstrando que sabe qual é o lado certo da questão não somos bandidos pelo contrario somos do bem e só queremos condições para poder fazer aquilo que nascemos para fazer que é defender e proteger a população.
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PROTESTO FAZ GOVERNO ENDURECER NEGOCIAÇÃO.

Protesto faz governo endurecer negociação
Postado por abamfbm on agosto 31, 2011 in Seg. Pública, Todas notícias | 37 Comentarios
O rompimento do pacto que previa o fim dos protestos nas estradas por parte de manifestantes ligados a praças da Brigada Militar (BM) fez o governo do Estado fincar posição nas negociações salariais com a entidade que representa os soldados, a Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf). No encontro, às 10h30min de amanhã no Palácio Piratini – que deveria ocorrer hoje, mas foi adiado –, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, exigirá explicações do presidente da Abamf, Leonel Lucas.

– Queremos entender o que está acontecendo. Nós não vamos construir uma proposta, que entendemos ser importante para valorização do servidor, se continuarem esses atos – afirmou o secretário.

A Abamf, que admitiu ter apoiado sete protestos, perdeu o controle sobre os manifestantes. Queimas de pneus voltaram a ocorrer ontem.

Os PMs reivindicam aumento imediato de 25% e um calendário que aponte o salário da categoria em 2014. O governo propõe reajuste de 4,5% em outubro. E conforme, Pestana, considerando os 6% concedidos em abril, os PMs ganhariam ao final do ano mais de 11% de aumento, percentual acima do que ganhou outras categorias. Além disso, o governo promete outro reajuste de 4,5% em março de 2012.

As reivindicações ganharam o apoio de PMs mais graduados. O presidente da Associação dos Oficiais (Asof), José Riccardi Guimarães, esteve ontem na Abamf para prestar solidariedade e apoio às reivindicações. A Asof promete participar de ações, organizando um “movimento pela legalidade”, impedindo de rodar viaturas com peças danificadas ou impostos atrasados.

Os bloqueios
- Em Alegrete, na rodovia Alegrete-Rosário do Sul (BR-290), por volta das 4h30min, a estrada ficou bloqueada por 30 minutos.
- Em Canoas, na estrada Tabaí-Canoas (BR-386), por volta das 4h, uma pilha de pneus interrompeu a rodovia por cerca de 45 minutos.
- Na rodovia que liga Santa Vitória do Palmar a Rio Grande (BR-471), o protesto ocorreu em meia pista.



ZERO HORA

PRF TEGISTRA MAIS DOIS PROTESTOS DE PMS EM RODOVIAS.

PRF registra mais dois protestos de PMs em rodovias
Postado por abamfbm on agosto 31, 2011 in Geral, Todas notícias | 12 Comentarios
Trechos da BR 285 e da BR 158 ficaram parcialmente bloqueados

A Polícia Rodoviária Federal registrou, na madrugada desta quarta-feira e na noite de terça, protesto com queima de pneus em duas estradas. O primeiro ocorreu no final da noite de ontem em São Luiz Gonzaga, nas Missões, entre o km 563 e km 567 da BR 285. O trecho ficou parcialmente interrompido até os bombeiros retirarem o material da pista. Um cartaz foi colocado na estrada com a frase: “São Luiz Gonzaga terra de Jayme Caetano Braun. Os menores salários dos policias do Brasil”.

A segunda manifestação ocorreu por volta das 3h30min desta quarta-feira, no km 471 da BR 158, em Rosário do Sul, na Fronteira Oeste. No local, foram deixadas faixas com frases reivindicando aumento de salários para os policiais militares. Em uma delas, dizia: “Governo Tarso cadê os 3500 de salário. Agora tá eleito quer dar 4%, + respeito com a PM, queremos salário justo não migalhas de 1750; salário de fome. PEC 300 já”

Os protestos fazem parte de uma série de ações atribuídas aos policiais militares para reivindicar melhores salários para a categoria. O índice oferecido pelo governo foi de 11,5%, sendo que mais da metade do percentual já foi concedida em março: 6,32%. O governo promete mais 4,65% em outubro e aplicar o mesmo índice, outra vez, em março de 2012. Os policiais querem um calendário de reajustes até 2014.

Fonte: Dico Reis / Rádio Guaíba

REAJUSTE PARA A POLICIA MILITAR DO RS E PAGAMENTO DO PISO NACIONAL DO MAGISTERIO REPERCURTEM NA TRIBUNA.

Reajuste para Brigada Militar e pagamento do piso nacional do Magistério repercutem na tribuna
Postado por abamfbm on agosto 31, 2011 in Geral, Todas notícias | 21 Comentarios
No período das comunicações da sessão plenária desta terça-feira (30), estiveram em debate assuntos como o reajuste de salários dos trabalhadores da segurança pública do Rio Grande do Sul, o pagamento do piso nacional do Magistério e as recentes manifestações atribuídas a setores da Brigada Militar.
Em nome da bancada do PDT, Gerson Burmann destacou as comemorações referentes aos 50 anos da Legalidade, movimento desencadeado pelo então governador Leonel Brizola após renúncia do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961. “Foi um ato de bravura de Brizola e do povo gaúcho em defesa da Constituição e da posse legítima do vice-presidente João Goulart”, disse. Burmann classificou o episódio como a ‘maior resistência cívica que temos notícia”.
Edson Brum (PMDB) solicitou ao governo de Estado que reconsidere a proposta de reajuste salarial feito aos brigadianos. Segundo o parlamentar, durante a campanha eleitoral, foi prometido um bom aumento à categoria. “Agora torna-se quase ridículo o aumento proposto”, disse, registrando que a recomposição proposta não chega nem a cobrir a inflação do período. Brum comemorou a decisão do Tribunal de Justiça (TJ) que julgou inconstitucional a criação de uma série de cargos em comissão (CCs) pelo governo do Estado. “Cansamos de vir à tribuna quando da votação dizendo que era ilegal e imoral”. O deputado disse estar surpreso com o anúncio de que o Executivo vai manter os cargos, apesar da decisão judicial.
Paulo Borges (DEM) parabenizou recente posicionamento de dois vereadores de Porto Alegre do PSOL – Pedro Ruas e Fernanda Melchior. De acordo com o deputado, ambos votaram contra o aumento de 74% no salário dos vereadores e, depois, numa ação coerente, anunciaram que irão devolver a diferença. “Espero que sigam o exemplo alguns deputados dessa Casa”, afirmou Borges, referindo-se àqueles que votaram contra o aumento aprovado aos parlamentares no ano passado. Segundo ele, tais deputados fizeram “lobby para a imprensa” e hoje usufruem do dinheiro do aumento aprovado.
Frederico Antunes (PP) anunciou que, nesta quinta-feira, a Comissão de Finanças irá receber o secretário estadual de Planejamento, João Motta, que abordará, entre outras questões, a posição oficial do Executivo sobre ao início do pagamento do piso nacional do Magistério. “Tem dito o governo que não terá condições de pagar”. Antunes também tratou da recente indicação feita pelo governo do Estado para uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas (TCE). Conforme o parlamentar, o PT era um crítico da indicação de políticos para essa função. “O Partido dos Trabalhadores sempre foi contra. Inclusive, no discurso, se comprometia a, quando chegasse a sua vez, fazer a indicação de um técnico do tribunal. Estamos assistindo a um fato novo”, alertou.
Jorge Pozzobom (PSDB) fez críticas ao governo do Estado, dizendo que muitas promessas feitas durante a campanha eleitoral não estão sendo cumpridas. Como exemplo, ele citou o pagamento aos brigadianos dos recursos referentes à PEC 300 e o piso nacional para o Magistério. “Temos dados no orçamento daquilo que falamos no ano passado: que não tinha como pagar. Mas eles ganharam a eleição dizendo que iam pagar”, disse, referindo-se ao piso nacional do Magistério. Ele também fez considerações acerca da declaração de inconstitucionalidade das leis que criavam CCs, julgadas pelo TJ na semana passada. Disse ainda que haverá demandas judiciais contra a limitação no pagamento de Requisições de Pequeno Valor, lei aprovada pela Assembleia a partir de projeto elaborado pelo Executivo.
Miriam Marroni (PT) disse ao colega Pozzobom que o governo do Estado tem 80% de aprovação geral e que 65% da população gaúcha considera o governo bom ou ótimo. “Suas preocupações são legítimas, mas não correspondem à opinião do povo gaúcho”, disse Miriam ao deputado do PSDB. A parlamentar anunciou que o Executivo está preocupado com o comportamento de certos setores da Brigada Militar. Ela classificou como comportamentos “inadequados e extremistas” as manifestações que interrompem rodovias e queimam pneus. Por fim, disse que haverá para o Magistério e os para trabalhadores da segurança pública ganho real frente à defasagem histórica do salário que recebem.
Jeferson Fernandes (PT) comemorou a aprovação do PL 236/2011, ocorrida hoje na Casa, que aumenta o número de vagas dentro das carreiras da Polícia Civil. Segundo ele, a instituição está focando o trabalho investigatório no combate ao crime organizado. “Sem desmantelar o crime organizado não há como apregoar a paz no estado”. Ele também afirmou que educadores e policiais da Brigada Militar são as duas carreiras que menos ganham no Rio Grande do Sul. “Nós estamos em processo de negociação com tais categorias para, aos poucos, recuperar uma perda que é histórica”, disse.
Raul Carrion (PCdoB) mostrou-se preocupado com o que chamou de “manifestações inadequadas” de pessoas não identificadas que promoveram atos como o bloqueio de rodovias, apresentando-se como servidores da segurança do Estado. “O governo deve agir com firmeza e fazer averiguações”, afirmou, acrescentando que as manifestações sociais são válidas, mas devem respeitar certos limites. Carrion registrou ainda a realização de um debate ocorrido na Assembleia Legislativa, na última sexta-feira, sobre a Ferrosul, dentro do programaDestinos e Ações para o Rio Grande.
Giovani Feltes (PMDB) registrou que a bancada do PMDB realizou ontem na Assembleia Legislativa um encontro sobre importante tema, a regulamentação da emenda 29. “Ações como essa robustecem a convicção, compartilham o conhecimento”. Quanto ao assunto tratado, ele se mostrou insatisfeito com o fato de que Estados e União não cumprem o percentual mínimo de gastos com saúde, mas exigem tal postura dos Municípios. “Até quando nós vamos viver essa realidade onde o patinho feio da federação brasileira tem que cumprir e onde os Estados e a União deixam de cumprir as suas responsabilidades?”, questionou. Sobre as manifestações atribuídas a setores da Brigada Militar, Feltes disse que tais atitudes têm muito a ver com a “forma permissiva” de relacionamento utilizada pelo PT.
Zilá Breitenbach (PSDB) voltou ao tema trazido pelos colegas quanto ao que considera como promessas de campanha não cumpridas pelo governo do Estado. Disse que as manifestações de insubordinação vistas no Rio Grande do Sul advêm de tais compromissos não levados a termo. “Criou-se uma grande expectativa em cima de um discurso fácil”, avaliou. No âmbito do governo federal, disse estar preocupada com rumores acerca do retorno da CPMF para aumentar a arrecadação e os recursos do Estado. “Estranho que ninguém fala em cortar gastos”, criticou.
Gilmar Sossella (PDT) comemorou a inauguração do espaço da Assembleia Legislativa na 34ª edição da Expointer, ocorrida ontem. Registrou que logo após o ato foi realizada audiência pública da Comissão de Agricultura para tratar dos medicamentos veterinários genéricos. Trouxe ainda números parciais sobre a Expointer. De acordo com ele, já foram comercializados, apenas em animais, R$ 14 milhões. “A feira é a vitrine do setor agropastoril brasileiro”, disse.
Agência de Notícias- AL



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terça-feira, 30 de agosto de 2011

POLICIAL MLITAR BALEADO ESTA NA UTI.

PM baleado está na UTI
Postado por abamfbm on agosto 30, 2011 in Geral, Todas notícias | 1 Comentario
Ferido na perna ao tentar impedir o roubo de um carro, domingo à tarde, em frente ao Palácio da Polícia, em Porto Alegre, o soldado da Brigada Militar João Adauto do Prado Medeiros, 41 anos, recupera-se de cirurgia na UTI do Hospital de Pronto Socorro. Até o começo da noite de ontem, o estado de saúde do PM era considerado estável.

De acordo com o tenente-coronel Altemir Lima, comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM), unidade onde trabalha o soldado, o disparo provocou grande perda de sangue. O caso é investigado pela 11ª Delegacia da Polícia Civil, e o 1º BPM também abriu um inquérito policial-militar para apurar o crime.

Fardado, esperando um ônibus para ir até o 1º BPM, onde começaria seu turno de serviço às 19h, Medeiros tentou impedir que três homens roubassem um Clio por volta das 18h. Houve troca de tiros, e depois de atingir o PM, o trio fugiu com o veículo. O episódio aconteceu na Avenida Ipiranga, no lado oposto ao do Palácio da Polícia.

No momento não havia PMs patrulhando os arredores, e Medeiros foi levado ao HPS por populares, o que gerou críticas de moradores das imediações. Os primeiros PMs que apareceram no local estavam na Área Judiciária do Palácio, registrando uma ocorrência. De acordo com o comandante do 1º BPM, no momento do crime, 350 PMs policiavam a região, mas com as atenções voltadas ao Gre-Nal, no Estádio Olímpico.

– Fizemos policiamento ao longo da Ipiranga, mas não podemos colocar um PM em cada esquina. Aquela área é protegida, tem sempre PMs por ali, e o número de ocorrências é quase zero – afirmou o tenente-coronel Lima.

Houve pelo menos outras duas no mesmo dia. Há suspeitas de que os mesmos criminosos que balearam o PM tenham participado de outros dois roubos a veículos na Ipiranga – de um Picasso C4 e de um Sandero.

ZERO HORA


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